Texto de

Publicado a: 12/04/2016

pub

OmarS


 

[TEXTO] José António Moura

Quem é o melhor? É evidente. Omar já tinha dito, no álbum de 2011: “It can be done, but only I can do it”. É a continuação do processo em que o ego é colocado em catapulta e atirado sobre as amuradas do castelo (as nossas defesas). Isto podia ser muito mau (para alguns se calhar é mesmo mau), só que acontece que a força da personalidade de Omar-S reverte a música a seu favor, sempre.

A linha de baixo, claps e ambiente melancólico de trip em “Take Ya Pik, Nik!!!!!” aporta na vizinhança de “Psychotic Photosynthesis”; as congas do além-espaço servem para Amp Fiddler entregar “Ah Revolution” – “you ain’t got no business with no money in town”. Não ’tá fácil. Revolução, onde anda esse movimento?

Big Strick chega com voz clássica num típico loop house/disco que os franceses foram buscar aos EUA e foi preciso os Daft Punk para Kanye West e outros americanos chegarem lá. Infelizmente, a interpretação resultou em EDM. Estou só a mostrar um pouco desta cadeia alimentar.

“Smash” promete cacete, mas, na verdade, as teclas de Kyle Hall e O B Ignitt são só amor, enquanto Omar faz o ritmo na Linn Drum que aparece na foto quando abrem a capa para ver o que tem dentro. O álbum não está a quebrar barreiras extraordinárias, o produtor chama uma parte da família FXHE (Tom Bugs, Divinity e John F.M. também aparecem) e Norm Talley. “Time to be free, take it from me” (Divinity) fecha a sensação de que estamos a ouvir um álbum BOM, gravado por alguém em quem confiamos para que os dias sejam mesmo melhores do que parecem.

No fim quase ouvimos Yello mas é só isso – quase…

Se tudo isto é estranho, experimentem gastar algum tempo aqui.

Para encomendares e ouvires excertos de The Best! clica aqui.

pub

Últimos da categoria: Críticas

RBTV

Últimos artigos