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Fotografia: Emily Dennison
Publicado a: 15/11/2023

Na tranquilidade do jazz.

Matthew Halsall: “Quero encorajar as pessoas a reconectarem-se realmente com a natureza”

Fotografia: Emily Dennison
Publicado a: 15/11/2023

Matthew Halsall está de regresso a Portugal. O multifacetado músico mancuniano tem agendados 2 concertos em terras lusas no âmbito do Misty Fest’23, passando primeiro por Lisboa, a 20 de Novembro, no Centro Cultural de Belém, e seguindo no dia seguinte para norte, onde se apresentará na Casa da Música, no Porto. Na bagagem traz um disco incontornável do jazz de 2023 – An Ever Changing View –, além de décadas de experiência como multi-instrumentista, compositor e gestor de uma editora discográfica.

An Ever Changing View foi lançado em Setembro passado pela Gondwana Records, editora de Manchester que Halsall fundou em 2008. A Gondwana Records conta no seu catálogo com praticamente 7 dezenas de lançamentos cuja música é essencial para compreender o jazz britânico (e não só) da contemporaneidade. Contemporaneidade essa em que também se encontra inserido o mais recente trabalho do trompetista, no qual nos é apresentada uma síntese sónica em que spiritual jazz se mistura com influências advindas de universos musicais como o minimalismo, a eletrónica e a música ambiente.

An Ever Changing View é, também, o culminar de uma imersão do trompetista em espaços arquitetónicos e lugares naturais de imenso valor estético e fenoménico. Desse modo, resulta a música deste álbum numa visita guiada a um mundo naturalista em que o eterno movimento da realidade é captado através de composições soberbamente arranjadas, focadas na experiência narrativa e dotadas de uma profunda capacidade catártica. Falamos, pois, de música expansiva, meditativa e espiritual, que se traduz num convite à contemplação consciente, voltada para o exterior, para a natureza.

Numa conversa muito agradável tida por Zoom (toda a tranquilidade da música de An Ever Changing View, sentimo-la também em Matthew Halsall), ficámos a saber mais pormenores sobre o que esperar das suas atuações na próxima semana em Portugal. Conversámos também sobre as dinâmicas e processos criativos subjacentes à feitura de An Ever Changing View, além de discutirmos a importância e impacto que a Gondwana Records tem na vida do músico. Além disso, tentámos perceber o que anda a magicar para um futuro próximo. Tudo e isto e muito mais para ficar a saber nesta entrevista com Matthew Halsall.



Onde é que te encontras neste momento? Estás em Manchester?

Estou em Manchester, sim… Estou a descansar uns dias antes da próxima série de espetáculos. 

Sim, porque estás a meio de uma digressão de apresentação do teu mais recente trabalho, An Ever Changing View, editado pela tua Gondwana Records. Tens tocado em locais fantásticos, incluindo o Royal Albert Hall e, claro, o Turner Sims, aqui em Southampton, onde vivo [risos]. Como têm sido esses concertos?

Tem sido uma das experiências mais bonitas da minha vida. Como músico, a sério, acho que não podia estar mais feliz. Já fiz 28 concertos ao vivo e um dos espetáculos como DJ, porque também estou a fazer uma digressão onde apresento DJ sets de audiófilo, a qual continuará depois da digressão do álbum. E todos os espetáculos têm sido muito agradáveis. Tenho tido oportunidade de conhecer imensas pessoas fantásticas que gostam do mesmo tipo de música e de partilhar ideias sobre a vida e as artes. Sinto-me abençoado por ter esta oportunidade de atuar, viajar e de ver tantas cidades bonitas. Por isso, sim, não tenho uma palavra má a dizer, a sério. Tem sido muito divertido.

Achas que a música de An Ever Changing View ganhou uma nova roupagem agora que a estão a tocar ao vivo?

Sim, fazemos dois sets de 45 minutos, com um intervalo a meio. Acho que cada concerto tem sido ligeiramente diferente e único em termos de atuação. Acho que do novo álbum, que tocamos no primeiro set, só há 2 ou 3 temas que não tocamos de entre os 10 totais. Isso tem sido muito agradável e interessante. Porque a música foi criada de uma forma diferente, menos ao vivo do que nos álbuns anteriores. Por isso, tenho de usar alguma sequenciação ao vivo numa MPC para as kalimbas, para algumas das percussões, para algumas das celestas e coisas do género. Tem sido um desafio para mim fazer sequências ao vivo e atuar a solo, mas já me habituei a isso e agora sinto-me muito descontraído. Tenho gostado muito de tocar os triângulos de martelo de mão personalizados ao vivo na faixa “Triangles in the Sky”. É uma coisa nova para mim, tocar um tipo diferente de instrumento em palco. Também toco muita percussão ao longo da atuação: carrilhão de orquestra, sinos, shakers. No Reino Unido, usei um gongo grande numa das faixas, o que também foi muito fixe. Portanto, tem havido muita experimentação e exploração.

Vais estar em Portugal na próxima semana, com atuações agendadas em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, e no Porto, na Casa da Música. O que esperas destes concertos? Tanto quanto sei, é a primeira vez que tocas no Porto.

Toquei nos arredores do Porto há um par de anos. Foi um espetáculo muito bom, não me lembro do nome do local…

Foi em Espinho, não foi?

Acho que foi isso, mas nunca toquei na cidade propriamente dita. Mas já estive de férias e passei bastante tempo no Porto. É uma cidade linda, com ótima comida e bebida, além de galerias de arte. Já experimentei muito desse lado das coisas, e é bom poder partilhar a minha música nesta cidade. Em Lisboa, tocar neste sítio que junta uma enorme galeria de arte moderna e um auditório, tudo no mesmo lugar, é muito fixe, porque já fui a essa galeria muitas vezes. Além disso, estar num concerto duplo com Makaya McCraven é… Ele é basicamente o meu artista contemporâneo favorito. Acho que ele está num mundo semelhante ao meu neste momento. Adoro o baterismo, as composições e as produções dele. Por isso, estou ansioso por o conhecer e vê-lo a tocar ao vivo. Vai ser muito bom.

Talvez desse encontro resulte uma colaboração!

Isso seria espetacular. Mas só o facto de o poder ir ouvir já é, só por si, muito entusiasmante.

Podes falar-nos dos músicos que te acompanham nesta digressão? São os mesmos que participaram na gravação do álbum?

Sim, eles tocam em quase todo o álbum. Temos o Matt Cliffe na flauta e no saxofone, que tem sido fantástico. Já trabalho com ele há bastante tempo. Ele tocou no álbum Salute to the Sun e em 2 EPs – The Temple Within e Changing Earth -, e também no álbum ao vivo [Salute to the Sun – Live at Hallé St. Peter’s]. O Matt conhece a música de trás para a frente. É um intérprete e improvisador brilhante e consistente. Depois temos a Alice Roberts na harpa, que também toca no álbum. Ela é muito jovem, tem 26 anos, acho eu. É uma harpista muito talentosa, de Manchester. Aparece muito no espetáculo ao vivo e protagoniza momentos muito bonitos no álbum. Depois, o Jasper Green, um jovem pianista que toca Fender Rhodes e piano na maior parte do álbum — é excelente! O Gavin Barras toca baixo. Ele tem tocado comigo durante toda a minha carreira. Portanto, há 15 anos que trabalho com ele. É um baixista muito bom, muito instintivo e reativo. Conseguimos ler a mente um do outro quando tocamos. O Gavin é alguém que sabe sempre o que fazer. Por isso, é muito bom ter alguém assim na banda. E depois o Alan Taylor na bateria, que é um baterista jovem e brilhante, com muita energia e que, definitivamente, ao vivo, eleva partes do grupo e faz o público vibrar. O Sam Bell toca percussão e também participou no álbum. É um dos dois percussionistas do álbum e acrescenta texturas lindíssimas usando sementes, carrilhão de orquestra, shakers, e também conga. Estes são os músicos com quem ando em digressão. Além disso, há outros músicos que participam no álbum. Houve outro pianista em algumas faixas, o Liviu Gheorghe. E também outro saxofonista, o Chip Wickham, que aparece como convidado. Mas não pudemos trazer todos para a digressão connosco. Tenho de dizer que andei em digressão a maior parte da minha vida, desde os 14 anos, e andar em digressão com estes músicos tem sido uma das experiências mais relaxantes e agradáveis que já tive. Tem sido muito, muito fácil — um autêntico prazer.

É muito bom ouvir isso. Gostava agora de me debruçar sobre o processo de criação de An Ever Changing View. De acordo com as notas de apresentação que podem ser lidas no Bandcamp, ficaste alojado numa casa deslumbrante de arquiteto, com vistas pitorescas para o mar, e numa impressionante casa modernista, onde compuseste aquilo a que te referes como uma “pintura paisagística”. Consideras essa abordagem à composição semelhante a um impressionismo musical, na linha de métodos de pintores do século XIX como Monet e Cézanne?

Gosto de pensar que, de alguma forma, o que fiz foi essencialmente encontrar sítios bonitos para fazer música, com quartos com vista para o mar, montanhas e florestas. Sentava-me, olhava pela janela e fazia música. Foi uma experiência nova para mim, porque estava a passar muito tempo sozinho, por vezes em sítios bastante remotos. Mas acho que foi muito bom inspirar-me na natureza. Além disso, senti que, pela primeira vez desde há muito tempo, estava a juntar a pouco e pouco muitos sons, instrumentos e ideias que eram únicos para este disco e que me deram uma tela e paleta de sons completamente novas para expressar os meus sentimentos e emoções. Acho que isso foi muito importante. Tinha percussões e instrumentos suficientes comigo, assim como bibliotecas de samples, para poder exprimir-me e explorar de forma bastante ampla e aberta. Nunca tinha usado uma celesta antes, que é um tipo de instrumento clássico de percussão. Também usei glockenspiels, um felt piano, gravações de campo de sons de pássaros, um carrilhão de orquestra e kalimbas. E sim, a experiência foi verdadeiramente tão divertida e lúdica quanto possível. Senti-me como se tivesse renascido e fosse novamente uma criança, a tocar e a fazer música de forma livre e expressiva.

Existe alguma relação entre a tua música e o espaço que te rodeia quando a estás a criar? Nota-se que claramente os locais onde criaste a música de An Ever Changing View influenciaram bastante a sonoridade do álbum. Qual é a relação entre a tua música e o espaço?

É uma boa pergunta. Acho que sou um compositor e músico que vive da atmosfera em que se encontra quando está a fazer música. Acho que já demonstrei isso em álbuns anteriores como Fletcher Moss Park, que foi composto num parque em Manchester. When The World Was One tem muitas faixas com títulos em japonês e todo o tipo de coisas inspiradas pela minha viagem ao Japão. Por isso, acho que o local, a luz, a sala e o espaço fazem-me criar música de forma singular. Mesmo quando compus em casa, em On The Go, por exemplo, lembro-me de fechar os olhos, compor durante a noite, beber bastante vinho tinto e imaginar que estava numa espécie de filme de jazz parisiense dos anos 60, a preto e branco. O álbum inteiro fazia parte dessa cena. Acho que tenho muita imaginação e sinto que é muito divertido criar estes pequenos mundos sonoros a partir de imagens na minha cabeça. Assim, quando pomos os auscultadores, somos transportados para um lugar exótico e interessante.

Quando estava a compor para o An Ever Changing View, estes lugares eram reais, muito bonitos, com uma arquitetura fantástica, janelas muito grandes e luz natural. Por isso, foi mais fácil para mim. Não precisei de usar tanto a imaginação. Fisicamente, eu estava nesses espaços e achei que seria muito bonito para os ouvintes sentirem-se como se estivessem de férias. Assim, quando colocam os auscultadores, são transportados para esses lugares de que estive a desfrutar. É como uma pausa bem-vinda e revitalizante; uma pausa da loucura das cidades ou dos locais onde vivem.

Totalmente — consigo sentir isso quando ouço o disco. Em termos estéticos, muitos compararam An Ever Changing View ao spiritual jazz de Pharoah Sanders e Alice Coltrane. Embora compreenda que esta comparação se prenda essencialmente à essência estilística da música, parece-me, contudo, que a espiritualidade de An Ever Changing View tende a ser bem mais imanente do que propriamente transcendente. Este álbum parece-me, acima de tudo, um convite à contemplação consciente, um incitamento para que se olhe para a natureza e para o mundo tangível. Como é que achas que as tuas experiências espirituais influenciaram este trabalho?

Concordo que, se posso encorajar as pessoas a fazer uma coisa na vida, é a reconectarem-se realmente com a natureza e a verem o valor, a beleza e a simplicidade do mundo natural. Porque penso que é tão fácil, na sociedade atual, passar a maior parte do tempo a olhar para o telemóvel, na Internet, e a andar de carro de um lado para o outro. Esquecemo-nos que há muitas coisas bonitas e naturais. Quando estava a escrever esta música, vi imensa natureza porque passeava frequentemente. Estive sempre perto do mar. Em particular, na Ilha de Anglesey, onde compus algumas das faixas, há sítios especiais onde se pode ir. Grandes praias selvagens. E também se vêem animais como focas e, ocasionalmente, golfinhos brancos, todo o tipo de aves de rapina e bonitos cavalos selvagens. As sensações da maré e do vento e o som de tudo o que tem a ver com a natureza são tão poderosos… Há um passeio que eu costumava fazer, que era uma caminhada de 30 minutos até à praia através de caminhos completamente remotos. Quando chegava à praia, sentia imediatamente o meu peito e os meus pulmões abrirem-se, e sentia uma grande sensação de liberdade e uma energia renovada. Tento sempre celebrar isso na música que faço e encorajar as pessoas a que façam o mesmo através dos títulos das faixas e do artwork do álbum.

Para o artwork do álbum, levámos para a praia bonitas tapeçarias feitas à mão. Tivemos de as carregar por esse caminho durante 30 minutos — foi uma loucura. E tínhamos de conseguir a luz perfeita, por isso tinha de ser ao pôr do sol ou ao nascer do sol. Mas a ideia era que até o artwork fosse a nossa arte na natureza. A música é arte na natureza, o artwork é arte na natureza. Se pudesse, atuaria ao vivo nas praias, nas dunas de areia, porque acredito genuinamente que esses tipos de lugares são profundamente bonitos e espirituais. Há uma verdadeira sensação de relaxamento e abertura. E, definitivamente, parece-me bem encorajar as pessoas a reconectarem-se com a natureza.

Para além da tua carreira musical, também geres a Gondwana Records. Muitos músicos talentosos enfrentam desafios na gestão de editoras, tendo frequentemente dificuldade em alcançar sustentabilidade financeira. Este é um trabalho que exige competências e estados de espírito totalmente diferentes daqueles que são precisos para os processos criativos. Como é que encaras o teu papel na gestão da editora? Retiras prazer deste trabalho? Ou é, de certa forma, um fardo?

Estou incrivelmente orgulhoso da editora. Foi algo que foi criado originalmente para celebrar a comunidade em que eu vivia, em Manchester, os músicos de jazz verdadeiramente talentosos que eu via em palco. E conseguimos isso. Lançámos música de Nat Birchall, Chip Wickham, John Ellis, Phil France e do baterista da The Cinematic Orchestra, que vive em Manchester — Luke Flowers, que também tocou em muitos dos meus discos. Isso foi muito importante! E, depois, quando alguns dos discos tiveram muito sucesso, como o meu álbum Fletcher Moss Park ou o v2.0 dos GoGo Penguin, apercebemo-nos subitamente de que tínhamos algo mais importante nas mãos do que apenas a comunidade em que estávamos a trabalhar. Os artistas contactavam-nos a partir de todo o Reino Unido, e depois esses contactos foram-se alargando.

Não sou movido pelo dinheiro. Sei que estou numa posição privilegiada, em que tenho estabilidade e posso ser artista a tempo inteiro há 15 anos, porque a editora evoluiu de uma forma muito bem-sucedida, embora delicada. Costumo brincar e dizer que foi quase um desenvolvimento glaciar, porque tanto a minha carreira como a editora não tiveram 15 lançamentos por ano desde o começo. No início, eram apenas 1 ou 2 lançamentos por ano, e depois começaram a ser 3 lançamentos por ano. Neste momento, a label está no seu ponto mais louco. Calculamos que este ano iremos ter cerca de 9 ou 10 lançamentos. Temos uma grande equipa de pessoas a trabalhar. Sinto-me muito orgulhoso por poder apoiar e empregar pessoas e ajudar os músicos. 

Se é um fardo? Acho que é uma daquelas coisas em que, quase acidentalmente, se foi tornando um sucesso e, com isso, claro, vem a responsabilidade. Às vezes preocupo-me tanto com outros artistas que se torna um fardo, no sentido em que a minha mente está sempre ligada e a pensar em “como posso ajudar esta pessoa?” Ou “como é que posso fazer isto?” Mas também tenho de ter em atenção a minha própria carreira, e nunca me senti com tanto tempo, energia e criatividade como neste ano. Por isso, tive de reestruturar cuidadosamente a forma como faço a minha música e dar-me tempo como artista, para fazer digressões e ser A&R e proprietário de uma editora discográfica. Basicamente, tenho de planear imenso. Tenho grandes folhas de cálculo com blocos de tempo em que defino que este é um período de escrita, este é um período de digressão, este é um período para fazer a campanha do álbum, este é um período de A&R para a editora, este é um período de reuniões, etc. Cheguei a um ponto em que está tudo muito bem organizado e já não é um fardo, porque é eficiente e funcional. Mas houve alturas no passado em que foi uma loucura, em que andei a saltar de uma coisa para a outra [risos].

Interessante… Então, estabeleces intervalos de tempo na tua agenda que dedicas integralmente ao processo criativo?

Sim, sim! Há um período do ano em que os trabalhos da editora também, de forma natural, abrandam. Por volta do final de dezembro até meados de janeiro, não há muito para fazer, por isso posso ir embora e escrever durante duas semanas. E depois, durante as férias de verão, muitos membros da equipa vão de férias, muitos músicos vão em digressão ou estão a fazer uma pausa, por isso também posso ir escrever música nessas alturas. Depois, é só encontrar espaços. Desde que tenha tudo pronto antes de ir para fora, posso desligar o telemóvel e ficar a criar música sem qualquer tipo de distração. Foi o que fiz nas sessões de escrita de An Ever Changing View.

Pode ser prematuro perguntar, mas já estás a trabalhar em material novo? A digressão foi fonte de inspiração para algum projeto futuro?

Sim. Quando estava a gravar o An Ever Changing View, já estava também a gravar material para outro álbum. Tive várias ideias muito boas para o próximo álbum. Tenho uma visão muito clara de como vou fazer a música, do espaço em que a quero fazer e da instrumentação que quero ter na sala. Quero ter um grande espaço vazio, tudo muito zen. E quero levar todo o meu material, o meu equipamento de gravação, bateria, percussão, congas, djembés e todo esse tipo de coisas. Quero ficar meses a fio a trabalhar, a tocar e a divertir-me muito, provavelmente em sessões noturnas. Estou a sentir que o An Ever Changing View é um disco muito leve e colorido, com uma atmosfera meia primaveril e estival. Sinto que o próximo álbum deve ser mais noturno, com uma atmosfera mais pesada, talvez com muito mais ritmo, com muita energia rítmica. Vamos ver…

Já tens mesmo todas as imagens na cabeça.

Sim, sim! Tenho de ter tudo na minha cabeça primeiro, depois reservo os sítios, vou lá e faço a minha música.


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