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Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 28/09/2022

Frequências transcendentais.

Carlos Niño & Friends “alinhados” com John Coltrane e Pharoah Sanders em Friday, September 23, 2022

Texto: ReB Team
Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 28/09/2022

No passado dia 23 de Setembro, Carlos Niño & Friends homenagearam John Coltrane e Pharoah Sanders num serão musical gravado e prontamente editado (e, para já, em exclusivo no Bandcamp).

O que era para ser uma celebração apenas em torno do lendário saxofonista nascido na Carolina do Norte, cuja data de nascimento se assinalava naquele dia, acabou por se expandir a um dos precursores da sua espiritualidade jazzística, Pharoah Sanders, cuja confirmação da morte chegou até Carlos Niño e os seus amigos já durante a sessão que agora conseguimos escutar em Friday, September 23, 2022.

Composto por quatro andamentos, o disco arranca com Carlos Niño, Nate Mercereau e Randal Fisher, a quem se juntam Maia e Najite Agindotan já numa segunda fase. O conjunto fica completo para as últimas duas faixas, já com as adições de Dwight Trible, Will Logan e Andy Kravitz. Com produção do próprio Niño, o tributo foi gravado no Townhouse, o saloon mais antigo de Venice, Califírnia.

Numa mensagem publicada no seu perfil do Bandcamp, o multi-instrumentista lembrou a primeira vez que conheceu um dos seus heróis musicais, com quem teve a oportunidade de se cruzar por diversas vezes ao longo da carreira:

“Sou um enorme fã do Pharoah Sanders! Vi-o ao vivo no Catalina, em Cahuenga, em 1993, quando frequentava os concertos com desconto para estudantes. Eu tinha 16… Foi a primeira vez que vi ou escutei uma taça tibetana.”

Mais à frente, Niño fala ainda do quão inspirada é em Sanders a metodologia que adopta nos seus projectos musicais:

“Quanto toco, a minha abordagem é, acima de tudo, inspirada pelo Pharoah Sanders. Se vocês escutarem e lerem os créditos do Jewels Of Thought, toda a gente está a tocar percussão em adição aos seus instrumentos principais. Ao longo do tempo, apercebi-me de que podia ser toda essa secção expansiva de texturas de percussão numa só pessoa. Enquanto numa sessão de gravação ou a tocar ao vivo com outros músicos alguém teria de tocar estes instrumentos nos intervalos das outras coisas que já estão a fazer, eu crio estas constantes reverberações, zumbidos, prenúncios, respostas e holográficas aberturas dimensionais através do que os sinos, taças, carrilhões, címbalos, tambores, gongos, metais, plantas, cápsulas, sementes, cordas ou madeiras podem trazer.”


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