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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/01/2023

A arte de honrar os contemporâneos.

José James presta homenagem a Erykah Badu em On & On

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 24/01/2023

Na passada sexta-feira, José James inscreveu o seu nome em On & On, um disco em jeito de tributo a Erykah Badu que conta com edição da sua Rainbow Blonde.

A destacar-se de forma proeminente desde a sua estreia com The Dreamer, em 2008, há muito que José James abraçou o jazz e a soul, explorando os seus mais distantes confins e viajando pelas oníricas melodias, enquanto desdobra o seu conhecimento e experiências ao longo de diversos projetos. E basta uma pequena pesquisa para comprovar que já não é a primeira vez que o artista presta homenagem a outros gigantes do jazz e da soul, de Bill Withers a Bllie Hollyday, como são prova os álbuns Lean On Me (2018) e Yesterday I Had The Blues: The Music of Billie Holiday (2015). Agora, como se de um grito de imposição se tratasse, James vem cimentar o seu título de “cantor de jazz para a geração do hip hop”, fazendo uma homenagem a uma das suas maiores contemporâneas: Erykah Badu. 

Depois de despertar a curiosidade dos mais entendidos com os singles “Bag Lady,” “The Healer” e “Gone Baby, Don’t Be Long”, antecedentes de um concerto de estreia, o artista lança On & On, um álbum produzido pelo próprio, com contribuições de nomes de peso como Big Yuki (colaborador de A Tribe Called Quest), Ben Williams (da banda de Kamasi Washington) e Jharis Yokley (dos My Brightest Diamond), em que assume como sua missão percorrer todo o inventário de músicas de Badu, desde o álbum de estreia Baduizm às suas icónicas obras contemporâneas New Amerykah Pt. 1 & 2. Num comunicado presente no Bandcamp do artista, este fala sobre esta escolha, que lhe surge como óbvia:

“É simples. Cantar jazz sempre foi sobre interpretar os padrões ao mais alto nível dos nossos tempos. E para a minha geração, Erykah Badu tem sido uma das compositoras mais inovadoras e incisivas. O seu trabalho provou ser inovador num sentido social, musical e artístico.”

O autor, que esteve presente em Viseu, na 10ª edição do Festival Que Jazz É Este?, volta assim a surpreender, com este que é um álbum de jazz feito sobre a inspiração da ilustre obra de Herbie Hancock, River: The Joni Letters, e “baseia-se artisticamente nas suas experiências com os mestres modernos McCoy Tyner, Robert Glasper e Flying Lotus, para criar uma nova paisagem sónica através de uma lente improvisada.”

Este projeto conta ainda com Ebban Dorsey (saxofone alto) e Diana Dzhabbar (flauta e saxofone alto), honrando assim um dos principais objetivos comuns à própria Erykah Badu: criar oportunidades para novos artistas, dentro e fora do palco. Perfeito para um jantar à luz das velas ou para um cenário de hang out mais tranquilo possível, o álbum já se encontra disponível em todas as plataformas e conta também com edições físicas em vinil e CD.


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