No próximo Dia da Liberdade, pelas 21h30, o palco da Sala Grande da OMT – Oficina Municipal do Teatro, em Coimbra, será ocupado pela revolução sonora de Amor Dimensional, o disco de estreia dos Ligados às Máquinas. Os bilhetes para assistir ao espectáculo custam 15€.
Nascidos há mais de uma década no seio da APCC – Associação de Paralisia Cerebral de Coimbra, os Ligados às Máquinas são, muito provavelmente, a primeira orquestra de samples do mundo composta exclusivamente por músicos em cadeiras de rodas. Sob a batuta de Paulo Jacob, têm vindo a desconstruir e reconstruir a própria noção de música: recortam pedaços sonoros improváveis, colam o inesperado ao emotivo, conciliam diferentes linguagens — do hip hop ao fado, do techno ao rock — e oferecem ao público um universo musical novo, radicalmente sensível e livre.
Lançado no final de 2024 com selo da Omnichord, Amor Dimensional é composto por nove temas originais que desenham um dia na pele destes músicos: começa-se no silêncio da manhã e passa-se por todas as tensões e ternuras do existir até à hora de ir dormir. O álbum foi criado com a ajuda de muitos artistas convidados, como Bruno Pernadas, Salvador Sobral, Carincur, Selma Uamusse, Surma, Dada Garbeck, Moullinex ou Ricardo Martins. Cabrita, Joana Gama, Joana Guerra, João Doce e Lavoisier, cujos nomes também surgem na ficha técnica do LP, lançaram algumas perguntas aos Ligados às Máquinas para dar forma a uma dinâmica entrevista que foi publicada por cá no início deste ano.