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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/03/2023

O selo escolhido para Dreaming Eden é Belbury Music, projecto editorial paralelo da Ghost Box.

Novo álbum de Kyron (de Beautify Junkyards e Hidden Horse) sai em Maio

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/03/2023

Dreaming Eden é o título do novo trabalho de João Branco Kyron, artista que conhecemos dos Beautify Junkyards e que é igualmente integrante de Hidden Horse, duo que o ano passado lançou Opala, álbum que teve edição em cassete através da lisboeta Holuzam.

Desta vez, o disco que o autor diz ser inspirado pelo romance A Dream of Wessex, que Christopher Priest publicou em finais dos anos 70, sairá com selo da Belbury Music, projecto editorial paralelo da britânica Ghost Box que tem sido responsável pelos mais recentes lançamentos dos Beautify Junkyards.

Com o novo trabalho, Kyron sucede a Starlit Remembrance e Ascending Plume of Faces, álbuns que sairam em 2020 e 2021 através das igualmente britânicas Miracle Pond e Library of the Occult. Sobre Dreaming Eden, Kyron explica ao Rimas e Batidas que se trata do “fruto do trabalho de cerca de 1 ano”. E adianta:

“Permitiu-me experimentar novos métodos de criação bem como utilizar novos sintetizadores que entretanto adquiri. Depois de ter concluído o álbum anterior, Ascending Plume of Faces, tinha em mente criar uma peça mais luminosa e que explorasse novos territórios, foi aí que entrou o livro A Dream of Wessex na equação, havia lido algumas referências ao livro, como por exemplo no Ghosts of my Life do Mark Fisher. A leitura do livro coincidiu com as primeiras experiências sonoras e o conceito de ‘sonhos partilhados’ que o livro apresenta foi a inspiração unificadora. No Dream of Wessex, um grupo de investigadores utiliza ‘projectores de sonhos’ para transportar voluntários para uma cidade no futuro em que os mesmos coabitam. Sinto este álbum dessa forma, como um sonho partilhável, uma experiência sensorial onde podemos coexistir sem tempo nem espaço definido”.

“Musicalmente”, prossegue o artista, “é um disco mais abrangente que o anterior, em termos de sonoridades e referências, um pouco como as colagens à base de fontes multi-temporais, com inspiração que vai desde os trabalhos dos pioneiros da música electrónica até criadores contemporâneos. Há a presença de uma electrónica mais cósmica, mas também experiências rítmicas brutalistas, há planícies mais ambientais e também estruturas/arranjos que se vão desconstruindo até se derreterem”.

João Branco explica que, para já, não há planos para tocar o disco ao vivo, mas adverte que tal pode vir a alterar-se: “Em termos de concertos estamos focados nos Beautify Junkyards, que em breve farão uma tour pelo Reino Unido, e nos Hidden Horse, que preparam a edição do 2º álbum pela Holuzam. Transpor este álbum para concertos, exigiria algum tempo de preparação e participação de alguns amigos músicos. Veremos o que o futuro nos reserva”.


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