Os Irreversible Entanglements estão a preparar uma mini-digressão por Portugal. O grupo tem apresentações marcadas para os dias 4, 5 e 6, no Salão Brazil (Coimbra), Galeria Zé Dos Bois (Lisboa) e gnration (Braga), respectivamente.
O quinteto norte-americano era inicialmente composto por Camae Ayewa, Keir Neuringer e Luke Stewart — juntaram-se pela primeira vez no Musicians Against Police Brutality, em 2015. Aquiles Navarro e Tcheser Holmes, que também actuaram nessa mesma manifestação enquanto dupla, ingressaram mais tarde nos Irreversible Entanglements para iniciar as gravações do disco homónimo de estreia, lançado em 2017 pela International Anthem. A música do colectivo assenta no free jazz inspirado pelo activismo Black Power, mais em voga nas décadas de 60 e 70.
Para Camae Ayewa, vocalista dos Irreversible Entanglements, esta não será a estreia em solo nacional. A poeta de Filadélfia, mais conhecida por Moor Mother, já se apresentou por duas vezes na ZDB — a primeira, em 2017, em nome próprio, e a segunda, em 2018, ao lado de DJ Haram nas 700 Bliss — e fez parte do cartaz do Milhões de Festa’17. A aventura a solo arrancou em 2015 com a cassete Moor Mother Goddess e desde então é frequente ouvi-la a disparar rimas sobre camas de noise e glitch carregadas de frequências graves: Crime Waves e Fetish Bones saíram pela Don Giovanni Records; The Motionless Present, o trabalho mais recente, marcou a estreia pela The Vinyl Factory.