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Publicado a: 05/12/2018

“Blaxploitation” é o primeiro videoclipe de sempre de Noname

Publicado a: 05/12/2018

[FOTO] Direitos Reservados

Noname mostrou ontem o seu primeiro videoclipe de sempre. “Blaxploitation” foi o tema escolhido, e retirado do seu último disco, Room 25. Alex Lill assina a realização do vídeo.

 



Apesar de se tratar de uma estreia neste formato, Noname escolheu não dar a cara no videoclipe, ela que é conhecida por estar constantemente a fintar os standards da indústria musical, restringindo-se apenas ao mais importante dos seus elementos — a própria música. “Blaxploitation” pede emprestada a ideia base do clássico japonês Godzilla, com uma criança negra a substituir o monstro, e que no final de contas apenas se encontrava a brincar numa cidade de cartão. Alex Lill é quem assina a realização do primeiro vídeo da artista de Chicago, depois de ter somado créditos em projectos idênticos de Joey Bada$$, Lil Yachty, Sampha, NAV ou Domo Genesis.

“Blaxploitation” é uma produção do habitual colaborador Phoelix e contém samples de diálogos emblemáticos que fizeram parte de Dolemite e The Spook Who Sat By the Door, dois clássicos do cinema afro-americano. O tema integra o alinhamento de Room 425, o segundo LP na curta carreira de Fatimah Warner e uma das maiores surpresas de 2018 — Noisey, NPR e Paste Magazine estão entre as publicações que incluíram o álbum nas listas de melhores do ano. A Rui Miguel Abreu, na crítica que escreveu para o Rimas e Batidas, também não lhe faltaram elogios para o descrever:

Room 25 está condenado a figurar em lugares cimeiros de listas que distingam o melhor que 2018 nos ofereceu porque brilha por méritos próprios, sem necessitar de um contexto ou de uma vaga de fundo, sem se apoiar em contribuições de nomes de uma qualquer elite artística, sem surgir embrulhado em grande campanha de marketing, servido por vídeos brilhantes ou carregado por um qualquer poder político urgente, com a força de alguma mensagem que aglutine o mundo. É apenas Noname a dizer quem é, ao que vem, nos seus próprios termos, no seu próprio tempo. E isso é tão precioso. Em 2018 ou em qualquer outra altura.”

 


Noname // Room 25

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