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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 29/06/2023

Um dos nomes mais impactantes da actual cena pop brasileira está a caminho de Braga.

Duda Beat antecipa concerto no Theatro Circo: “A expectativa está altíssima”

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 29/06/2023

Eduarda Bittencourt não é mais a “Rainha da Sofrência Pop” e, em entrevistas para alguns meios de comunicação do seu país, dava a entender que o lado mais dark e dramático vai ficar retido em Te Amo Lá Fora, sendo que está neste momento a preparar um terceiro disco “mais solar“, fruto de tudo aquilo que a sua carreira enquanto cantora lhe tem permitido conquistar — dos sucessos comerciais aos fãs espalhados um pouco por todo o globo, conforme reforça numa breve troca de impressões com o Rimas e Batidas.

Esse lado festivo está, de certa forma, mais patente na versão remisturada do seu último álbum, T3 4M0 L4 F0R4 RMX, já que a melancolia das letras da artista brasileira surge em contextos mais dançáveis pelas mãos de gente como VHOOR, Deekapz ou Pep Starling. E é precisamente esse projecto que a traz de volta a terras lusas, com Duda Beat a estar escalada para um concerto no Theatro Circo, em Braga, a 1 de Julho, menos de uma semana antes de riscar mais um objectivo da sua lista de desejos — estreia-se em solo norte-americano no dia 6 de Julho com um espectáculo em Miami.

Na antecâmara do seu regresso a Portugal, a cantora, que em 2021 concedeu a sua primeira entrevista à nossa publicação, tirou um tempo para nos responder a algumas questões por e-mail, nas quais fala sobre o actual momento que o seu percurso artístico atravessa e explica como chegou à concepção do seu mais recente trabalho de remixes.



Em 2023, Te Amo Lá Fora completou dois anos e Sinto Muito, cinco. Você furou a bolha do underground com um trabalho diferente do que estava em alta. Diante disso, como você avalia sua trajetória até aqui?

Avalio minha trajetória de uma forma bem bonita, de uma forma até desbravadora. Cheguei em lugares que antes ninguém havia chegado e isso, para mim, é um orgulho muito grande. Mas sei que ainda é só metade do caminho. Tenho muita coisa para trilhar, muito lugar para chegar, inclusive tocar em toda a Europa — que é um grande passo para isso acontecer. Quero estar cada vez mais conectada com o exterior e com o interior do país, que é lindo e tem montes de coisas para conhecer. Estes foram só os primeiros passos da minha trajetória, que será muito grande.

Como veio a ideia de lançar um álbum só com os remixes de Te Amo Lá Fora?

A ideia do álbum de remixes veio como uma forma de eu me despedir dessa era tão maravilhosa para mim, que foi o Te Amo Lá Fora, o meu segundo disco. O segundo disco é, por norma, um desafio para todos os cantores. Para mim foi um presente e queria-me despedir dele em grande estilo. Eu e o Tomás (meu marido e, também, meu produtor e curador deste projecto) escolhemos todas as pessoas que a gente admira e com quem queria colaborar a dedo. Fizemos esse disco lindo acontecer. Ele está aí, repercutindo bastante. Fico muito feliz que tenha dado certo e que todas as pessoas que escolhemos aceitaram. Cada um fez um trabalho lindo, assim livre e do jeitinho deles. Colocaram o tempero deles nas músicas do Te Amo Lá Fora e isso foi maravilhoso.

Quando vimos o remix de Deekapz no seu lançamento deste ano ficámos muito animados pra ouvir. Como foi a produção dos remixes e a escolha das participações?

A escolha das participações foi assim: eu e o Tomás sentados um ao lado do outro, trocando figurinhas sobre todas as pessoas que a gente admira no cenário, todos os produtores que a gente acha incrível e o que combinaria com cada um deles. No final das contas, deixámos todos eles livres para escolher a música que cada um queria. A “Mau Pisêro”, por exemplo, tem dois remixes, porque duas pessoas escolheram a mesma canção. A gente ficou: “Ok, tudo bem com isso.” E ficaram muito maravilhosos, muito lindos. A escolha foi assim, de afinidade musical, muito minha e do Tomás. São pessoas que a gente admira e com quem a gente sempre quis trabalhar. Foi feito desse jeitinho. Tenho a certeza que o resultado ficou maravilhoso. Todos os remixes ficaram incríveis e eu não me canso de ouvir esse disco.

Vimos você falando que, apesar de ter algumas faixas de sofrência no próximo álbum, você está numa fase mais divertida e animada. A que se deve isso? O que os fãs podem esperar?

Essa fase mais divertida e animada se deve à minha vivência, a tudo o que ’tou vivendo, a todos os frutos que estou colhendo desse meu trabalho. É uma coisa que me dá muito prazer e alegria, botar canções no mundo. A minha alegria vem daí. A minha música depende muito da minha história, porque a narrativa é muito auto-biográfica. Eu venho de uma fase um pouco mais iluminada e quero passar isso para o público, quero que eles vejam esse lado meu. É óbvio que ainda tem aquela Duda que sofre, que coloca o drama ali, com todos os casos mal resolvidos. Mas eu também quero mostrar uma Duda que superou, que está bem, que está feliz a fazer o que faz e que está a ser correspondida amorosamente — acho que isso também é importante.

Adorámos ver o relançamento de “Chapadinha” no MITA! Como foi seu encontro com a Lana Del Rey nos bastidores do MITA? O que ela achou da música?

O meu encontro com a Lana foi muito maravilhoso. Ela é uma fofa, uma querida. Comentei que tinha feito versão da “High By The Beach”, que é um sucesso no Brasil, e que se as pessoas começassem a gritar “chapadinha na praia” durante do show é por causa dessa versão. Ela ficou super-animada para ouvir e falou que ia ouvir. Ela foi muito maravilhosa comigo, me abraçou, foi incrível. Acho que a gente ainda tem muito para trocar, eu e ela e a gravadora dela comigo. Quero muito que essa autorização aconteça, para a gente conseguir colocar nas plataformas digitais essa versão que é um sucesso nos meus shows, dentro e fora do Brasil. Acho que vai dar certo.

Sua música é muito amada aqui, no exterior. Você já fez shows em diversos países e volta agora para a Europa, sendo destaque em diversas mídias internacionais. Como você enxerga isso? Como está a expectativa para o próximo show em Portugal?

A minha expectativa para o próximo show em Portugal está assim, altíssima. Primeiro porque vou tocar num local onde nunca toquei, que é Braga. As outras vezes que vim a Portugal foi para tocar no Porto e em Lisboa. Dessa vez vou para Braga e estou muito ansiosa para conhecer a cidade, muito ansiosa para rever muita gente que conheci em Lisboa e Porto, porque sei que tem muita gente que vai de Lisboa e do Porto para Braga. Eu estou muito feliz. Estou muito feliz em voltar e quero todo o ano voltar. A expectativa é essa. Eu me vejo, cada vez mais, explorando e indo para locais novos, conhecendo novos públicos na Europa. Vejo isso como um grande passo na minha carreira. Vejo isso com muito entusiasmo e com muita felicidade. Acho que sou eu plantando sementinhas, que vou colhendo ao longo dos anos. Isso é maravilhoso e é a minha história sendo contada ao vivo. Eu não poderia ficar mais feliz assim, com essa volta à Europa todo o ano para tocar com a galera.


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