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Fotografia: Gil Godinho
Publicado a: 28/09/2021

No meio de gigantes.

Os BADBADNOTGOOD criaram uma playlist com as suas músicas favoritas de jazz e incluíram uma banda de Braga

Fotografia: Gil Godinho
Publicado a: 28/09/2021

Em preparações para o lançamento do seu novo álbum — Talk Memory fica disponível no dia 8 de Outubro –, os BADBADNOTGOOD responderam ao desafio do Spotify para seleccionarem alguns dos seus “jazz favorites” e, qual não é o espanto, há presença portuguesa entre as 30 canções escolhidas: “Ruído”, tema dos OCENPSIEA, aparece no alinhamento ao lado de faixas de nomes tutelares como Sun Ra, Herbie Hancock, Wayne Shorter, Bill Evans, Thelonious Monk ou John Coltrane.

Na passada noite de segunda-feira, era o próprio Rimas e Batidas que dava a boa nova ao grupo bracarense. “Uau! Não sabíamos”, começaram por responder através do Instagram. No entanto, o espanto deste lado passou rapidamente a curiosidade quando atiraram: “Mas sabemos que eles gostam muito da nossa música. Já temos comunicado com eles”.

Tal como muitos outros, o encontro por aqui com a música do quarteto só aconteceu em Maio deste ano, altura em que editaram o seu terceiro longa-duração, Oceano-Mar, que sucedia a Conega 103 (2017) e SABÃO ROSA (2018). Dois meses depois, Rui Miguel Abreu dedicou-lhes rasgados elogios na crítica ao seu mais recente trabalho, escrevendo que tinham “uma ideia que lhes permite cruzar hip hop e jazz, electrónica e algo mais num estimulante edifício de sons, grooves, melodias e harmonias que se apresenta com sólida construção e engenhosa arquitectura”.

Porém, e voltando ao que nos trouxe aqui, o encontro entre a banda de Braga e os BBNG aconteceu na passagem dos últimos pelo EDP CoolJazz há três anos. João Nuno Teixeira Vilaça, o baterista, revela-nos como chegaram até aos canadianos: “No fim do concerto, nós vimos que havia uma aberta para entrar para os bastidores e aproveitámos. Fomos lá e eu falei com o baterista, o Tomás com o teclista e saxofonista e o Gonçalo com o baixista. Mas foi mais uma conversa de circunstância”.

No entanto, essa interacção foi o suficiente para que Alex Sowinski passasse o seu contacto a Vilaça. Anos mais tarde, quando lhe enviou este novo álbum, a mensagem não caiu em saco roto: “Ele adorou o nosso álbum todo. Gostou das ‘vibes‘ e disse que foi uma surpresa muito agradável. E agradeceu por lhe ter enviado, mostrou aos amigos. Até pediu para usar a nossa música em DJ sets.”

Com idades compreendidas entre os 20 e os 22 anos, João Nuno, Tomás Alvarenga, Gonçalo Lopes e Francisco Carneiro vêm assim uma porta aberta para um plateia internacional, algo que está nas suas mentes desde a fundação. “Sempre foi o nosso objectivo desde o início. E acreditamos que podemos chegar lá”.


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