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Mr. Morale & The Big Steppers, o mais recente álbum de Kendrick Lamar, saiu na primeira metade de Março passado, mas só este mês começou a ganhar real tracção fora da Internet, num processo em diferentes etapas que teve ponto alto este fim-de-semana com uma actuação enquanto cabeça de cartaz de Glastonbury.
No festival britânico, o rapper de Compton apresentou-se ao nível que nos habituou — lendo alguns dos relatos, como este do The Guardian, é isso que depreendemos — e, claro, incluiu algumas das faixas do sucessor de DAMN. (2017). A apresentação de “Saviour”, aquela que é a sua música favorita do disco, tal como aproveitou para confessar em cima do palco, tem sido o momento mais falado do concerto, não só pela utilização da coroa de espinhos (a mesma do artwork de MM&TBS) mas também pela alusão ao retrocesso na questão do aborto nos Estados Unidos da América, repetindo “they judge you, they judge Christ, godspeed for women’s rights!” no intenso final do tema.
Uns dias antes, e com a maior das descontrações, o artista americano interpretava essa mesma música, “Rich Spirit”, “Count Me Out” e “N95” a partir da plateia sentada para assistir à mostra da nova colecção de Primavera/Verão 2023 para homem da Louis Vuitton, que aconteceu na sempre concorrida Semana de Moda de Paris. E a coroa lá estava, mais uma vez, aproveitando ainda o seu tempo de antena para homenagear Virgil Abloh.
No dia do seu 35º aniversário, o Spotify publicou no YouTube o já antecipado vídeo da ida de K-Dot a Accra, capital do Gana, gravado aquando do lançamento do seu quinto longa-duração, onde também fala sobre o visionário designer de moda que nos deixou em Novembro de 2021 ou desvenda que uma das suas linhas preferidas do álbum se encontra em “Father Time“. Passos relevantes e certamente diferentes num percurso absolutamente singular que Kendrick tem trilhado em 2022.
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