Os primeiros dois finais de semana de Julho trazem o Jazz no Parque até Serralves. Dias 6, 7, 13 e 14, são vários os nomes do jazz nacional e internacional que passam pelos diferentes palcos daquele espaço portuense, numa programação desenhada por Rodrigo Amado. Os bilhetes diários estão à venda por 12 euros.
É no Auditório que a 33ª edição deste festival arranca no dia 6 de Julho, pelas 17 horas, ao som de Marta Warelis, uma vibrante pianista polaca cujo som tem sido pautado por uma forte componente de improvisação e experimentação. Quando o relógio bater as 18h30, o ponto de encontro é o Ténis Serralves, onde o melhor do jazz contemporâneo se faz escutar através da combinação de três talentos ímpares — os norte-americanos Ingrid Laubrock (saxofone), Michael Formanek (contrabaixo) e Jim Black (bateria).
No dia seguinte, o regresso ao Auditório volta a estar marcado para as 17 horas, desta vez para assistir a uma apresentação de Tracapangã, “um diálogo musical que junta a exploração do som e o rigor da execução com a ligação orgânica às raízes e à terra”, levado a cabo por Mariana Dionísio (voz) e João Pereira (bateria). Às 18h30, novamente no Ténis Serralves, teremos a oportunidade de ver em acção um dos nomes do momento: Mário Costa, baterista e compositor que arrecadou em Maio o prémio para Melhor Álbum de Jazz (graças a Chromosome, de 2023) na edição deste ano dos PLAY, estreia um novo trio onde surge acompanhado dos franceses Emile Parisien (saxofone) e Bruno Chevillon (contrabaixo) na interpretação de Homo Sapiens.
O segundo e último fim-de-semana no qual o Jazz no Parque estará patente inicia ao ritmo de The Selva, um trio que combina sons electro-acústicos com música de câmara que sobe ao palco do Auditório às 17 horas do dia 13, com um alinhamento que compreende Ricardo Jacinto (violoncelo), Gonçalo Almeida (contrabaixo) e Nuno Morão (bateria). Às 18h30 troca para o Ténis Serralves e para Flora, projecto de fusão jazz-rock liderado pelo guitarrista e compositor Marcelo dos Reis, que tem ao seu lado as preciosas ajudas de Miguel Falcão (contrabaixo) e Luís Filipe Silva (bateria).
A edição deste ano do certame portuense chega ao fim no domingo, dia 14, desta vez com apenas um — mas grande — espectáculo no seu cartaz diário. Esse concerto será em torno de Árbol Adentro, um álbum que atravessa um vasto leque de influências, do jazz improvisado ao folclore argentino, assinado por Damian Cabaud no passado mês de Março. O contrabaixista de Buenos Aires, sediado em Lisboa desde 2004, traz consigo os portugueses João Pedro Brandão e José Pedro Coelho (saxofones), João Grilo (piano) e Marcos Cavaleiro (bateria).