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Fotografia: Teresa Martins, T. Cerveira & Carlos Gomes
Publicado a: 04/09/2025

Na cadência do teatro.

Cu.Co.’25 — dia 1: Coimbra pode

Fotografia: Teresa Martins, T. Cerveira & Carlos Gomes
Publicado a: 04/09/2025

À segunda edição do Cu.Co.: Encontro de Jornalismo Cultural de Coimbra, regressamos à histórica cidade-capital de distrito com mais certezas do que dúvidas. Apesar da considerável distância que a separa de Lisboa e Porto, Coimbra é um território com vida própria e com um tecido cultural a borbulhar que neste momento, que neste momento atravessa uma fase de maior oferta comparativamente à procura. Essa é até uma das principais questões que se levantam quando se debate o circuito das artes na cidade: como trazer ainda mais pessoas a espaços de cultura como, por exemplo, os teatros?

O tópico surgiu durante a mesa redonda que se montou no quartel general da Marionet às 16h30h da tarde de ontem, 3 de Setembro, onde representantes do próprio Marionet e também do Teatrão procuraram responder às questões dos jornalistas e outros curiosos que se sentaram em círculo nesse espaço que já tinha sido um dos pontos de paragem da edição de estreia do Cu.Co., em 2024. Felizmente, ficámos a saber que as companhias de teatro conimbricenses estão de boa saúde, mas ainda assim há uma grande fatia da população a quem as suas criações têm passado ao lado. Numa localidade tão jovem, com uma comunidade estudantil tão grande, fica a sensação de que a oferta teatral de Coimbra ainda passa ao lado de muita gente. A cultura existe e não pára de florescer, mas falta conseguir fazê-la chegar com maior taxa de sucesso aos habitantes e, idealmente, também aos que habitam noutras zonas, pois quem está fora dificilmente tem a ideia de existem tantas iniciativas culturais a decorrer por cá de forma regular. Coimbra pode realmente ser um notório epicentro para a cultura no nosso país, falta apenas saber promovê-lo mais eficazmente.

O teatro foi a arte em maior destaque neste arranque do segundo ano do Cu.Co., em que tivemos a oportunidade de assistir a um par de peças. A primeira foi “As Perguntas da Menina do Ó”, um misto entre performance e oficina conduzida por Adriana Campos, que instigou os presentes a serem mais curiosos e a colocarem mais questões sobre o seu interior e o mundo em redor. A segunda foi uma proposta do Teatrão e serviu para apresentar ao público o novo Metrobus que vai operar nos municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã e deverá abrir ao público em breve. Aqui pudemos já saborear o belo percurso que este veículo irá percorrer enquanto éramos entretidos por um par de actores — e também algumas gentes locais que se juntavam pontualmente ao elenco — a fazer um de retrato caricato dos diferentes tipos de pessoas que podemos encontrar regulamente nos transportes públicos — dos trabalhadores precários à elite política, passando pelos jovens que gostam da fazer as suas viagens ao som de colunas bluetooth aos altos-berros, com muito hip hop tuga metido ao barulho.


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