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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/09/2022

De corpo e alma.

Johnny Virtus: 10 anos de UniVersos com concertos no Porto e em Lisboa

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 27/09/2022

Em 2012, Johnny Virtus lançava o seu álbum de estreia, UniVersos. 10 anos depois, em 2022, o rapper e produtor vai celebrar a edição desse projecto com dois espectáculos ao vivo: o primeiro a 21 de Outubro no Pérola Negra, no Porto, e o segundo a 5 de Novembro no Titanic Sur Mer, em Lisboa.

“Este ano faz uma década de uma das coisas mais importantes que eu criei sozinho no meu quarto”, começa por escrever nas suas redes sociais. “Tou prestes a iniciar a minha nova rota, o que sou na íntegra neste momento. Não poderia deixar para trás a celebração de tantas músicas que me deram a conhecer. Quase tudo o que lancei desde 2012 até hoje será recordado de forma inédita, alguns temas pela primeira vez e outros que não voltarei a tocar tão cedo. Gostava muito que todos os que se identificam e os que nunca tiveram oportunidade de me escutar ao vivo, estivessem presentes no encerramento dum ciclo extremamente simbólico. Eu lá estarei – como em todos os que vivi – de corpo e alma.”

Em 2016, aquando de um concerto em que pretendia fechar o ciclo deste mesmo disco, o músico do Porto fazia um balanço desse trabalho com o Rimas e Batidas:

“Eu sinto-me bastante concretizado com o UniVersos. Acho que sofreu um feedback tardio, mas durmo bem com isso. Havia muito pessoal que não estava habituado a um registo como o meu, principalmente no Porto. Eu já estava mentalizado. No decorrer dos anos recebi props de norte a sul do país e de artistas que admiro bastante. Por muito que me digam que este álbum merece mais reconhecimento, eu confio seriamente que as pessoas que o sentem, defendem a intemporalidade que ele representa para mim. Se eu pedisse à malta para o perceber como um merceeiro que oferece fruta ao cliente para provar, não teria tanta piada. Pelo menos neste disco. Não bati às portas e posso ter perdido com isso, mas também não fomento a frustração dum gajo que culpa os outros pelo que fez. Eu fiz o melhor que pude na altura. Hoje faria muitas coisas de maneira diferente. Este CD está nisso tudo, nessa impotência de chegar a todo o lado, numa certa desorganização. E passados os quatro anos e tal, posso afirmar que, apesar de ainda não ter chegado a toda a gente, foi finalmente compreendido por grande parte dos ouvintes (mais assíduos).”

Nesse mesmo ano, e a propósito dessa data, o ReB republicava uma crítica assinada por Francisco Noronha em que, entre outras coisas, se escrevia:

“A erudição, os jogos de palavras e a perícia no manusear de um vasto arsenal de recursos estilísticos (metáforas, imagens, hipálages, aliterações, diáforas) têm correspondência na composição musical, o que faz de UniVersos um dos mais requintados álbuns que o hip-hop português já conheceu. Não se limitando aos samples, ora mais vigorosos (numa sonoridade que nos habituamos associar ao hip hop da velha escola portuense – Mind da Gap, Dealema, etc.), ora mais jazzísticos (‘Afinal’, ‘Outros Modos’), Virtus reúne momentos ao piano, linhas de guitarra, baixos ou sopros (atmosfera orgânica que lhe advém, ao que sabemos, da sua formação musical).”

Já se pode fazer a pré-reserva dos bilhetes — basta clicarem aqui.


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