Os Mazarin são a nova banda residente do Ferroviário. O primeiro concerto já tem data marcada: este domingo, o quarteto actua no terraço do clube lisboeta entre as 18h e as 20h. E a entrada é livre.
João Spencer, Vicente Booth e João Romão contaram com a ajuda de Afonso Serro para dar início ao projecto Mazarin em 2016. Foi com esta formação que nos apresentaram o EP homónimo, dois anos depois, um conjunto de cinco faixas movidas pelo cruzamento entre o jazz e o hip hop, com nomes como J Dilla ou DJ Shadow entre o principal lote de influências para estes quatro músicos.
Depois de coleccionarem passagens pelo Festival F, Zigurfest, Parkbeat Legends, FNAC Live ou Samsung Galaxy Live, a banda reestruturou-se: Afonso Serro saiu e foi substituído por Léo Vrillaud. É com esta nova formação que os Mazarin se têm apresentado ao vivo nas últimas datas — em 2019, o quarteto já actuou na Crew Hassan, no Musicbox ou no Festival Impulso.
Arrancam com uma residência mensal no Ferroviário este domingo. O que significa para vocês conseguir esta vaga por uma oportunidade de tocar de forma regular num local com tanta história no circuito lisboeta?
É uma grande oportunidade, obviamente, ter um espaço como o Ferroviário a oferecer esta oportunidade, acima de tudo pelo facto de nos ser cedida uma plataforma que nos permita exibir ao vivo diversas experiências a nível criativo que daqui possam advir.
O que podemos esperar do vosso concerto e qual é o conceito que pretendem aplicar às próximas aparições no terraço do Ferroviário?
Neste primeiro concerto iremos dar destaque a temas ligados ao repertório de tributo a J Dilla, que tocámos na festa da Parkbeat Legends em Outubro do ano passado. Quanto às próximas datas, ainda está a ser definido, mas podemos adiantar que o conceito será acima de tudo centrado no revisitar de trabalho de outros artistas, como foi o que aconteceu no evento da Parkbeat e no concerto de 25 de Abril no Musicbox.
Têm trabalhado em novos temas ou versões para incluir no vosso set?
Neste set em particular serão os temas anteriormente mencionados e talvez um par de originais do nosso repertório habitual. No entanto, já existem novos originais a ser cozinhados, e estamos ansiosos para poder incluí-los num próximo set!
Como têm corrido as ultimas actuações nesta nova formação com o Léo Vrillaud? O que sentem que ganharam nos palcos com este refresh?
A entrada do Léo foi aquilo que precisávamos. Nunca é fácil “recomeçar” este tipo de coisas, mas sentimos que é uma voz bastante ponderada e com um forte input criativo naquilo que a banda pretende explorar, o que se revela um factor particularmente importante quando já estamos a tentar abranger a linguagem estética deste projecto. Estamos confiantes perante o que possa vir a seguir com ele a bordo.
Já fez um ano desde que lançaram o vosso EP de estreia. Passa pelos vossos planos dar-lhe uma sucessão em breve?
Sim, o próximo trabalho que pretendemos levar a estúdio será do cancioneiro de intervenção apresentado no concerto de 25 de Abril! Ainda não temos nenhuma data definida, mas esperamos ter novidades a dar em breve.