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Publicado a: 26/07/2018

Mazarin no Samsung Galaxy Live: a electricidade estética de um projecto de hip hop instrumental

Publicado a: 26/07/2018

[TEXTO] Alexandre Ribeiro 

Numa era da valorização mainstream do jazz através do hip hop — Kamasi Washington e Thundercat são dois exemplos gritantes –, não é de estranhar que novas bandas vão brotando com ligações principais aos dois géneros, mesmo que depois acabem por se tornar noutras coisas. Em Portugal, os Mazarin representam essa “facção”, uma espécie de BadBadNotGood portugueses que estão prontos para se sintonizarem com os Orelha Negra ou Bruno Pernadas, nomes que, obviamente, servem como influências para a criação da sua própria identidade.

Mas, como em tudo, o melhor é deixar os próprios falar. No separador “Sobre” do seu Facebook oficial, o quarteto aponta para BADBADNOTGOOD, Hiatus Kaiyote, Vulfpeck, Robert Glasper, J Dilla, DJ Shadow, Bruno Pernadas, A Tribe Called Quest, Kamasi Washington e Yussef Kamaal. Em conversa com o Rimas e Batidas, o grupo revelou que a primeira música que tocaram juntos foi “Midnight In A Perfect World”, do clássico Endtroducing, um álbum que, segundo os próprios, “teve muito impacto a nível de estética”.

A banda também não escapou ao radar de Henrique Amaro: o radialista passou “Bossa” no Portugália, o seu programa de autor na Antena 3, e concedeu-lhes espaço na compilação de Novos Talentos da FNAC. Afonso Serro (teclas), João Spencer (baixo), Vicente Booth (guitarra) e João Romão (bateria) lançaram o seu EP de estreia em Maio deste ano e mostraram, em cinco faixas, um grande potencial. Os instrumentais apresentavam uma maturidade incomum para um grupo de jovens que ainda está a tentar entender o que é e para onde vai.

Entre Lisboa e Beja, a música clássica e a música popular, J Dilla e DJ Shadow, nasceu “um projecto de hip hop instrumental”. Esta sexta-feira, a partir dos vossos smartphones, vão poder confirmar todo o potencial dos Mazarin.

 


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