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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/03/2021

A estreia em nome próprio.

Marcus Amadeus sobre Portal: “Eu gosto que as coisas tenham uma simbologia”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 20/03/2021

Acabado de sair do forno, Portal assinala a estreia de Marcus Amadeus. O álbum conta com 10 faixas e uma participação de Napoleão Mira.

A música composta pelo produtor para este seu primeiro LP fala-nos sobre movimentos e ciclos através de um monólogo electrónico. E embora estas cadências tenham pulsação portuguesa, há muito sotaque europeu presente neste Portal, um trabalho que nos afunda por completo durante a sua audição e nos apura os sentidos de tão visual que se torna esta viagem. E esta é uma ideia que faz ainda mais sentido depois de falarmos com o seu criador, um ex-arquitecto transformado em músico e que nos últimos anos tem acompanhado um um conjunto de bailarinos nas digressões que faz em nome da companhia norueguesa Panta Rei.

Marcus, que nos revelou ter um forte background ligado à cultura hip hop, só agora risca da sua lista pessoal o objectivo de editar um disco, mas não nos é um rosto totalmente desconhecido. Embora as escassas edições que enverga nos catálogos digitais mais tradicionais, como o SoundCloud, a maturidade que adquiriu enquanto Improvisível — um nome próximo do universo Slow Habits e um maquinista exímio que chegou a actuar no festival que o Rimas e Batidas curou no Musicbox em 2016 — e nos projectos que assina para a dança e até para publicidade nota-se logo pela forma como constrói os vários momentos que compõe cada uma das faixas presentes em Portal, um disco cerebral, quase terapêutico, que nos embala num transe durante os seus 30 minutos de duração.

Há coisas impressionantes que Marcus já executou – como o som para esta peça da GENCORK, ou esta da INPUTT – mas chegou agora a altura do produtor deixar a sua marca num registo mais familiar aos consumidores de música. Não menos impressionantes são algumas das suas histórias de vida, que fez questão de nos confidenciar durante uma longa conversa via Zoom em que, claro, se falou também da metodologia que o levou a este Portal, a experiência que tem vindo a colher na Noruega ou os planos para a editora que ajudou a fundar e pela qual lança este disco, a Diálogo Records.



Queres contar-me como é que deste os teus primeiros passos na música?

Uma das primeiras coisas que eu fiz na música foi beatbox, sem máquinas, sem nada. O meu pai é músico e por vezes ia com ele a estúdio, ficava a ver os técnicos a mexer nas cenas e pensava, “eu também curtia de mexer num software”. Foi aí que comecei a experimentar o Hip Hop eJay. Aquilo era só compilar os quadradinhos [dos loops]. “Hey, já faço música!” [Risos] Acho que foi aí que se deu uma viragem e eu comecei a gostar e a ouvir música instrumental. Estive anos sem ouvir rap sequer. Hoje em dia já ouço mais rap mas estive ali uma altura sem ouvir rap.

Quem é que tens em mente como principais influências para aquilo que fazes?

A minha principal influência é Arts The Beatdoctor. Não sei se conheces mas é fabuloso. Eu cresci a ouvir hip hop, também ouvi algum rock variado, das cenas mais highschool até ao hardcore, e até o que surgia in between. Para mim, Linkin Park foi tipo uma ponte para o rock, porque eles têm ali uma mistura dos três, do hip hop, da electrónica e do rock. Mas grande parte [das minhas influências] vieram do hip hop. Tive ali uma altura em que só consumia rap. O rap foi a ponte para o hip hop.

Estás a lançar-te num projecto novo e gostava que me ajudasses aqui a perceber uma coisa: onde é que acaba o Improvisível e começa o Marcus Amadeus?

O Marcus Amadeus sou eu. O Improvisível é um projecto. Não lhe quero chamar uma brincadeira, mas é um sítio onde eu não tenho problemas em soar tonto ou brincalhão. É onde eu posso fazer loops ou qualquer outra coisa e, simplesmente, divertir-me. Marcus Amadeus é algo um pouco mais sério. É a personagem integral, apurada. Já não é tanto a experimentação mas sim um desenho preciso da minha imaginação. Com o Improvisível eu posso fazer esboços. Numa tarde posso fazer 20 esboços e o Marcus Amadeus escolhe um. Ou três. “Vou fazer uma música com isto.”

Mas sentes que há também uma distinção sónica? Ao ouvir os dois projectos, eu consigo associar facilmente o Improvisível ao hip hop. Já o Marcus Amadeus parece apontar para outras paragens, ali entre a electrónica e o jazz contemporâneo, com um toque muito europeu.

O Marcus Amadeus está mais livre. O hip hop está presente mas ele está mais livre. Eu concordo absolutamente com o que tu disseste. No entanto, o Improvisível que participa no espectáculo Make Me Dance, com a companhia de dança norueguesa, é alguém que sai completamente do enquadramento do hip hop.

Ainda bem que tocas nesse assunto, porque foi algo que me chamou à atenção mal li a biografia que me enviaste. Queres falar-me sobre o trabalho que desempenhas nesse projecto?

Aquilo faz parte de um programa cultural da Noruega, em que o Estado dá uma verba às várias companhias de dança e teatros para levar a arte aos miúdos nas escolas. Dentro desse programa há projectos que são extremamente contemporâneos. Neste [onde eu estou] eles pediram-me para abordar toda uma panóplia de universos. A actuação dura 50 minutos e há momentos em que eu estou a fazer live loops extremamente contemporâneos, nos quais tu nem sentes o hip hop. Eu sei que a minha ginga faz parte do hip hop — e eu consigo identificá-la — mas, no som, essa ligação não existe. Até ao final da actuação passo pelo house, pelo breakbeat… Tens momentos de hip hop, sim. Também um bocado de rock. Ou seja, a bolha do hip hop existe mas o Improvisível consegue sair dela. Isto para concluir que eu não acho o Improvisível exclusivamente hip hop. Até o vejo mais associado ao break, porque os beats para os quais eu tenho mais tendência a criar são mais breakbeat.

Parece-me justo. Na minha cabeça, Improvisível está mais “limitado” ao hip hop porque só conheço mesmo as tuas participações em compilações da Slow Habits e o concerto que deste no Musicbox há uns anos, num festival do Rimas e Batidas. Fora isso, creio que não editaste mais nada, certo?

Apesar de já produzir há muito tempo, eu nunca editei muita coisa. Fora isso que já conheces, eu já produzi também para publicidade. Há um senhor, o Le Brimet, que é basicamente o meu mecenas. Conheci-o quase por acidente e ele apostou em mim. Antes de eu sequer dar as primeiras actuações, ele convidou-me para fazer uma faixa com sons de uma fábrica. Fora isso, também remisturei o “Sendo Assim”. Adorei o som e o Sam The Kid é uma enorme referência, a minha primeira referência de hip hop tuga. Há um outro remix no meu SoundCloud, para a “Wild Horses”, que foi para uma competição. O original é do CanBlaster. Vai ouvi-lo. Vais adorar.

E explica-me: como é que um músico português, ex-arquitecto e com muito pouco material editado, chega ao radar de um projecto de uma companhia de dança sediada num país tão distante do nosso?

Isso foi muita, muita sorte. Houve uma altura na minha vida em que aconteceram algumas cenas… Eu estava a trabalhar como arquitecto em Lisboa e não era feliz. Por várias razões. Decidi fazer uns vídeos, porque eu tinha chegado à conclusão de que o que era fixe era as pessoas verem-me a actuar. Pensei, “se as pessoas virem que eu sei tocar, talvez consiga trabalho na noite, por Lisboa ou assim”. Aluguei uma casa fixe aqui no Porto e fiz duas tardes de filmagens em que eu só improvisei. Era tudo filmagens em one shot. Depois andei a chatear pessoal online. “Olha, podes ver isto?” [risos] Até foi uma cena que correu um bocado mal em alguns casos, porque eu também não sei muito bem como é que as coisas funcionam. Mas houve um bailarino, que eu já seguia há muitos anos por causa de umas batalhas, da Euro Battle, que aconteciam aqui no Porto. Eu já tinha metido conversa com ele, mas ele não me conhecia muito bem. Eu conhecia-o melhor a ele do que ele a mim [risos]. Porque eu desde pequeno que o via a batalhar na Euro Battle. “Hey, olha o Hugo Marmelada!” Não sei se por acaso já ouviste este nome. Ele, na altura em que enviei os vídeos, estava na companhia Panta Rei, na Noruega. As duas senhoras que coordenam o projecto disseram que estavam à procura de uma orquestra mas só tinham dinheiro para uma pessoa. Ele, em tom de brincadeira, disse que conhecia um gajo. E ele na verdade nem me conhecia. Conhecia o projecto mas nós nem falávamos. Elas pesquisaram pelo meu nome e foram encontrar os artigos que o Rimas e Batidas tinha feito sobre mim. Entraram em contacto com o Rui Miguel Abreu e ele fez a ponte. E pronto. Marcámos um casting. Eu fui lá e fizemos uma sessão de teste, eu e o Hugo Marmelada em frente às senhoras, que ficaram interessadas. Tive de compor 50 minutos de música para o espectáculo e entretanto já demos mais de 200 actuações pela Noruega, Canadá e Alemanha.

Em que situação é que isso ficou com isto da pandemia? Continuas a trabalhar com eles?

Eu gostaria de estar a trabalhar. Por norma vou para lá em meados de Março e também por volta de Outubro/Novembro. Às vezes pode ser durante uma semana, outras vezes dura um ou dois meses. O ano passado foi cancelado das duas vezes, em Março e Outubro. Entretanto tem estado sempre a ser adiado. Tudo o que era para acontecer em 2020 foi empurrado para 2021, mas entretanto já comecei a receber e-mails a dizer que se calhar já só vai dar para 2022. Tem sido isto.

Vamos falar de coisas boas. Tu lanças agora o teu primeiro álbum. Que Portal é este que surge associado à tua música?

Eu decidi que ia fazer um álbum mais ou menos no início do ano passado. “É agora ou nunca. Se não, sou um cobarde”. Comecei por fazer uma música… A primeira que eu fiz chamei-lhe “Reboot”. Os produtores têm esta coisa de dar nomes estranhos às cenas. Escolhi “Reboot”, porque para mim foi um restart, um recomeço. Então esse foi o primeiro título que arranjei para o álbum. Mas depois fiquei do género, “é claro que não vou chamar o álbum de Reboot“. Queria dar nomes portugueses às coisas. Há duas coisas aqui, mas a primeira ideia foi Porta. Eu gosto que as coisas tenham uma simbologia. Era a ideia de eu ir abrir a porta. “Eu vou abrir a porta para me mostrar. Eu vou abrir a porta para sair. Eu vou abrir a porta para entrar.”. Era por aí a simbologia da Porta. A passagem. A segunda tem que ver com a presença de um elemento, que é o fractal. Eu não sei o que é que tu sabes sobre fractais mas, para mim, a presença do fractal é algo muito específico na minha visão geral da vida. Acabei por chamar o álbum de Portal. Portal e Porta são a mesma coisa, mas o segundo é um elemento muito mais concreto e não tanto fractal.

Há muito que eu poderia dizer sobre isto mas vou tentar se sucinto. O álbum tem um total de 10 faixas e o número 10 aqui importa. Está associado a umas práticas que têm que ver com as Dez Provações e também com um ciclo. Ou seja, o álbum é como se fosse um loop com cinco etapas de caída e cinco etapas de subida. Tu começas com algo que é o “todo”. A “Abertura” e o “Lúcido” representam o “todo”. Tu vens do início, do “todo”, tornas-te em matéria e há uma queda. É um processo até chegares a matéria. Tu chegas à matéria na faixa cinco, a “Cru”. Passas essas etapas da “Abertura”, do “Beijo”, a “Purga”, o “Perdão” e o “Cru”. É a queda do “todo” até à matéria. A partir da número seis, a “Ascenda”, voltas a subir da matéria para as outras etapas ao nível molecular, por assim dizer. Não quero entrar em grandes detalhes sobre isso, porque isso já são psiques minhas. Mas no fundo, o que é importante para mim passar para fora é esta ideia de se tratar de uma queda e de uma subida, como uma onda transversal. É infinito. É isso que o álbum representa.

Toda esta viagem da construção do álbum durou-te quanto tempo?

Portanto, isto começou no ano passado mas tenho no álbum beats que já foram feitos desde 2017. Tenho, pelo menos, um conjunto [antigo] de loops estacionados na Loopstation, depois de ter estado a brincar numa tarde.

Os tais esboços do Improvisível que o Marcus Amadeus vai buscar.

Exacto. Também posso ter uma ideia qualquer que iniciei em 2019 mas que, no ano passado, voltei a pegar nela e juntei-lhe um outro loop de 2017 e pronto, fiz uma música, por exemplo. Foi criar material novo mas também recorrer a material mais antigo. Aliás, a “Lúcido” acho que até parte de uma ideia que já deve ter uns cinco ou seis anos. Entretanto foi esculpida, tinha muitos mais elementos, e passou a ter menos elementos.

Eu acabei o álbum por volta do Verão. Mas eu tinha aquele filme com a cena das leis… Aquilo que temos de Fernando Pessoa a ser declamado, eu estava a usar de um vinil do João Villaret a declamar Fernando Pessoa. A cena do sampling é sempre relativo mas esse caso era mais descarado. Então, eu entrei em contacto com o Napoleão Mira, que foi uma ideia de um amigo meu. Ele foi super acessível. Disse-lhe qual era a ideia, ele pediu para lhe enviar o trabalho, ouviu e disse “ok”. Gravou num instante, a partir de Lisboa… Ou seja, eu nunca me cruzei com o Napoleão. Foi mesmo um voto de fé da parte dele. E pronto. Ele enviou-me, eu trabalhei as faixas e ele disse “Marcus, está perfeito”. Estou-lhe extremamente grato.

Ao nível do material de estúdio que tu utilizaste… Há bocado estávamos a lembrar da forma como tu operas a Loopstation enquanto Improvisível, que tive a oportunidade de assistir há uns anos. Mas este álbum é muito mais do que apenas essa ferramenta, certo?

Muito mais… Isto ao nível da composição. No que toca à narrativa, é um processo que vem desde Improvisível. Eu debati-me com uma coisa que me custou, uma crítica em relação ao trabalho ser demasiado repetitivo e faltar-lhe variações. Pesquisei sobre essa questão, de variar e criar dramaturgia dentro da música. Foi um processo que se desenvolveu também com os trabalhos com o Le Brimet. Ele é um director criativo extremamente interessante e extremamente talentoso. Fui aprendendo com as dicas e com a orientação dele para os trabalhos que fiz para ele. Eu tive de criar músicas com uma vertente diferente e desenvolvi essa questão da composição. E principalmente com o trabalho na Noruega. Aí sim, tive de fazer live looping e tinha de ter muita transição para conseguir que a actuação fosse forte. Acho que no álbum também entrou muito a questão do desenho arquitectónico, em que há uma noção de regra, excepção e proporção. A regra é teres um quarteirão com os edifícios todos iguais e a excepção é teres um outro edifício que rasga o céu. Depois as coisas têm de estar proporcionadas. Acho que é daí que vem um bocado o meu trabalho de composição. Veio de toda essa experiência que acumulei nos vários trabalhos que tive.

E tocas os diferentes elementos mais no formato digital ou analógico? Usaste aqui instrumentos reais?

Eu faço um bocadinho de tudo na produção. Uso o Fruity Loops e é lá onde eu faço a composição, mistura e masterização. Sou eu que estou a fazer tudo. A nível de sons, tenho um sintetizador Micro Korg, tenho uma espécie de sintetizador, mas é meio digital, que é o Electribe, mas este não entra no disco. Tenho uma MPC 500, alguns instrumentos analógicos que gravo ao vivo… Instrumentos menos convencionais. Tenho umas flautas… Tenho, por exemplo, um clarinete de 29 euros, de plástico, feito para crianças. Só que tem sons que são altamente. Não tinha dinheiro para comprar um clarinete e comprei aquele. Gravei imensos sons com ele que entram no álbum. Depois tenho um gravador portátil, um Zoom, que levo para a rua e com o qual gravo uma data de cenas. E claro, tenho samples de vinil. O resto são VSTs, que uso muito. Há músicas que podem não ter VSTs mas há outras que são feitas apenas com VSTs.

No press release que me enviaste, reparei que este álbum é o primeiro lançamento de uma editora chamada Diálogo Records. Isto é um projecto criado por ti?

É a editora que eu e o Le Brimet decidimos criar. O álbum de estreia dessa editora é este, sim.

E tens mais planos para a editora? Depois do Portal, vais continuar a lançar mais trabalho teu? Há outros artistas que possam surgir na equação?

A ideia desta editora veio de um diálogo com o Le Brimet. Estávamos a falar de como é muito complicado o processo de distribuir música, de registar música, de fazer isso tudo. Nós temos a ideia de, claro, fazer uma espécie de catálogo. Algo que faça sentido. Um universo composto apenas por músicos portugueses. Queremos que seja algo para projectar e fortalecer a música portuguesa. É uma editora que não funciona com contratos, com exclusividades… Não há nada disso. Se o músico quer e nós estamos interessados, vamos ajudá-lo com o processo todo da mistura, masterização, registo, distribuição… Nós não queremos direitos sobre coisa nenhuma. É mesmo só a questão de criar um colectivo de artistas e promover a arte portuguesa. Projectá-los com as coisas que nós fomos aprendendo até agora, mais do lado burocrático, que são as coisas mais chatas. O objectivo da Diálogo é esse. Não será uma editora convencional. Apenas uma entidade que procura promover a arte. Mais para a frente temos a ideia de criar uns vídeos, em que os músicos surgem a fazer lives e onde podem falar deles próprios, mostrar o equipamento que utilizam… Mas isso é um plano a ser equacionado lá mais para a frente.

E quanto à promoção do teu disco? Estamos aqui nesta fase complicada das nossas vidas, em que não há concertos, pelo menos no domínio do presencial. Tencionas editar o disco no formato físico? Talvez dar um concerto para a esfera digital?

Vamos ter edição física em vinil. É a única coisa que vamos fazer, para já. Eu não vou tocar em lado nenhum, não vou tocar a partir de casa ou de um outro sítio que gostasse de promover. Não tenho nada pensado nem agendado nesse sentido.

Mas deixa-me a pensar: em que formato é que tu abordarias este disco em cima de um palco? Serias só tu a tocar e montar loops? Já pensaste na ideia de ter uma banda contigo, por exemplo?

Isso é uma boa pergunta. Eu tenho uma ideia, mas nada em concreto. Eu posso fazer várias coisas ao nível da actuação, neste projecto do Marcus Amadeus. É claro que posso levar músicos, mas aí tenho de ter o trabalho de estar com eles a pensar como passar todo este material para o formato live, que ainda não aconteceu. Há uma actuação-tipo na minha cabeça, algo mais simples que eu posso até fazer sozinho e ao qual chamo de loop juggling. Isto nasceu de uma actuação que eu fiz para a First Steps. Loop juggling consiste em eu criar milhentos loops, naquela caso eram de break. Eu tenho os loops individuais em várias memórias da Loopstation e posso estar a fazer o juggling com aquilo. Podia pegar nos loops todos do álbum e fazer algo dentro desses moldes.


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