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Publicado a: 20/05/2016

O Mago edita o EP A Farsa Ocidental: “temos direito a ser o que somos”

Publicado a: 20/05/2016

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O Mago, rapper das Caldas da Rainha, acaba de lançar o seu EP de estreia A Farsa Ocidental, trabalho que inclui sete faixas e que é apresentado juntamente com o vídeoclip para o tema-título.

Ainda que tenha começado a verbalizar as primeiras rimas em 2004, só dez anos depois é que Elton Malta, nome que consta no cartão de cidadão do rapper, decidiu criar este conceito d’O Mago, conforme explicou detalhadamente aqui ao Rimas e Batidas aquando o lançamento do primeiro vídeo. Dois anos depois da primeira ideia, surge A Farsa Ocidental, um EP com uma mensagem bastante clara e precisa em tom de critica àquilo que são os standards da nossa civilização actual. Ao Rimas e Batidas, Elton tece uma curta introdução a este seu projecto de estreia: “A Farsa Ocidental é um disco que tem como linha condutora as temáticas abordadas. O ponto central é a confrontação destas duas perspetivas: ser e fazer vs. parecer e ter. Em síntese trata-se duma leitura do estilo de vida ocidental duma perspetiva mais introspetiva, mais interna do que materialista… Quanto à escrita, além de um cuidado especial com a coerência e clareza da mensagem, há ainda espaço para um brio com a métrica e liricismo. O Mago apresenta-se com um estilo bastante lírico, criando imagens de contextos para mais facilmente retratar o estilo de vida que observa. A seleção de instrumentais foi feita de forma a ir de encontro às letras.”

O segundo single escolhido, além de ser o tema que dá título ao EP, é provavelmente o ponto alto desta sátira protagonizada por O Mago. Que ganha uma ainda maior dimensão com os cenários escolhidos para ilustrar toda esta grande farsa. Elton Malta explica: “o single faz uma abordagem mais abrangente e superficial à farsa em que somos convidados a viver, ensinados pela educação estandardizada a ostentar pontos favoráveis e a reprimir fraquezas. É a feira das vaidades, seduzidos e iludidos por titereiros que nos manuseiam. Os fios? São invisíveis… é a opinião alheia. São as modas e tendências que nos conduzem. O consumismo como exercício de poder. Correr atrás de sonhos emprestados. Atenções. Likes. A selfie. O egocentrismo levado ao extremo. Um ponto de desenvolvimento social em que tacitamente se ensina que é mais importante pensarem que estamos bem do que estarmos bem realmente. Mas a nossa paz vale mais do que a imagem que nos ensinam a defender. E como temos direito a ser o que somos… É la farsa!”

 


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