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Fotografia: Pluma
Publicado a: 08/02/2019

mishlawi: “Eu senti que tinha de me abrir um pouco mais no meu primeiro álbum”

Fotografia: Pluma
Publicado a: 08/02/2019

Chegou o dia: mishlawi acaba de lançar o seu aguardado álbum de estreia, Solitaire. As 12 canções não seriam certamente iguais se não tivessem a contribuição do produtor-executivo Prodlem, peça fundamental para erguer a estrutura sónica do disco.

Algumas semanas antes do lançamento, o artista luso-americano, que pertence aos quadros da Brigetown, sentou-se à conversa com o Rimas e Batidas e abriu o jogo: o título do longa-duração, a família que se escolhe e a que não se escolhe, as vivências de um jovem adulto de 22 anos e as ambições internacionais foram algumas das temáticas abordadas na entrevista.



Não que não tenhas feito isso desde o início, mas parece estar cada vez mais a assumir o teu lado cantor. Estás a dizer ao mundo que não és apenas um rapper?

Acho que hoje em dia está tudo misturado. Quer dizer, continua a existir rap na minha música, mas, falando deste disco, é rap melódico a grande parte. “Need a Hug” é uma canção rap, sabes? Mas, definitivamente, eu nunca vou querer sentar-me e pensar, “ok, é assim que a música vai soar”. Nós fazemos músicas e foi isto que saiu.

É natural…

Sim, completamente natural, eu nunca planeei que o álbum fosse falar de um assunto em específico e que fosse soar de uma certa maneira. Eu não sei se as pessoas fazem isso, mas, para mim, é completamente influenciado e inspirado por aquilo que estou a ouvir na altura. Quando era mais novo, eu costumava fazer apenas rap, sem melodias, mas depois entrei para a Bridgetown e comecei a ser influenciado por mais estilos de música — tinha o Richie [Campbell] e o Plutónio, por exemplo. Ouvia o que eles ouviam, o que os meus novos amigos estavam a ouvir e o que ficou popular na música hip hop hoje em dia. Também comecei a entrar de cabeça no r&b, e eu sempre ouvi r&b, mas comecei a tomar mais atenção ao lado melódico. “Oh, eu posso fazer isto e quero explorar mais”. Não sou um cantor natural, como por exemplo o Richie, mas é algo que eu quero desenvolver.

Isto é um álbum de r&b, basicamente. Tem as suas faixas mais rap, aqui e ali, ou raps melódicos em quase todas as canções, mas os refrões são praticamente todos cantados.

Tiveste aulas de canto?

Eu não tive aulas de canto. Eu pergunto às pessoas sobre o assunto, porque obviamente eu quero ser o melhor que posso ser a cantar, mas ao mesmo tempo é como um instrumento: quanto mais tocares, melhor serás a fazê-lo. O que algumas pessoas me dizem sobre as aulas de canto é que pode mudar o estilo, o swag e as singularidades da tua voz. Algumas pessoas dizem-me que conhecem cantores que tiveram aulas e vieram a soar como alguém que teve aulas. Acho que também é importante explorar as singularidades da tua própria voz.

Mas ao mesmo tempo também não queres estragar o teu instrumento…

Também é verdade. Eu vou experimentar ter aulas, na verdade. O Plutonio experimentou. Ele teve aulas de canto durante algum tempo.

Criaste buzz nos últimos anos com o lançamento de singles. Quando é que decidiste que querias fazer um álbum?

Bem, eu e o manager Ben andamos a falar disso há muito tempo. Eu sei que estou a dizê-lo desde 2016. A “all night” saiu e eu: “álbum a caminho”. Sentia que estava a mentir às pessoas, mas é um processo difícil. Não é fácil sentares-te e fazer um disco do início ao fim em que as coisas soem coerentes, como se tivesses um sonoridade só tua. Quando saiu a “all night” e a “always on my mind”… as músicas pareciam de artistas diferentes. No início, eu não sabia o que estava a fazer, por isso estava a experimentar. Por isso agora é mais fácil comigo e com o Prodlem no mesmo barco. Quando trabalhámos pela primeira vez, na “ignore”, eu disse-lhe: “eu adoro a tua produção, és um gajo excelente, nós temos química, e acho que devíamos fazer um álbum juntos”. E ele aceitou. E foi a partir daí que comecei a desenvolver o meu próprio som com a ajuda da sua produção e das suas ideias. Quando o álbum ficou fechado, para mim soava-me coerente. E é isso que eu quero. E foi por isso que também demorou tanto tempo.

Quanto tempo demorou a fazer estas 12 canções?

Na verdade, nós fizemos uma das canções, a “I Could”, há algum tempo, por isso essa é a mais antiga do álbum — fizemo-la há um ano e meio. Mas o resto foi tudo em 2018, a partir do final do Verão. A primeira foi a “Honor Roll”, que fizemos durante o Verão, mas depois eu tive concertos e foi difícil voltar ao estúdio. Em Setembro, nós decidimos que íamos terminá-lo. E acabámos todas as músicas depois disso. Estávamos no estúdio todos os dias. O disco tem 12 canções, mas na verdade fizemos 25. Tenho um monte de temas que ficaram apenas no meu computador.

É um álbum feito depois do Verão…

Sim, foi aí que aconteceu e é essa a minha parte da vida que acho que está mais exposta. Quando nos sentámos para falar sobre álbuns, eu pensei logo que iam acontecer um monte de entrevistas, e que íamos falar de conceitos, coisas de que se fala quando se lançam discos. Mas eu sinto que eu não organizei isto dessa maneira. Eu não sou o Common. Eu não sou o Immortal Technique. Eu não sou o Kendrick [Lamar]. Isto não é o tipo de projecto que é super conceptual; sou apenas eu a fazer canções que surgem do mood em que estou na altura.

Como é que foi o processo de criação e selecção de beats para o disco?

Eu e o Prodlem ouvimos o mesmo tipo de música. Às vezes ouvimos uma canção e pensamos: “devíamos tentar algo deste género”. E até podemos experimentar, mas não existe a garantia que vá sair. Basicamente, o Prodlem é o gajo mais trabalhador que eu conheço, falando de produção. Ele está sempre a enviar-me beats.

O nosso processo é: ele envia-me cinco instrumentais e diz-me para tentar fazer uma canção de um deles. Muitas destas músicas são sample-based, existem muitos samples neste álbum. Ele tem muitos contactos, pessoas que lhe enviam samples. Músicos que tocam piano e depois enviam para o Prodlem. Ele também vai a sítios na Internet para fazer diggin’ de samples. Ele envia-me os samples porque sabe que eu sou esquisito, tal como o Richie é, com as melodias, progressões de acordes e linhas de baixo, por isso ele manda-me isso para ver se gosto. Se eu disser que sim, ele avança e faz um beat à volta do sample.

Existem instrumentos de que gostas mais do que outros?

Eu gosto mais de beats melódicos. Isso é algo que ele sabe. Ele sabe que se enviar beats mais dark, que não são melódicos ou cantáveis, eu provavelmente não vou gostar. No entanto, ele continua a mandar-me desse tipo porque às vezes ainda pego neles.

E quando (e como) é que tu e o Prodlem se conheceram?

Eu descobri o Problem porque ele é grande no YouTube. Ele é bastante popular no YouTube. Dos produtores da Internet, se fores ao YouTube à procura de beats, tu sabes quem é o Prodlem. Mas eu não sabia que ele era português. Ele tem muitos seguidores e faz muito dinheiro com produção. Um dia, eu estava a ver os beats dele, vi algo que gostava, fui ao Instagram dele e vi a bandeira portuguesa. Depois fui a um dos beats, comentei e ele manda-me uma mensagem em português: “hey, tudo bem? Curto a tua cena, se quiseres beats, diz-me e eu mando-te alguns”. Eu disse-lhe para nos encontrarmos… Primeiro, eu fiz uma música num dos beats dele, enviei-lhe, ele gostou e depois encontrámo-nos. Eu, ele e o Ben falámos, mas não passou dessa primeira canção, que nunca chegou a sair.

Portanto, a vossa relação não começou porque estavam perto em termos geográficos, tu nem sabias…

Foi uma coincidência completa. Obviamente que saber que ele era de cá fez com que ficasse com mais vontade de trabalharmos juntos, e foi por isso que continuámos. Agora somos mesmo bons amigos, estamos juntos muitas vezes. Nós fizemos o álbum todo, e tivemos com o Sassa Nascimento na mistura e a masterização. Se não tivéssemos essa amizade, não teríamos a mesma química para fazermos música.

Ele não é apenas um beatmaker, é um produtor, como uma visão mais ampla. Ele desafia-te durante o processo criativo?

Primeiro que tudo, ele não esteve o tempo todo comigo no estúdio. Nós estamos juntos no estúdio se estivermos a fazer beats ou algo do género, mas, quando estou a fazer as vozes, eu gosto de estar sozinho porque sou extremamente meticuloso quando gravo. Eu acho que ele ficava aborrecido se tivesse que ficar a ver isso. Mas é a maneira como trabalho. E tenho a paciência para isso. Acho que outras pessoas não.

Mas sim, ele puxa por mim constantemente e foi dessa forma que terminámos o álbum mais rápido do que eu imaginava. Ele dizia-me: “yo, bro, tu tens que aceitar a mediocridade às vezes. Algumas coisas não vais gostar, mas faz a canção e segue em frente para a próxima”. E algumas acabaram por não entrar. Mas ele fez-me perceber que eu não tenho que tentar ser perfeito em tudo o que faço. “Pára de tentar fazer tudo perfeito, porque não é, a tua música é o teu reflexo, apenas faz”. Isso foi uma coisa importante que aprendi com ele, e que não tinha percebido antes. Eu estava sempre a tentar com que tudo fosse fantástico.



Qual é o significado do título do álbum?

O álbum quase não tem colaborações. E algumas delas aconteceram à última hora. Nós até esperávamos mais uma participação, e eu até fiquei aliviado de não ter chegado. “Não vou fazer um álbum intitulado Solitaire e depois ter monte de participações, isso era estúpido”.

Essa também é a forma como trabalho. Eu não quero impressionar-te com aquilo que os meus amigos conseguem fazer. Eu quero impressionar com aquilo que posso fazer. Eu quero fazer a melhor música que consigo, mas obviamente é bom ter mais vozes no disco. E tenho duas. O Trace [Nova] é o meu melhor amigo. O Nasty C conheci-o na listening party do disco dele em Londres — nós estamos assinados pela mesma editora, a Island Records. Fui à listening party e pensei, “oh, este miúdo é mesmo cool“. Falámos um bocado, mas o manager é que insistiu que devíamos fazer algo juntos. Somos da mesma idade, fazemos música semelhante…

Voltando ao título: nós sentámo-nos e pensámos neste título, que é a maneira como me tenho sentido nos últimos tempos. Eu acho que é como um jogo que jogas sozinho, e isso é o mesmo que acontece com a indústria musical. E é ainda mais assim para mim porque eu faço música em inglês em Portugal. Eu sinto-me que estou num espaço que é só meu. Tu tens o Richie, mas é um estilo diferente.

O título tem alguma relação com a tua situação específica?

De certeza que sim, mas também no geral. O negócio da música é sujo, estranho. Eu sei que isso soa cliché, mas é verdade. Tu não tens muitos amigos no mundo da música. Tu tens que ir por ti, tens que lutar por ti ou ninguém vai fazê-lo.

É como o Solitário: tu jogas o jogo e ganhas por ti ou perdes por ti.

Sobre o conteúdo das letras: fala-me um pouco sobre isso.

Por ser o meu primeiro álbum, eu senti que tinha de me abrir um pouco mais porque sou um bocado aquela pessoa misteriosa, a falar de coisas que as pessoas não sabem. As pessoas podem conhecer a música, mas não sabem quem eu sou verdadeiramente. Por isso quis abrir o jogo pela primeira vez e falar sobre coisas que penso e sinto. Honestamente, eu sou um jovem de 22 anos, por isso vou ter canções sobre miúdas, dinheiro… e o meu estilo de música tem exactamente a ver com isso. Sou apenas eu a divertir-me. Eu tenho canções no disco que estão mais relacionadas com o disco e comigo a ir mais fundo com os meus sentimentos, temas como “Win Some Lose Some”, “Bad Intentions”, “Selfish” e “Figure It Out” são sobre aquilo que estou a passar, coisas que quero corrigir. E depois tenho faixas como “New Thang”, “Something”, “Audemars”, “Need a Hug”, que são canções de ostentação, em que me divirto como o miúdo que sou. E depois tenho as canções de amor, “Uber Driver”, Honor Roll”, “I Could”, “Too Basic”. São temas que vais querer ouvir no meu álbum, não vão querer ouvir coisas profundas e conceptuais.

Acho que é muito honesto da tua parte assumires a idade que tens, e que não sabes tudo…

Eu não consigo sentar-me aqui e fazer isso dessa forma, isso nem sou eu. Isto é o que eu sou, pelo menos agora. E eu ainda estou a crescer e a viver a vida, por isso…

Mas tens urgência em chegar ao destino.

Eu sou paciente e vou continuar a trabalhar o mais que puder… Sou paciente e não sou paciente. É difícil… Acho que muitos artistas passam por isso. Tu podes falar com o Ben e ele vai-te dizer o quanto eu o chateio. Também estou numa situação em que também quero sair de Portugal. Eu quero ter a certeza que posso explorar e ser o maior que puder. Eu tenho 22 anos e vejo artistas com 18 anos a explodir mundialmente. E eu quero isso para mim.

Tens ambições internacionais, certo?

Nós assinámos o contrato com a Universal alemã em 2017. Eles ouviram a “all night” e gostaram realmente da faixa, levaram-nos a Berlim e sentámo-nos com eles. Falámos e acabámos com um acordo que agradava às duas partes.

Também quisemos ter a certeza que eu continua a ser o dono da minha música, tendo em conta o processo em que estávamos. E chegaram mais oportunidades através da Alemanha. Eles têm uma sub-label chamada Island Records. As filiais dos Estados Unidos da América e do Reino Unido ouviram falar de mim e também quiseram entrar no “barco”.

Isso significa que vais fazer promoção internacional?

Sim, definitivamente. Vamos uma semana para Londres para fazer promoção. Nós já fizemos promoção em Londres aquando do lançamento do EP. Não fizemos na Alemanha, mas desta vez vamos lá.

Em que nível é que te vês nos próximos anos?

Eu quero fazer uma digressão pela Europa o mais rápido possível. E eu quero chegar aos Estados Unidos da América, mas sei que primeiro é importante furar no Reino Unido. Nós tivemos um concerto em Londres no ano passado, fizemos alguns na Rússia — e vamos lá voltar no próximo ano. Vou a Moçambique pela primeira vez este ano. E também existem muitos países da Europa do Leste que pedem para irmos lá tocar, mas não têm condições.

E sim, existem artistas para quem olho como referências para o que quero rapidamente: Roddy Ricch é um deles. Também tens Lil Skies, Rich The Kid, Lil Mosey, existe um monte de artistas que ando a ouvir e que até gostava de colaborar. Gunna e Lil Baby também são muito bons. Do r&b, o Jacquees…

E a cena portuguesa? Já trabalhaste com o Zara G e o Yuri NR5. Vês-te a fazer mais colaborações deste tipo?

Sim, eu quero continuar a fazer parte da cena e ser capaz de colaborar com um artista de cá. O Yuri NR5 foi uma descoberta louca para nós [risos]. Nós todos achamos que a música do Yuri é tight, e ele é um rapaz fixe. Shout-out para ele.

E eu faria outra música com o Zara G. Ou uma nova com o Gson. Eles são muito bons, mas não quero forçar.

A tua rota na cena portuguesa tem sido incrível, não acho que haja muitos artistas que tenham pisado a Altice Arena ou o palco principal do MEO Sudoeste sem um álbum. E tu fizeste isso. O que é que te falta fazer em Portugal?

Eu quero fazer tudo. Eu quero um dia actuar na Altice Arena como artista principal. Passo a passo. Ainda não tenho tanta experiência nos concertos. No estúdio sinto-me bastante confortável. Eu posso ir para o estúdio e não me preocupar com nada, mas quando piso um palco é difícil para mim. Eu gravo música em estúdios desde os 14/15 anos e agora tenho 22. Só comecei a actuar com 19, não tenho muito tempo nessa vertente. E também comecei a cantar recentemente — e a tocar com banda. Foram muitas coisas ao mesmo tempo, e ter que tocar em grandes palcos dá-me alguma ansiedade, mas estamos sempre a trabalhar.

Eu quero dominar o estúdio e depois dominar o palco. E talvez depois disso vá fazer filmes ou algo do género [risos].

Também gostava de saber mais sobre a tua história pessoal. Eu sei que nasceste nos Estados Unidos e depois mudaste-te para cá. Normalmente é ao contrário.

Mudámos muitas vezes por causa do trabalho do meu pai. Vou ser muito específico agora. Nasci em Nova Jérsia, depois fui para Phoenix, Arizona, que foi onde passei grande parte da minha infância. Aos oito anos mudámo-nos para Itália, estivemos lá um ano ou dois e viemos para Portugal. Estive cá até à escola secundária, e depois voltei para Nova Jérsia durante um ano. Regressei a Portugal, terminei o secundário e fui frequentar a faculdade para Washington D.C.. Mudei-me para Londres e depois voltei para cá. Estive em muitos sítios, no início por causa do trabalho do meu pai, depois por opção minha. Em 2017, eu estava em Londres, mas a música começou a intrometer-se e eu tive que parar os estudos. E espero não ter que voltar lá [risos].

Como é que a família olha para a tua carreira?

Eles estão orgulhosos de mim. Eles adoram a minha música. A minha mãe está a ouvir a minha música todo o dia. E o meu pai também. Eles ouvem as canções todas, vêem os comentários, informam-me sobre as coisas porreiras que vão acontecendo, e isso deixa-me feliz. Mas no início isso não aconteceu assim porque eles queriam que eu fosse para a faculdade. Eles não eram severos, mas obviamente queriam que fosse para algo que me desse retorno. E a música não era isso. “Vais para a faculdade, estudas o que tiveres que estudar, e vais fazendo música como hobby“. Entretanto, eles começaram a ver que eu estava a fazer dinheiro e aguentar-me sozinho e disseram-me: “podes fazer a tua música, mas sê responsável”.

E ainda tens outra família, a Bridgetown.

Eu acho que foi o melhor sítio onde podia ter acabado, especialmente em Portugal. Não existe outro sítio onde me pudesse sentir mais confortável e com a possibilidade de ser eu mesmo. E as pessoas da Bridgetown ajudaram-me a mudar e a melhorar porque eram melhores do que eu nesta área. E não só musicalmente, eles também ajudaram-me a crescer bastante como homem, porque houve alturas em que eu podia estar a ser mais arrogante ou a ser imaturo e eles diziam-me logo: “pára de ser um idiota, fazes isto assim, isto é como reages àquilo. Não sejas demasiado emocional”. Todos os dias eu aprendo coisas com eles porque são mais velhos do que eu e têm experiência que eu não tenho.


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