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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/09/2021

Descodificar o "produtor de hip hop que reinventou o ritmo".

Dan Charnas faz de guia no planeta J. Dilla em novo livro

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 15/09/2021

A Macmillan é a casa escolhida por Dan Charnas para receber o seu novo livro, Dilla Time — The Life and Afterlife of the Hip-Hop Producer Who Reinvented Rhythm.

Poucas pessoas parecem tão indicadas para falar de J. Dilla como este autor americano. Ao longo da sua carreira, Dan Charnas tem assumido uma das mais íntimas ligações à cultura hip hop, que se traduziu no lançamento de obras como The Big Payback: The History of the Business of Hip-Hop ou a série (e filme) da VH1 The Breaks. Relativamente ao rapper e produtor, a paixão é ainda mais profunda, já que teve a oportunidade de se cruzar com ele pela primeira vez ainda em 1999 e dirige no Clive Davis Institute, na Universidade de Nova Iorque, um curso inteiro dedicado ao autor de Donuts.

A edição de Dilla Time vai acontecer no dia 1 de Fevereiro de 2022, dias antes de se completarem 16 anos desde a morte de James Yancey, uma figura cultural incontornável a quem o Rimas e Batidas prestou uma homenagem em forma de festival em 2016. O livro será, em igual parte, uma peça biográfica, musicológica e de contextualização relativamente a tudo o que rodeava o malogrado artista nascido em Detroit, cidade industrial de enorme relevo na evolução da estética beat, do hip hop à electrónica de dança.

Em 2019, Charnas explicava à Ambrosia For Heads o porquê de nunca ser demais abordar o legado de Dilla: “Creio que há um grande equívoco na forma como as pessoas tentam descrever os seus processos e inovações. É muito frequente ouvir alguém dizer que aquilo que o Dilla fez — a sua metodologia — se baseava simplesmente na não-quantização dos seus instrumentais. Essa não é, de todo, a história. Nem de longe. E quem já utilizou uma MPC alguma vez sabe bem disso”. Caso as palavras não sejam o melhor instrumento para traduzir a verdadeira arte de Dilla, há uma entrada na série Earworm, da Vox, que explica bem essa tal revolucionária “humanização” rítmica que teve como palco o mítico sampler da AKAI.

No final da última semana, desta vez através de uma thread para o Twitter, o autor do livro apontou as três principais motivações que o levaram a assinar Dilla Time: “J. Dilla merecia uma história que fosse verdadeira e completa; o núcleo da sua inovação rítmica não era totalmente entendido nem devidamente capturada e precisava de um nome; e o sampling digital é uma forma de arte que precisa e merece total protecção da lei.”


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