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Publicado a: 28/08/2018

Lauryn Hill responde às acusações de Robert Glasper num novo ensaio

Publicado a: 28/08/2018

[FOTO] Direitos Reservados

Lauryn Hill recorreu à plataforma Medium para publicar um ensaio que serve de resposta às declarações proferidas pelo músico Robert Glasper na sua polémica entrevista para o The Madd Hatta Morning Show.

Há duas semanas, o pianista de jazz abriu o coração para falar de algumas injustiças que ele e os “seus” sofreram nas mãos de Lauryn Hill. Glasper relembrou um episódio de 2008: foi convidado a fazer parte da banda que acompanhou Ms. Hill em palco, período durante o qual se sentiu maltratado pela artista e pelo seu manager. Depois de expor a ferida, Glasper revelou ainda a forma pouco digna como Lauryn lidou com os músicos na altura em que criou The Miseducation of Lauryn Hill: “Ela ficou com os créditos por ter criado o disco. Os temas foram escritos por outras pessoas que não foram creditadas. Ela roubou a música.”

Num longo (e raro) desabafo, a cantora tocou em vários pontos para se defender das acusações feitas pelo autor de Black Radio. O Rimas e Batidas destaca alguns dos excertos mais relevantes no texto que chegou hoje à Internet, poucos dias depois da celebração dos 20 anos do primeiro e único álbum na carreira de Lauryn Hill, o clássico The Miseducation of Lauryn Hill.

 



“Estas são as minhas canções. Os músicos são convidados pela mestria com que tocam os seus instrumentos. Eu estou mesmo à procura de algo específico num músico e eu contrato os melhores que encontro. Nem todas as bandas tinham esse ‘algo’ que eu procuro. Isso não faz deles maus músicos, apenas diferentes daquilo que eu precisava naquele momento.”

“O The Miseducation marcou a primeira vez em que eu trabalhei com músicos fora dos Fugees e a relação laboral era clara. Num esforço para criar o mesmo nível de conforto, posso não ter estabelecido os limites necessários e posso ter sido mais acolhedora do que devia. Olhando para trás, teria agido de forma diferente para evitar qualquer confusão.”

“Faz-me confusão como é que um músico com princípios, que julga que eu ‘roubei’ músicas aos seus amigos, aceitou trabalhar comigo na mesma.”

“Quanto tu és um artista conhecido ou uma figura pública, as pessoas podem esquecer-se que tu estás a contratá-las para te prestarem um serviço, e não és tu quem tem de as entreter. Eu não berrei ou gritei. Talvez eu não tenha providenciado a experiência que um músico quisesse ou estaria à espera naquela altura, mas fui sempre directa.”

“O álbum inspirou tanta gente, independentemente do seu estatuto social, por causa da sua radical (e intensa) vontade de viver e de expressar Amor. Eu agradeço a todos aqueles que fizeram parte disso. Não teria existido da maneira que existiu sem o envolvimento, a técnica, o trabalho árduo e os talentos de artistas/músicas e técnicos que fizeram parte, mas, ainda assim, foi preciso a minha visão, a minha paixão, a minha fé, a minha vontade, a minha alma, o meu coração e a minha história.”

 


The Miseducation of Lauryn Hill: uma urgente declaração de independência, 20 anos depois

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