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Texto: ReB Team
Fotografia: NUWANDA
Publicado a: 03/12/2020

O manto roxo.

Mazarin sobre Interlúdio: “Representa o período de transição entre a phase one e a phase two da banda”

Texto: ReB Team
Fotografia: NUWANDA
Publicado a: 03/12/2020

Entre fases. É aí que encontramos os Mazarin em 2020. Depois de anunciarem a sua entrada para o plantel da Monster Jinx, a banda revela as primeiras músicas desta etapa roxa que acaba de começar.

Gravado na ETIC, em Lisboa, durante uma residência artística, Interlúdio, composto por “Vasenol” e “Batata Palha”, é o registo que sucede ao EP homónimo, que foi editado de forma independente em 2018.

Vicente Booth (guitarra), João Spencer (baixo), Léo Vrillaud (teclas) e João Romão (bateria) juntam-se a Don Pie Pie e Vasco Completo, as últimas contratações do monstro roxo que parece cada vez mais interessado em instrumentistas que percebam (e possam acrescentar algo) às linguagens faladas por si.

Fomos perceber como é que esta ligação aconteceu, o que significa musicalmente para o grupo esta mudança de ares e as diferenças entre 2018 e 2020 naquilo que concerne às novas estéticas jazzísticas em território português.



Como é que surgiu o convite para se juntarem à Monster Jinx?

Foi através do nosso manager que a Monster Jinx entrou em contacto com o nosso trabalho e nos decidiu convidar. É um privilégio ser aceite nesta label, especialmente numa altura em que aparenta diversificar o seu catálogo em termos de eclectismo musical. O facto de recentemente se terem juntado artistas que conhecemos pessoalmente e cujo trabalho admiramos – como os Don Pie Pie e o Vasco Completo – também nos ajuda a sentir mais “em casa”, por assim dizer.

Esteticamente falando, vão existir algumas diferenças nesta nova fase, diga-se assim, com a Jinx?

Andamos a caminhar para uma sonoridade esteticamente mais assente no groove e na repetição, algo influenciado não só pelo novo jazz britânico tão em voga, como também pela música que influencia xs artistxs deste movimento, linguagens electrónicas e africanas, acima de tudo. Isto pode não ser uma consequência da nossa junção à Jinx, mas é um caminho que entra certamente na mesma linha de coerência com aquilo que a label representa.

Apresentem-nos este primeiro laçamento pela Jinx, por favor.

Contém dois temas, “Vasenol” e “Batata Palha”, desenvolvidos no fim da nossa temporada com o Afonso Serro mas aprimorados já com o Léo Vrillaud nas teclas; por outras palavras, representam o período de transição entre a phase one e a phase two de Mazarin, daí o título do EP ser Interlúdio.

No momento em que apareceram em 2018, falávamos que existiam poucos projectos semelhantes ao vosso em Portugal, algo que parece ter mudado significativamente nos últimos dois anos. Concordam com isto?

Sem dúvida, especialmente porque este reavivar do nu jazz parece ser cada vez mais inescapável, portanto não seria nenhuma surpresa que Portugal não fosse imune a tal. Confessamos que não temos acompanhado bastante o que se tem passado nesse estilo a nível nacional, mas é notável o aparecimentos de projectos que começam a adoptar a sonoridade daquilo que tem sido feito no panorama britânico e norte-americano – e com o nível de criatividade que se tem visto por aí, parece ser uma tendência musical que ainda irá durar algum tempo!


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