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Texto: ReB Team
Fotografia: Chikolaev
Publicado a: 15/09/2022

Mais confiante.

[Estreia] AMAURA sobre “Chakra Sacro”: “Quis um auto-tune com subtileza para transparecer o cariz electrónico do tema”

Texto: ReB Team
Fotografia: Chikolaev
Publicado a: 15/09/2022

“Chakra Sacro” é o mais recente single de AMAURA e o primeiro avanço daquele que será o seu novo álbum, Sub-Espécie. O tema é produzido por Iuri Rio Branco (Marina Sena, Jean Tassy, Flora Matos), com contribuição de Tayob J., e o videoclipe é assinado por Chikolaev.

O produtor brasileiro (que já tinha feito o cruzamento com Portugal em colaborações com Fábia Maia) leva a cantora da Mano A Mano para novos terrenos no sucessor de EmContraste, o trabalho de estreia que a confirmou, em 2019, como um dos nomes a ter em atenção.

A propósito do lançamento da sua primeira faixa de 2022 em nome próprio (participou em “O Primeiro Dia” e “Last Dance“), Maura Magarinho falou com o ReB sobre esta ponte entre Portugal e Brasil, o próximo longa-duração e aquilo que a estrada com outros lhe trouxe (e como impactará a sua actuação no Lux Frágil a 22 de Setembro).



Para começar, vamos ao produtor: como é que acabas a trabalhar com o Iuri Rio Branco e como foi todo o processo para se chegar à versão final de “Chakra Sacro”?

Conheci o Iuri Rio Branco através do trabalho do Jean Tassy. Fiz uma busca sobre e fui ouvindo mais coisas dele e apaixonei-me pela a sonoridade que ele confere às coisas. Por essa mesma altura, já estávamos a alinhar ideias (eu e o TNT) sobre o que eu gostaria de fazer sonicamente neste novo trabalho e ja tínhamos falado que ele seria uma belíssima hipótese. Mas tinha ficado só a ideia. Seguiu-se a ajuda vital da Aline Venturi (que trabalha com a minha imagem e produção em geral) que entendeu a minha vontade e apresento- lhe o meu trabalho com uns pózinhos mágicos no mail que lhe mandou…e ele respondeu.

Aí começámos a desenvolver a linguagem musical de cada um e que no nosso caso resultou nas partes mais afrogroove e tropicália que o álbum tem. Este tema em específico foi pensado num universo mais afro e contemporâneo com nuances marcadas e electrónicas. Gosto muito dessas oscilações…

Do Brasil para Portugal e de Portugal para o Brasil foi-se criando em conjunto o “Chakra Sacro” que contou também com inputs de produção de TNT e Tayob na finalização do mesmo. É um dos diferentes embrulhos do álbum e sinto que o ganho esta aí. Só me faz sentido assim! Misturar o que será sempre meu com coisas novas. 

Podes falar um pouco mais sobre o título do single e da opção estética de usar mais processamento na voz? (Do que nos recordamos, esta deve ser a vez que o fazes de forma tão declarada). 

A escolha de processamento neste tema foi tomada a partir da já falada necessidade de experimentar e de estar mais confiante em mim enquanto artista. Queria um auto-tune com subtileza para transparecer o tal cariz electrónico do tema. Fez-me absoluto sentido.

“Chakra Sacro” faz parte de Sub-Espécie, que podemos considerar o teu álbum de estreia, certo? Que mais podes contar sobre o disco?

Não considero este o meu primeiro álbum porque o EmContraste acabou por assumir esse papel.
Mas entendo que no fundo “o seja”. O Sub-Espécie será uma fusão das minhas sonoridades de raiz com outras estéticas… no fundo, todas serão sub-espécies de mim. Tem sido um trabalho longo e muito difícil a nível pessoal, mas sinto que evoluí em muitos campos e sinto-me grata por isso e por poder partilhar-me com todos sempre com a minha verdade teimosa.

Tens andado na estrada tanto a solo como com o Sam The Kid e a orquestra ou Classe Crua. Que lições tens tirado? Isso vai-se fazer sentir de alguma forma no teu novo disco e, por exemplo, na actuação de 22 de Setembro no Lux?

A estrada com o Sam The Kid e orquestra ensinou-me vários desses mesmos campos em que sinto que evoluí… é muito talento junto. A todo o minuto há algo que me ensina ou me intriga. O Samuel é um módulo obrigatório fora de palco e esta experiência com ele fez-me entender que também o é em palco; e é fascinante ver o que ele faz assim como os Orelha, a orquestra, todos… quando assim o é, só absorvo e agradeço.

Classe crua, por sua vez, ensinou-me outras tantas coisas que também me tornaram melhor em muitos e diferentes níveis, quer seja de escrita ou de estética. Sou, em suma, muito grata a essas experiências, e no dia 22 no Lux vou pôr em prática a escola toda que têm sido estes últimos anos. Por isso apareçam! 


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