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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/04/2023

O rapper moçambicano morreu a 9 de Março.

Casa Independente presta tributo a Azagaia na próxima quinta-feira

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 04/04/2023

A vida de Edson da Luz vai ser celebrada na próxima quinta-feira, dia 6 de Abril, num concerto-homenagem que começa pelas 22h30 na Casa Independente, em Lisboa. Os bilhetes custam 5 euros e as receitas revertem a favor da família de Azagaia.

Valete, Sérgio Godinho, Paulo Flores, Maria João, João Afonso, Ikonoklasta, MCK, Luiz Caracol, Prodígio, Karyna Gomes, Chullage, Papillon, Batida, Milton Gulli, Scúru Fitchádu, Indira Mateta, Mirza, Prince Wadada, Conductor, Bruno Huca, Phoenix RDC e Lancelot são os artistas que vão subir a palco para prestar tributo ao recentemente falecido artista e activista de Maputo, um dos maiores pilares do rap moçambicano e uma referência incontornável no hip hop lusófono. 



O evento conta com a curadoria de Valete, da empresária Inês Valdez, da jornalista Magda Burity, da empresária Lídia Amões e do músico Milton Gulli, que a propósito do desaparecimento do parceiro de armas dedicou um ensaio à sua vida. Sobre o legado do amigo, escreveu Gulli nestas mesmas páginas:

“Na altura do seu desaparecimento, a 9 de Março, estaria a trabalhar no seu 3º disco, deixando esposa e três filhos. O seu funeral, a 14 de Março, reuniu milhares de pessoas nas ruas de Maputo, desde o velório no Conselho Municipal até ao destino no cemitério de Michafutene, reunindo fãs, amigos, organizações da sociedade civil e alguma da classe artística moçambicana. A música ‘Povo no Poder’ — ‘Ladrões, fora! Corruptos, fora! Gritem comigo para essa gente ir embora’ — foi cantada várias vezes pelos fãs, assim como outros temas emblemáticos do rapper, mesmo em frente ao Conselho Municipal, inscrevendo este momento simbólico na história e na memória de quem o presenciou.

Azagaia, Mano Azagaia, Azaguiris, Azalam Amílcar, Edson Mandela ou Edson da Luz deixa-nos um legado impressionante no panorama artístico, social e político de Moçambique, dos PALOPS e da Lusofonia. Muitos jovens ganharam força e coragem para se exprimirem, perdendo o medo de um regime autoritário e procurando soluções e melhorias para o seu país, participando politicamente, criticando e exigindo responsabilidades aos governantes.

A música de Azagaia contém a verdade e a inquietação para se querer fazer melhor, mas também um lado pedagógico, educando e apresentando soluções. Muitos intelectuais e artistas defendem o estudo da sua obra nas Universidades e nas escolas. Outros defendem a edificação de uma estátua. O meu desejo é que a matéria tenha sido absorvida para que possamos fazer mais e melhor para o futuro de Moçambique, porque a luta ainda não acabou. A obra está aí para todos nós.”


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