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Publicado a: 20/01/2016

Don Letts, Leon Brichard e Ivo Costa na primeira emissão de (This is) Radio Batida

Publicado a: 20/01/2016

[FOTO] Direitos Reservados

 

Pedro Coquenão, também conhecido como Batida, vai ter a sua própria residência no Musicbox, em Lisboa. A primeira data de (This is) Radio Batida – assim se chama a curadoria – acontece já na próxima semana, dia 29 de Janeiro, num evento que promete trazer até à discoteca do Cais do Sodré DJs de programas lendários, produtores e reunir músicos para “jams”, criando ali, no momento, uma espécie emissão radiofónica feita para dançar. “Um dia hei-de ter uma rádio. Para já início uma série de quatro noites especiais.”

“A rádio é recorrente e mistura-se com tudo o que faço”, começa por explicar Pedro Coquenão. “O nome que uso agora nasce de um programa de rádio; o meu primeiro disco começava com uma emissão de rádio; o primeiro documentário em que me meti assentava numa rádio; aos 16 anos gravava emissões no quarto quando não estava a ouvir rádio. Adoro rádio. Trabalhei em rádio a maior parte da minha vida: Marginal, Voxx, Radar, Antena 3, África, Fazuma… e trazia para a rádio esboços do que agora faço”, explica.

Para a estreia, o artista traz até ao Cais do Sodré Don Letts, Leon Brichard e Ivo Costa. Para já, são estes os nomes confirmados para, pelo menos, quatro noites de (This is) Radio Batida. “Identifico-me muito com o percurso e posição deste mais velho”, diz sobre Don Letts, que, assume, “estava no topo da lista”. “[O Don Letts] juntou pessoas na pista nas suas noites do Roxy, em Londres, e com isso influenciou a formação dos Clash e de tantos outros. Realizou vídeos e documentários premiados sobre música, entre eles o The Punk Rock Movie. Teve a sua própria aventura musical com Mick Jones nos Big Audio Dynamite e mantém a sua ligação à rádio, com programa regular na BBC6”, explica.

Já Leon Brichard vai estar em dois momentos distintos: primeiro no espaço “Batida Re-Dubs” – onde Pedro Coquenão quer “experimentar a ideia de fazer versões de temas antigos, novos temas, re-dubs”, tudo despido a um baixo, bateria e a lata velha de óleo alterada por si para ser um sampler, “numa jam para fazer dançar” também com a ajuda Ivo Costa – “o melhor baterista da cidade”. Leon Brichard vai depois terminar a noite no Musicbox, ele que é “o produtor das estreias da Ibibio Sound Machine na Soundway e a de Petite Noir na Domino”, explica Coquenão. “Conheci-o em Lisboa e a empatia foi imediata. Ofereci-lhe um single do Conjunto Dikanzas do Prenda e, depois da nossa jam em palco, talvez seja assim que ele comece o seu DJ set que fecha esta emissão” de (This is) Radio Batida.

Músico, realizador, artista e activista – até um pouco ‘engenhocas’ – Pedro Coquenão é alguém que vive muito da partilha de experiências com outros. Tem um dom de saber ver, reconhecer e absorver o talento e sabedorias dos outros. “Todos vivemos de partilha de experiências. Eu gosto de apontar a câmara, o microfone ou a luz para assuntos e pessoas que me tocam”, assume. “Musicalmente gosto de dialogar, mas também tenho temas em que sou mais virado para as minhas ideias como o ’Alegria’, o ‘Pobre e Rico’ ou o ‘Bazuka’.” “Todos somos curadores se não estivermos focados só em nós. Tenho feito curadoria toda a vida desde que comecei a pôr discos e a trabalhar em rádio e, agora, em disco e no palco. Mas claro que estas noites vão permitir ter contacto com o público, a pista e experimentar coisas. Essa é uma boa parte do desafio”, sorri.

Batida mostra-se muito feliz com o convite do Musicbox. “A verdade é que, em Lisboa, esta é a sala onde sinto mais amor pelo que faço a esta altura. A equipa é muito boa e dão-me tudo para as noites serem especiais. E isso é o que procuro”, diz. “Às vezes ninguém está a ver ou ouvir. Outras vezes, tenho a sorte de alguém me dar a oportunidade de me exprimir e comunicar através da sua plataforma, espaço. Neste caso, agradeço ao Pedro Azevedo pela confiança. Penso que a conquistei ao tê-lo como uma das pessoas mais entusiasmadas à frente do palco do Musicbox mas também em outros eventos em que foi cúmplice.”

Recorda aqui o especial do ReB sobre “O Mundo de Batida(s) de Pedro Coquenão”.

 

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