Pontos-de-Vista

Alexandre Ribeiro

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Reiniciar a máquina.

De cara lavada para encarar o nosso fado

A nova vida, que estava à espreita no editorial do quinto aniversário, começou, sem grandes alaridos, na passada sexta-feira. Se só descobriram neste momento, façam o favor de enviar o vosso feedback nas caixas de comentários desta publicação nas redes sociais do Rimas e Batidas. Fica já aqui o nosso agradecimento por tirarem do vosso tempo para nos ajudarem neste reinício.

Ainda com uma sujidade aqui e ali (pedimos paciência para as desformatações, resultado da transição, e para uma ou outra falha na assimilação destas novas formas), mas são os restos de tinta de quem andou a pintar e remodelar a casa com uma enorme dedicação. E, ainda que falte muito para que tudo fique no ponto, isto é um edifício em permanente remodelação e desconstrução, tal como a nossa história e visão.

Para além de um design mais limpo e organizado (com espaço para destaques como a Biblioteca — onde ficarão algumas peças clássicas da nossa história com cinco anos — ou maior ênfase nos pontos-de-vista, playlists e vídeos da RBTV), há outras mudanças dignas de nota:

– As notas nas críticas ficam para trás. Daqui para a frente, o valor vai se centrar em absoluto nas palavras que são escritas;

– Teremos uma Cover Story mensal que será o equivalente a uma capa de jornal em papel (a primeira ficará disponível em Julho);

– O rap e a música electrónica mantém-se como pilares, mas o pensamento não pode ser confinado em géneros musicais. O jazz e a pop têm ganho mais espaço nos últimos tempos, por exemplo. No entanto, aquilo que nos interessa são as intersecções entre todos esses lugares sónicos que nos situam num universo extenso de sons;

– A newsletter quinzenal (que destacará o melhor do jornalismo musical — nacional e internacional) e o podcast (que ainda está a ser limado) serão novas apostas que funcionarão como formas diferentes de reflectir sobre o estado da arte de escrever e pensar sobre música.

A primeira semana, que começa hoje, será dedicada a uma das nossas paixões mais assolapadas de momento: o jazz. Vão poder ler entrevistas com Tom Misch, Kassa Overall, Sam Gendel, Gary Bartz, Jazzego e João Pais Filipe e ensaios sobre cruzamentos de jazz com rap ou o futuro do jazz nacional. Este fluxo “jazzístico” não impedirá a entrada de outros conteúdos como conversas com Tristany, CLBRKS, Carlão & Beatbombers e R.A. the Rugged Man ou críticas a novos álbuns.

Para o fim, a mensagem mais importante: como em todos os projectos independentes, o Rimas e Batidas sobrevive através do esforço hercúleo e boa vontade de muitos, necessitando — agora mais do que nunca — da ajuda daqueles que nos seguem e lêem para continuar a oferecer algum do pensamento mais crítico, avançado e desinibido do ecossistema português da escrita musical. Daqui para a frente, o Patreon é uma das formas de fazerem isso (e obrigado, João Henriques, o patrono que se decidiu chegar à frente quando ainda não existia sequer um anúncio oficial sobre estas mudanças). Se acreditam no que fazemos e se nos querem ver por aqui nos próximos cinco anos, apoiem a “causa“.


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