pub
Saiu esta quarta-feira, dia 16 de Fevereiro, o primeiro episódio da segunda temporada do programa The Big Hit Show. Nesse e nos próximos, o jornalista Alex Pappademas mergulhará no universo de To Pimp a Butterfly e conversará com alguns dos nomes que ajudaram na sua concepção.
No trailer partilhado há um par de dias, Kendrick Lamar abria o jogo relativamente àquilo que o moveu a criar um álbum com tais traços, já após ter deixado o seu nome cravado na história da nova música urbana com um moderno e bem recebido good kid, m.A.A.d city: “Era eu a explicar as minhas experiências e as emoções que advêm dessas experiências e a explicar-vos que é maior do que Compton, que é de onde eu venho.”
Em To Pimp a Butterfly, as mensagens de orgulho racial, reivindicação e resiliência chegam-nos à boleia de um hip hop altamente embebido em jazz, soul, r&b, blues e funk, tudo géneros edificados por comunidades negras nos Estados Unidos da América e que outrora serviram como repostas na mesma batalha que Kendrick, uns valentes anos depois, se vê obrigado a dar seguimento. Musicalmente, o disco é também marco de uma nova revolução sónica que se estava a espalhar pela costa oeste norte-americana e trazia os instrumentistas de volta à ribalta, agora em ambiente de música electrónica. Aos músicos e compositores Kamasi Washington, Thundercat, Terrace Martin e Robert Glasper juntam-se os produtores Flying Lotus, Pharrell Williams, Knxwledge, Dr. Dre ou Boi-1da naquele que é um dos trabalhos musicais mais impactantes das últimas décadas e que voltou a sintonizar algumas sonoridades já marginalizadas com a atenção das grandes massas.
No passado domingo, K.Dot esteve ao lado de Dr. Dre, Snoop Dogg, Mary J. Blige, Eminem e 50 Cent numa actuação especial encomendada para o emblemático intervalo do último Pepsi Super Bowl, que valeu uma reportagem de Manuel Rodrigues para o Rimas e Batidas.
pub