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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 05/09/2023

Querido diário electrónico.

Galeria Zé dos Bois recebe Claire Rousay em Outubro

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 05/09/2023

Claire Rousay passa por Lisboa no próximo mês de Outubro. Dia 10, sobe ao palco da Galeria Zé dos Bois, num evento que também conta com a presença do percussionista Haydn Douet Lukies no cartaz. Os bilhetes custam 10 euros.

Sediada em San Antonio, no Texas, Claire Rousay é capaz de criar música através da exploração dos sons do quotidiano, dobrando com especial destreza os limites do que se consegue escutar em objectos, na natureza ou nas interacções humanas, aliando audição apurada para field recording a técnicas avançadas de sound design. Em pouco tempo, o seu nome tornou-se num dos mais mediáticos da cena ambient, com incursões várias pelas margens do noise, punk, emo e até do free-jazz.

Em 2022, a artesã sonora norte-americana foi um dos destaques na programação escolhida para a edição desse ano do OUT.FEST, tendo o Rimas e Batidas, através de Nuno Afonso, aproveitado a oportunidade para a entrevistar. Ao longo dessa conversa, Rousay explicou como a pandemia catalisou a sua carreira a solo ou, entre outros assuntos, da atitude confrontativa e simultaneamente frágil que adopta em cima do palco perante o seu público:

“Gosto bastante dessa posição. Existe igualmente um certo poder, o que particularmente não gosto. Ou seja, a pessoa que está a actuar pode fazer realmente o que quiser, mesmo que seja algo mais nocivo ou confrontacional, há sempre aquele contexto, de “ah, é uma performance” e que de certa forma se respeita. É como uma zona segura. Mas, sim, gosto imenso de actuar e desse lado de confronto, e de estar perante um público. Por isso busco essa interação com as pessoas. Por exemplo, tenho estado a fazer esta dinâmica de entrevistar a audiência enquanto toco através do meu telefone e depois passar via AirDrop para o computador e assim processar o som. Em suma, envolver as pessoas, tomá-las como participantes ao invés de estarem meramente sentadas a assistir. Não me parece muito justo depositar uma série de emoções sobre elas e não as deixar interagir com isso. Julgo que essa ética punk encontra-se presente, sim… de agarrar e nivelar esse poder.”

Desde a sua passagem pelo festival do Barreiro, a produtora rubricou vários lançamentos em diferentes formatos: remisturou temas para Circuit des Yeux, submeteu-se a uma “Distance Therapy” ao lado de E Fishpool, colaborou com Helena Deland em “Deceiver” e “Sigh In My Ear” e teve a sua assinatura num par de EPs colaborativos, a very busy social life (com Anne-F Jacques) e anything you can do… (com Jacob Wick).


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