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Dias 9 e 10 de Outubro, Kamasi Washington apresenta-se ao vivo no Coliseu dos Recreios (Lisboa) e no Hard Club (Porto), respectivamente. Os bilhetes são colocados à venda esta sexta-feira, 19 de Abril, com preços que variam entre os 35 e os 40 euros.
É um dos principais responsáveis pelo novo pulmão que o jazz ganhou à escala global, levando o centenário género musical até a um dos maiores clássicos do hip hop moderno — To Pimp A Butterfly (2015), de Kendrick Lamar — e a uma das editoras de referência da música electrónica — a Brainfeeder, de Flying Lotus, editou o seu The Epic também em 2015. Nos anos seguintes, Kamasi Washington mudou-se para a Young — anteriormente conhecida como Young Turks, uma subsidiária da histórica XL Recordings — e lançou Heaven and Earth, tendo também formado o supergrupo Dinner Party com Robert Glasper, Terrace Martin e 9th Wonder, ou servido artistas como Carlos Niño, Miguel Atwood-Ferguson, Thundercat e Dwight Trible nos seus respectivos projectos.
O regresso do saxofonista e compositor de Los Angeles ao nosso país é, por isso, motivo para grande celebração, ainda para mais quando tem já um novo disco na calha para editar. Novamente pela Young, Washington vai lançar Fearless Movement no dia 3 de Maio, um álbum que celebra o jazz de fusão com outras cadências, da música clássica à soul. “Prologue”, “The Garden Path” e “Dream State” são os três avanços já disponibilizados do LP que vai conter contribuições de gente como George Clinton, André 3000, BJ the Chicago Kid, Thundercat ou D-Smoke.
Nomeado para dois Grammys e vencedor de vários Libera Awards, o talento do músico de 43 anos passou por palcos nacionais pela última vez em 2019, à data também com um par de concertos em Lisboa e Porto. Num trabalho a quatro mãos levado a cabo por Alexandre Ribeiro e Vasco Completo, o Rimas e Batidas publicou a reportagem ao espectáculo que teve lugar na capital portuguesa, onde se dava nota da mestria não apenas de Kamasi Washington, mas também do conjunto de instrumentistas convocados para acompanhar o saxofonista tenor em palco:
“Com tanto talento por metro quadrado, a invejável banda nunca se sentou à sombra do seu mestre, utilizado a improvisação como mote para a exaltação das suas qualidades, mas principalmente para exibir uma leveza e despreocupação na instrumentação. No entanto, a soberba execução do saxofonista impõe-se: mesmo em momentos de pergunta-resposta, Washington fez questão de demonstrar o porquê de todo o falatório à sua volta.”
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