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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/12/2023

“Dança” é o primeiro avanço do segundo longa-duração a solo do rapper e produtor de Algueirão.

nastyfactor: “Este álbum vai ser muito mais melódico e com mais atenção à produção”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 07/12/2023

Quatro anos após o lançamento do intimista A Vida dos Felizes, o primeiro álbum de nastyfactor, vem aí o segundo longa-duração do rapper e produtor de Algueirão. O primeiro avanço, o single “Dança”, é hoje divulgado no YouTube e chega amanhã a todas as outras plataformas digitais.

Produzido por Migz e Épico, com guitarras adicionais de Peter e piano tocado por Ariel, mostra um nastyfactor num registo distinto, muito mais melódico, que se irá alargar à maior parte do resto do álbum, como o artista confidencia em declarações ao Rimas e Batidas:

“O que posso adiantar é que estou mais atrevido neste álbum, no sentido em que é bastante mais melódico e está com muito mais atenção ao pormenor a nível de produção. Já não são sons de rap, são mais canções embora não deixe de ser rap, e ainda tenho sons de barras. Mas o álbum está muito mais melódico, no geral.”

Sobre “Dança”, nastyfactor acrescenta que o tema “fala sobre ires à procura do teu lugar e confiares em ti”. “Às vezes, mesmo quando as pessoas não estão a ver o potencial das tuas ideias nem estão a ver a garra que tens para atingires os teus objectivos, ainda assim continuas a lutar e a ir atrás da tua cena até um dia conseguires.” Acaba por ter um intuito de “motivação”.

O álbum chega no primeiro trimestre de 2024 e já se encontra finalizado. Houve uma diferença significativa em relação ao processo criativo. Habituado a trabalhar sozinho no seu projecto a solo, nastyfactor acabou por se deparar com certas limitações ao nível da produção que desejava ultrapassar.

“Em toda a minha carreira a solo, tentei fazer as coisas mais por mim e provar que conseguia fazer, porque sempre fiz beats, também tenho uma certa formação e experiência a gravar pessoal, então sempre fiz essas cenas por mim. E esta foi uma fase em que senti que tinha necessidade de começar a trabalhar com mais pessoas, porque senti que cheguei ao limite… Não estava satisfeito com as coisas que estava a fazer, porque sentia que tinha potencial para chegar mais longe. Só que estava a começar a sentir-me limitado por estar a fazer tudo sozinho.”

Foi assim que decidiu abrir o processo criativo a outras pessoas. Através das lives que fazia na plataforma Twitch, que se focavam bastante na produção musical, conheceu jovens produtores nos quais reconheceu talento. Começou a trabalhar com vários deles, nomeadamente com Épico, produtor de Casal de Cambra que ficou co-responsável pela produção executiva de todo o disco. À medida que a construção ia acontecendo, vários instrumentais desse lote inicial de produtores foram ficando para trás, uma vez que o álbum foi ganhando um “rumo diferente”, conquistando “uma outra cara a meio do caminho”.

O resultado foi o disco mais “detalhado e complexo a nível técnico” do percurso de nastyfactor até ao momento. E a co-produção com Épico revelou-se frutífera para o autor do álbum. “Éramos dois produtores a termos uma opinião e um critério. É quase um álbum feito a meias e é bué bom porque sempre fui um gajo muito preocupado com o conteúdo da cena e se estou a escrever uma cena fixe e tudo mais. Ele também está preocupado com isso e aprecia-o também, mas está preocupado com o panorama geral, se as peças se encaixam ou não, se faz sentido para as pessoas, tudo isso.”

Enquanto esperamos pelo novo álbum, cujo conceito permanece por desvendar, podemos ouvir esta “Dança” e, provavelmente, haverá outro single antes do lançamento do disco, adianta nastyfactor.


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