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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 25/06/2020

O produtor da Margem Sul avançou ao ReB que a dupla vai agora focar-se num EP.

Madkutz sobre a colaboração com Nicco Feem: “Estamos a desenhar um EP juntos”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 25/06/2020

A Internet tem destas coisas. Madkutz e Nicco Feem chegaram ao contacto através do Instagram e o português brindou o norte-americano com uma pasta repleta de beats. O primeiro resultado já se pode escutar na 18ª entrada da série Let’s Just Be Honest, intitulada “Black Lives Don’t Matter”.

O produtor da Margem Sul avança agora para um projecto internacional, depois de ter cravado o seu nome na história do hip hop em Portugal através das míticas colaborações com NGA, das dezenas de beat tapes editadas independentemente e do trabalho que desenvolveu ao lado de gente como Estraca, Mundo Segundo, Valete, Royalistick, Zudizilla ou Phedilson. Em 5 Dias é o seu mais recente álbum e foi criado em conjunto com Karlon.

De Waldorf, Maryland, Nicco Feem desde cedo que manteve o sonho de ser MC de lado para se focar nos estudos, confessando na sua biografia que “deixou o mundo decidir quem ele era ao invés de escutar o seu coração,” ao ponto de não se sentir realizado e acabar desempregado, deprimido e enraivecido com a situação. Regressou para casa da mãe para se focar na carreira de rapper e os últimos dois anos têm sido produtivos: lançou o LP de estreia Tragic Hero em 2019 e a sua série de singles Let’s Just Be Honest já está prestes a contabilizar 20 capítulos.

Numa breve sessão de Q&As, a dupla falou sobre como a parceria se deu e deixou no ar a ideia de estar a trabalhar num EP.



Como surgiu esta colaboração?

[Madkutz] Estava a passar as stories do Instagram e apareceu-me um tema do Nicco Feem. Fiquei logo agarrado à vibe dele. Contactei-o dizendo que faço beats mas devo admitir que com zero esperança de resposta da parte dele. Mas não! Ele respondeu e foi super acessível e tranquilo. Passou-me o mail dele e enviei umas dezenas valentes de beats.

[Nicco Feem] O beat surgiu primeiro! Sabia que tinha uma pasta do Madkutz e queria ver o que é que conseguia utilizar de lá para o meu novo vídeo da série Let’s Just Be Honest. Entrei em directo no Instagram e deixei os meus fãs escolherem o beat em que queriam que eu rimasse. Acabaram por escolher este e houve um seguidor que me perguntou como é que eu me sentia acerca de toda esta situação do George Floyd. Sentei-me e escrevi o que sentia.

O que te agradou nas produções do Madkutz?

[Nicco Feem] Eu gosto do estilo purista dos beats de hip hop dele. As minhas raízes no rap vêm dos anos 90, por isso o estilo dele encaixa perfeitamente com a minha abordagem emocional de storytelling. Ele também tem carradas de beats e eu adoro poder ouvir e escolher aquilo que eu gosto.

É bom fazer colaborações internacionais?

[Madkutz] Sem dúvida. Tenho dado mais atenção à lusofonia, mas é interessante ver como os outros países trabalham. Já tive uma videochamada com o Nicco Feem em que falámos sobre de tudo um pouco. É como quando vamos de férias para fora do país e estamos a falar com o vizinho do quarto ao lado, como é que são as coisas no nosso país, etc. Ele tem outra qualidade que me fascina e já é do conhecimento de todos: é independente. Ele grava-se a ele próprio e finaliza a música como técnico. Inclusive, estamos a desenhar um EP juntos.

[Nicco Feem] Acho que é muito importante colaborar com outros artistas internacionalmente. A música é universal e eu acho que as redes sociais são óptimas ferramentas para criar com alguém de qualquer lado. O Madkutz é pesado e sem as redes sociais eu nunca o teria conhecido e criado este tema tão forte.


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