[ENTREVISTA] Alexandra Oliveira Matos [VÍDEO] Luis Almeida [FOTO] Direitos Reservados
Não sabemos qual é o segredo para carreiras longas, sabemos, no entanto, que Lee Fields canta há quase 50 anos — “Tell Her I Love Her” e “Bewildered” saíram em 1969 — e está constantemente a reinventar-se. A soul está sempre na alma das suas canções, mas o próprio confessou, na curta entrevista que lhe fizemos, que aceita os desafios dos produtores e “tenta ser o que eles querem que seja”. Ainda assim há algo a reter: “Eu canto para tocar o espírito das pessoas”.
O hip hop, claro, esteve no centro da nossa entrevista. E se quem estava no mosh do concerto de Travis Scott não reparou, “Antidote” traz os primeiros segundos de “All I Need” do álbum de 2014 de Fields, Emma Jean. Em relação a este tópico o músico da Carolina do Norte diz que “o hip hop é dinheiro extra” que ganha através dos direitos da música que assina, mas não só. É também um género musical de que gosta e acredita que um dos propósitos das suas canções é influenciar as gerações mais novas. “Sinto-me lisonjeado e agradecido quando eles samplam a minha música porque assim podemos chegar a um maior número de pessoas”, afirma.
Também lhe perguntámos se queria deixar em vídeo uma mensagem a Sharon Jones. A artista também faz parte da história deste festival tendo actuado na edição de 2010 do Super Bock Super Rock. Lee contou-nos que não só dedicaria a música “Wish You Were Here” a Sharon, mas também a Charles Bradley — dois amigos que desapareceram recentemente. Sem dúvida, um momento bonito que fica na história deste concerto.