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Texto: ReB Team
Fotografia: Marta Pina
Publicado a: 15/02/2024

Um dos mais prolíficos artesãos da batida lisboeta.

“Má Rotina” antecipa novo disco de DJ Nigga Fox

Texto: ReB Team
Fotografia: Marta Pina
Publicado a: 15/02/2024

Vem aí Chá Preto, um novo trabalho de DJ Nigga Fox que terá a sua edição a acontecer no dia 15 de Março pela Príncipe Discos. “Má Rotina” é o avanço inaugural do próximo projecto do produtor luso-angolano.

Rogério Brandão foi um dos primeiros artistas a ver o seu nome exposto no cartaz da Príncipe Discos. Em 2013 editou O Meu Estilo EP e deu automaticamente entrada na restrita lista de pioneiros a abraçar o som de uma nova batida que nascia então na capital portuguesa e em toda a sua periferia. Noite E Dia, Cartas Na Manga e M​ú​sica da Terra foram mais alguns dos projectos que lançou pelo selo lisboeta, sendo este último o seu disco mais recente, apenas sucedido pelo duplo single G​á​s Natural 2 (Dedica​ç​ã​o ao Nagrelha). A propósito das suas aventuras pela M​ú​sica da Terra, o produtor sentou-se à conversa com Gonçalo Oliveira para uma entrevista que publicámos por cá em 2022.

Desta vez, o formato será ligeiramente mais extenso e a sua sonoridade desvia-se daquela que poderá ser tida como “imagem de marca” de DJ Nigga Fox. Chá Preto vai contemplar 6 faixas de cariz mais aventureiro e será servido com uma capa do designer in-house da Príncipe, Márcio Matos, sendo que a masterização ficou ao cargo de Tó Pinheiro da Silva. Sobre o álbum que se avizinha, as notas que acompanham a edição no Bandcamp ajudam-nos a situar melhor esta nova investida musical de Nigga Fox no amplo espectro daquilo que é tido como música de dança:

“É como se estivéssemos a sair do universo conhecido de Nigga Fox, mas ao mesmo tempo a sermos convidados a entrar. Não se trata de ser hermético, de afastar os seguidores das suas batidas de dança de marca registada ou de fazer uma declaração experimental em si. Toda esta música surge sem esforço durante sessões como qualquer outra, por isso não se perde tempo precioso à procura de um conceito.

Chá Preto soa a revolucionário, mas não tanto na sua discografia, habituados como estamos a soluções composicionais que desafiam as leis no continuum afro-musical, mas — nunca esquecer — também na música de dança enquanto género abrangente. Mas será que é música de dança? É certo que o sofrimento e a introspeção são evidentes ao longo do álbum, nomeadamente na sequência composta por ‘Má Rotina’ e ‘Mutadoree”. ‘Mutadoree’ é uma grafia livre e alternativa de ‘muita dor’ e cada ouvinte pode processar a informação como quiser. A música é também de uma beleza impressionante, por isso não há uma palavra final sobre isto.”


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