Os horários são rotineiros, mas cada dia representa uma nova aventura durante a nossa estadia no Cu.Co.: Encontro de Jornalismo Cultural de Coimbra. Novamente às 11 horas, tínhamos encontro marcado no Marionet, uma companhia de teatro conimbricense. Depois de uma pequena visita guiada pelo espaço que lhe serve de sede, reuniriam-se em torno de uma mesa Daniel Belo (Antena 3), Pedro Dias de Almeida (Visão), Daniel Dias (Público), Margarida Sousa (O Teatrão), Eduardo Pinto (A Escola da Noite), Francisca Moreira (Marionet) e João Campos (Diário de Coimbra) para debater sobre “Uma cidade de muitos palcos – Teatro em Coimbra”, conversa que contou com e moderação de Filipa Teixeira (Observador, Sábado). Durante cerca de uma hora, reflectiu-se sobre a importância desta forma de arte performativa conseguir escutar as comunidades em seu redor, a relação com os meios de comunicação que influenciam a repercussão mediática dos seus eventos, ou sobre as maneiras de conseguir atrair ainda mais público.
Após uma paragem para almoçar, fomos até à Praça da República para visitar mais um par de espaços icónicos para a cultura da cidade. A primeira paragem foi na RUC (Rádio Universidade de Coimbra) para pudemos conhecer um projecto bem particular do nosso país, onde de forma amadora (mas com uma postura bem profissional) uma série de jovens alimenta as frequências FM (e digitais) com muita cultura, com especial foco na música. Mesmo ao lado estava o TAGV (Teatro Académico Gil Vicente), onde também tivemos direito uma visita guiada para ver bem de perto como funciona quer o cinema, quer o teatro, quer a música ao vivo — as principais expressões artísticas que alimentam a programação deste espaço.
Para as 16h30, no café do TAGV, estava programado o 5° debate da edição debutante do Cu.Co., durante o qual se falou sobre “Os desafios da rádio na era digital”. Rui Miguel Abreu (Rimas e Batidas, Expresso, Antena 3) foi moderador da conversa que cruzou Luís Oliveira (Antena 3), Daniel Belo (Antena 3), José Martinho e Lexi Narovatkin (RUC), Rui Ferreira (Lux Records) e Sílvio Santos (TAGV). Da emissão mais tradicional ao streaming e ao formato de podcast, discutiu-se por aqui as dificuldades que o sector enfrenta ou as formas de consumo deste tipo de media pelo público. No final, promoveu-se ainda o espectáculo que a lendária banda de rock de Coimbra É M’as Foice tinha programada para aquela noite no arranque do Luna Fest’24 através de uma breve conversa com um dos seus membros, Toni Fortuna.