Cinco meses após o lançamento original, “PALMAS”, de Pedro Mafama, tem agora uma nova versão remisturada por nusar3000.
O DJ e produtor é um dos nomes emergentes mais entusiasmantes a surgir nas malhas da vanguarda musical espanhola nos últimos anos, não fosse ele um membro do irreverente colectivo Rusia-IDK, plataforma fundada pelo inventivo rusowsky e que alberga também artistas como Ralphie Coo, TRISTÁN! ou DRUMMIE. nusar3000 estreou-se no formato de álbum há um ano com 3000, mas o seu catálogo tem vindo a albergar também remisturas (de ROSALÍA a NATHY PELUSO) e produções (da brasileira Lua de Santana ao rapper espanhol DELLAFUENTE) para outros artistas. Versátil e ousado, tem explorado sobretudo o uso de cadências próximas do jersey club, baile funk, reggaeton e outros ritmos latinos.
Num comunicado, Pedro Mafama fala-nos sobre este seu novo lançamento e dos motivos que o levaram a recrutar nusar3000 para o remix:
“O nusar3000 é um artista com quem partilho uma visão sobre a nossa cultura ibérica e mediterrânica. O remix de “PALMAS” conta com a participação de Cheba Sabah, da Argélia, onde a música andalusí — proveniente da Península Ibérica — ainda é tocada com nostalgia e saudade por um passado que nasceu no mesmo solo de onde escrevo este texto.
Como artista ibérico, guardo e admiro esse passado como uma jóia. Por isso, na capa deste remix, decidi incluir uma pen de memória com a palavra Al-Andalus — o nome dado à região que hoje chamamos Portugal e Espanha durante os 700 anos de presença árabe. Esta pen será produzida em forma de anel, funcionando como jóia e dispositivo de armazenamento, celebrando este single como algo precioso — e passando o nosso encontro de mão em mão, tal como a herança árabe nos foi transmitida ao longo das gerações: como um segredo que poucos conhecem, mas que insiste em espalhar-se no tempo.”
Dado a conhecer a 20 de Fevereiro deste ano, “PALMAS” teve Mito Mokhtar, Pedro Gerardo, LANA GASPARØTTI e Sónia Trópicos a dividir a produção com Pedro Mafama. A canção fez parte de um duplo single, em conjunto com “milésimo de segundo”. Apesar de não apontar para nenhum disco novo, o cantor lisboeta deu a entender em Junho, através do Instagram, que esteve em residência artística, talvez já a delinear os primeiros contornos daquele que será o sucessor de Estava No Abismo Mas Dei Um Passo Em Frente (2023).