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É verdade que a venda de CDs já não é o que era mas esta nova era do streaming está a gerar números cada vez mais impressionantes, chegando ao ponto de já se tornar difícil de estabelecer uma parada de plays para considerar um tema como um hit. Quem o diz é Mr. Berman da Interscope, que se mostra impressionado com a quantidade de streams que são ouvidos diariamente.
A notícia torna-se melhor ainda para o mercado do hip hop e do R&B: segundo dados do Spotify, o número de artistas de hip hop que militam no top 500 cresceu 16% em comparação com o ano passado e 24% se compararmos aos resultados de 2012. No corrente ano, só o mercado do hip hop e do R&B representa 26% de todos os streams efectuados, sendo mais de metade das reproduções pertencentes a trabalhos editados no espaço de ano e meio, o que mostra que o público não esquece alguns dos projectos com mais de um ano de existência e que ainda se faz música com alguma durabilidade. Com estas estatísticas, o streaming dá um empurrão para que o hip hop permaneça o género mais ouvido do mundo, como foi reportado em Julho.
Este é sem dúvida um dos assuntos mais estudados pelos analistas do marcado musical e a aposta neste tipo de conteúdos está a gerar cada vez mais plataformas credíveis e sustentáveis tanto para as marcas como para os artistas. A Apple Music é a next big thing e conseguiu prová-lo com o recente lançamento da mixtape de Drake e Future – WATTBA – que só nesta primeira semana de vida alcançou uns respeitáveis quarenta milhões de plays. Note-se que o álbum de maior impacto no rock alcançou quinze milhões de reproduções também numa semana. Uma diferença bastante significativa e que só vem afirmar o quanto pesa a importância dos elementos do hip hop e do R&B na música que ouvimos nos dias de hoje, com constantes assaltos aos territórios do mainstream.
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