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Na passada terça-feira, 20 de Junho, a International Anthem apresentou “take over the world” como sendo o primeiro avanço de Fly or Die Fly or Die Fly or Die ((world war)), um trabalho póstumo assinado por jaimie branch.
Tinha 39 anos quando, a 22 de Agosto de 2022, partiu para outro plano de existência. jaimie branch era um dos nomes a militar na irreverente editora de Chicago que a nossa publicação acompanhava de perto e, pouco depois de termos recebido a fatídica notícia do seu desaparecimento, André Forte assinou-lhe uma peça de despedida, cujo título é inspirado em Fly or Die, o seu aclamado disco de estreia enquanto bandleader que a colocou nas principais rotas do jazz.
Desde esse primeiro LP em nome próprio de 2017, a trompetista e compositora norte-americana estava numa espécie de estado de graça, com grande parte da crítica especializada rendida à sua música, tão livre quanto protestante, capaz de nos levar às nuvens ou de nos colocar em lugares de extremo desconforto. O seu estilo inconfundível ficou registado em várias obras que se seguiram após esse momento: Fly or Die II: Bird Dogs Of Paradise, Fly or Die Live ou os trabalhos que editou enquanto Anteloper (projecto que dividiu com Jason Nazary) são paragens obrigatórias para quem pretende dissecar o que de mais impactante se tem criado nos meandros do jazz de vanguarda.
Tão punk quanto psicadélico, “take over the world” sintetiza bem a imagem de marca de jaimie branch e dá o tom para as restantes oito faixas que vamos poder encontrar em Fly or Die Fly or Die Fly or Die ((world war)), o terceiro capítulo de uma memorável série, que vê a luz do dia a 25 de Agosto nos formatos de LP, CD e digital. Numa série de notas enviadas pela International Anthem às redacções, é-nos explicado que o álbum estava praticamente concluído — “faltavam-lhe apenas ajustes na mistura, os títulos finais e a componente gráfica.” Para chegar o mais próximo possível das decisões que a própria autora teria tomado em vida, a label juntou a família de branch com alguns dos seus colegas músicos e demais colaboradores para os ajudarem a decidir o que estava ainda em falta, recorrendo a memórias, textos, e-mails, fotografias e peças visuais que pertenciam à artista.
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