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Fotografia: Sara Falcão
Publicado a: 13/03/2020

Holly, Lazuli, Deezy, benji price e FRANKIEONTHEGUITAR contribuem para o novo longa-duração do MC de Mem Martins.

Bispo: “Agora sou eu que tenho de dar o exemplo”

Fotografia: Sara Falcão
Publicado a: 13/03/2020
Mais Antigo é o novo álbum de Bispo, o seu primeiro longa-duração pela Sony Music Portugal e o primeiro lançamento depois de fundar o selo Mentalidade Free Music. A obra é emocionalmente carregada, mas descomplicada a nível musical, traços que facilmente reconhecemos na sua discografia e que certamente terão ajudado a que desde cedo criasse uma base de fãs tão sólida. E se antes o seu som poderia espelhar alguma juventude e ingenuidade, agora é feito da sua “melhor versão”, assegura-nos. Para falar com o “mais antigo” sobre o mais recente projecto, o Rimas e Batidas foi até aos escritórios da major, em Belém, onde, em plena pandemia do COVID-19, foi recebido por uma autêntica comitiva que incluía Ivandro e Frankie Batista, mais conhecido lá fora como FRANKIEONTHEGUITAR, ambos membros da banda que acompanha o rapper de Mem Martins ao vivo e colaboradores registados nos créditos — Deezy, Piri, Detergente, DMinor, Holly, Lazuli, D’ay, benji price e Trapanese Buddha são os restantes nomes na lista. Falámos com os três sobre a família, a superação do artista, o amor por fazer música capaz de “estragar” alinhamentos, mas também um pouco sobre “Tempo” – o primeiro single do trabalho do jovem guitarrista e produtor, que conta com as vozes de T-Rex, Bispo e Lon3r Johny.

Reparei em menções à tua avó neste disco, ao teu círculo de amigos. Este é um álbum sobre a família? [Bispo] É um disco sobre mim. É um disco de auto-superação e promoção. Digamos que eu sinto que a vida me promoveu, daí o Mais Antigo. Sinto que quando comecei a fazer música era “maçarico” — fazia música, mas não sabia bem o que estava a fazer. Eu faço as primeiras músicas para mostrar aos amigos, não tinha uma ligação maior, não interessava se havia amor entre mim e o beat, e isso mudou. Eu agora faço amor com o beat, tem que haver essa ligação. Eu trato a música como se fosse a minha mulher.  Este projecto do meu melhor eu, da minha melhor versão, acaba por ter família porque ela faz parte de mim. Também encontras cenas para os meus irmãos, para a minha avó, como “Aviola II”, que é a continuação do “Aviola” do meu primeiro álbum.  Deixaste passar três anos desde que editaste um disco, na altura um EP com o Fumaxa. Ainda assim não estiveste propriamente parado, fizeste várias colaborações no entretanto, lançaste os teus singles. Porquê tanto tempo? [B] Eu não considero assim tanto tempo. Percebo que digas isso, mas eu acho que tudo tem o seu tempo, e eu precisava de viver mais para completar o disco e para ele fazer sentido. E foi só agora que isso aconteceu. Neste tempo trabalhaste com o Deejay Telio, o Apollo G, o próprio Sam The Kid e outras pessoas. Tens as tuas próprias colaborações como o “NÓS2”, que tocaram imenso na rádio… [B] Até entrou numa novela. Exactamente. Estava mesmo em todo o lado. Isto foi feito propositadamente, querias fazer tudo o que fosse colaborações naquela altura, ou foste simplesmente aceitando convites que faziam sentido para ti? [B] Eu adoro trabalhar com outros artistas. Adoro trabalhar com o máximo de pessoas possível, desde que estejam a remar na mesma direcção que eu, até porque isso enriquece bastante a música, a mim enquanto pessoa e até mesmo o outro artista. Porque isto causa um envolvimento de muita coisa e é benéfico para a música. Eu, no meu álbum, não tinha previsto fazer o tema com o Deezy. Foi uma cena natural e ficou tão bom que quisemos incluir no álbum. As outras duas participações que ali tenho, uma é com o Ivandro e a outra com o Piri. Ora, eu comecei a fazer música há 16 anos, justamente com o Piri. A minha primeira música e a primeira música dele foi gravada em conjunto, então neste meu álbum o que faz sentido é ter o Piri aqui em vez de convidar o Eminem. Prefiro ter o Piri [“Verdadeiro”] que eu sei que pega no remo e rema com a mesma força que eu, na mesma direcção, e o Ivandro (“Essa Saia”), que é a pessoa que está agora do meu lado, que adoro. Fizemos um som muito bonito, acho que marcámos ali um “golo”. A música também está a bater imenso. Novamente, muitas plays na rádio, sem dúvida. [B] Atrevo-me a dizer que o “Essa Saia” está a bater mais que o “NÓS2”, apesar de serem temas distintos e com mensagens diferentes. Mas estamos a ter um feedback superior ao “NÓS2”, apesar de o tema não estar em nenhuma novela, mas estamos a ver covers. Das músicas que tenho é provavelmente a que tem mais covers. Isso é bom para ti? Fazerem covers da tua música? Agrada-te a ideia de ouvir a tua música interpretada por outra pessoa? [B] Ya! Agrada-me. Da mesma maneira que outras pessoas e artistas me inspiram e inspiraram com a sua música ou com um quadro, é fixe saberes que fizeste o mesmo. Ao certo não sei o que eu e o Ivandro causamos nestas pessoas, mas levámos a que fizessem um cover, que dedicassem o seu tempo e que tomassem uma iniciativa. Gosto disso. E quem quiser fazer covers pode continuar a fazer, que isso a mim enriquece-me.

Esta questão das colaborações. Depois de teres feito tantos trabalhos com outros artistas podes ter deixado algumas pessoas à espera de ver alguns daqueles nomes no teu trabalho. Ainda assim, no que diz respeito a colaborações vocais, só tens três convidados. Percebo que por ser um álbum sobre ti não faça muito sentido teres muita gente a cantar contigo… [B] Não sei… isso não foi pensado. Eu pensei no Ivandro, no Piri, que queria imenso fazer um tema com ele. Mesmo assim não foi bem combinado. Fui ter a Londres com ele, bebemos umas canecas de chá e a cena desenrolou-se e saiu o “Verdadeiro”. É uma cena tão simples, mas ao mesmo tempo tão boa e profunda — só podia ter sido aquilo.  Em relação a ter mais participações no meu álbum. Eu quero fazer mais participações, como [com] o Telio, de quem falaste. Ainda assim, penso que no Mais Antigo está quem faz sentido estar. Não tiro nem acrescento nenhuma. Adoro como está e, para mim, este é o meu melhor quadro. Sinto-me um pintor “do caraças”. Agarro na capa e namoro a capa mesmo. Sabe bem tocar nisto. Mas voltando ao início, nunca pensei em meter X ou Y no disco. As coisas vieram com o tempo e este é um disco do Bispo. Sentes que chegaste a um novo patamar com este álbum? Falas que este é o teu melhor trabalho. [B] Sinto que me superei. Superei-me a mim mesmo. Superar-me é um objectivo constante. E sou assim mesmo, sempre. Se eu marcar um golo, quero marcar mais outro. Se fizer um bom passe não fico por ali, quero arriscar mais, fazer outra assistência. Ainda nas colaborações, quem colabora não é só quem canta. E tens muita malta nos bastidores, como o Frankie, que até faz vocais. [FRANKIEONTHEGUITAR] É verdade, assino com o meu nome: Frankie Baptista. Tem uma faixa ou outra que tinha uma ideia para o Bispo e ele disse para ir eu gravar.  [B] Ele entra no “Abençoado”, com as vozes adicionais. Eu estava a gravar o refrão do “Abençoado” e ele, na cadeira, começa a trautear uma melodia. Ele disse-me, “Bispo, grava isto”. “Não, tu é que deste a ideia, grava tu”. Eu gosto disto. Ele participa comigo sem câmaras, quando ninguém vê, por isso eu quero que ele participe quando há câmaras. Vou-te passar o microfone um destes concertos. No “Lembrei-me” ele faz a voz de um sample, e isso também aparece na ficha. É tudo cantado por mim, mas gravámos um sample com a voz dele e metemos lá. Ainda assim há aqui nomes que aparecem mais vezes, como o D’Ay que está por trás do “Essa Saia” e do “Nós2”. [F] É o DJ do Bispo. [B] Ele produz bué beats, passa muito tempo comigo. Já sabe mais ao menos o que gosto e o que é que quero. É dos que rema na mesma direcção. Voltando à música e à temática da família, há dois temas que me soam como sendo mais pessoais. O primeiro é o “Não Volto”, sobretudo por causa daquele poema que declamas no final. Aquilo é parte de uma letra que não encontrou melodia? É algo que tinhas mesmo que dizer e encaixaste ali? [B] Aquilo é para te explicar melhor o que é o Mais Antigo. É como se fosse a conclusão e ao mesmo tempo a introdução do álbum. Aquilo que ali está também podia estar no “Sobre Mim”, só que decidimos só meter em jeito de conclusão. Neste momento, com o que tenho em casa, [e] na música, sinto-me mais responsável, com menos espaço para errar. Sinto que tenho esse peso e quero dar o exemplo aos meus. Daí o Mais Antigo. Foi estrategicamente encaixado aí no formato físico, embora isso se perca nos “Spotifys” e assim, mas quem comprou o álbum tem esse brinde que mais tarde vamos utilizar. Não numa música, mas de alguma forma.  Novamente, não foi estudado. Estávamos no estúdio a trabalhar numa música e eu quis explicar o conceito do álbum. Eles estavam a trabalhar noutras coisas e eu meti-me na cabine, já que não estava a gravar, e meti os fones com um beat e quis fazer aquilo para te introduzir mais na minha viagem. O outro tema é “Aviola II”, que nos chega cinco anos depois da primeira “Aviola”. Queres explicar um pouco o que é este tema para ti? [B] Na minha opinião já falei ali tudo o que queria falar. Até porque há coisas em que não quero remexer. Já me basta a porrada que dou a mim próprio com tudo o que escrevo em certos sons que faço.  Há cinco anos eu disse que “aquilo que nunca te digo é aquilo que nunca se fala”. Eu não estou a dizer “amo-te”, não estou a dizer “estou sempre aqui”, não estou a dizer certas coisas que deveria dizer, mas, quando me apercebo que é demasiado tarde para finalmente o dizer, faço [a] “Aviola II”, que ela não vai conseguir ouvir. Foi só um desabafo meu a agradecer-lhe e a dizer-lhe que, vá eu para onde for, ela vai estar sempre comigo. Até tatuei “Aviola” no meu corpo.  É fixe tocares nesse assunto, mas é algo que eu prefiro que as pessoas ouçam. Ouçam mais umas duas ou três vezes para apanharem. Valorizem a vossa família. Ainda esta semana retweetei um post de um miúdo no Twitter que escreveu que aquele era o melhor som que já tinha ouvido e que o fez amar mais a avó. Uma cena assim profunda. Eu respondi-lhe que sexta-feira poderia ouvir o “Aviola II”. Gostei muito de ver aquela cena…

É certamente uma boa sensação essa de sentir que tocaste em alguém com a tua música.  [B] Às vezes é estranho. Nos Açores cancelaram-nos um voo e eu e o Simão [manager] íamos a uma lavandaria e passo à porta de um cabeleireiro. Lá dentro está um mano que grita ‘Bispo!’. Até me senti mal, ele começou a chorar e a ajoelhar-se e a dizer que via todas as minhas entrevistas, ouvia todas as minhas músicas. Na altura tinha saído o “Turbulência”, ele falou do tema e agradeceu-me bué. Ele vinha do cabeleireiro cheio de cabelos, começou-me a pedir desculpa por me estar a sujar. No fim tirámos uma foto e o Simão até me disse, “estás muito sério na foto”. Eu não sei como reagir a certas cenas… não sei. Também não tive grande oportunidade de conversar com ele. Ele chegou e fez aquilo, mas não sei como o toquei. Talvez tenha ouvido “Aviola” e o tenha ajudado de alguma maneira, mas não sei. Pode ter sido esse som ou outro, mas eu nem sei reagir àquelas cenas. É bom, de certa forma. Não estou à espera e isto acontece, mas fico abananado.  Houve um single que deixaste fora, o “Sonho Parvo”. Alguma razão especial? [B] Fez parte da viagem. Tanto no “Sonho Parvo” como no som com o Telio, eu falo no que aí vem. O “Sonho Parvo” diz, “chama-me de mais antigo, ya, já fui soldado”. No som com o Telio eu também faço uma referência ao álbum e digo “eu ’tou mais antigo, sim, eu ’tou mudado”, e aí já estou também a fazer uma referência ao álbum.  O “Sonho Parvo” estava nos meus planos para entrar no álbum, mas eu fiz alguns 30 sons… Imensas ideias, imensos sons que eu adoro e gosto muito, mas que não deu para incluir. [Ivandro] Alguns eu fiquei triste… fogo! [B] Eu queria fazer de 11 a 13 músicas. Foram 13 porque eu quis. O meu primeiro projecto, a mixtape Recomeço, em 2012, tem 13 temas e o meu álbum Desde a Origem tem 13 músicas. O que é um pouco fora do normal já que o 13 é o número do azar… Dizem… [B] Dá sorte. Tudo depende da maneira como tu lidas com isso. Acredito que somos nós que fazemos a nossa sorte. Pode chover e ser o melhor dia do ano. Sem qualquer problema. O “Essa Saia” também não estava programado e foi um destes casos em que o meu DJ estava a fazer um beat e o Ivandro começa a cantar. O “Sem Limite” foi outro tema que não estava planeado e eu gosto bué de trabalhar assim. Em 2015 aconteceu-me o mesmo. Já tinha as faixas todas prontas para o álbum e tive que deixar duas ou três de fora porque ia ter com alguém, ele tinha ali um beat e eu tinha coisas para dizer naquele dia — que a vida é mesmo assim, ela continua e estás sempre a viver e a recolher ideias. O “Problema Deles” é um som que aconteceu um dia em que eu adormeço no estúdio, o D’Ay está a trabalhar e de repente eu acordo, como se fosse uma serpente e ele tivesse tocado aquelas flautas. Acordo com o beat e fui escrever e gravar. O “Turbulência” surge quando fomos para o Luxemburgo e na vinda estavam a dar alerta vermelho por causa do vento forte, então não dava para descolar. Nós tínhamos connosco umas garrafas que tinham sobrado do concerto e eu, que nessas cenas fico sempre nervoso, achei melhor fazermos um brinde. A cena surge no ar, quando apanhamos turbulência… [I] Eu nem reparei [risos].  [B] Estavas a dormir! Na altura um bro que estava comigo disse que tínhamos de ter um som que fosse o “Turbulência”. A palavra passou a significar mais que aquilo para nós, envolve bué cenas. Uma palavra tem a força que tu lhe deres, para além da definição no dicionário. E nesse som a ideia apareceu daí. Dois ou três meses depois, estávamos a ir para Aveiro já também por causa de outro som e o Frankie ia no carro a mostrar-me beats enquanto eu dava uns freestyles. Parámos na área de serviço, sai o Frankie de um lado, eu do outro e ele diz-me, “tens que arranjar um beat assim”. Eu respondo, “Não, quero esse!”. Eu escrevi um verso na viagem e quando chegámos ao estúdio gravei e fiz o refrão. Depois, mais tarde e já com o nosso sumo de uva, lembrei-me que o videoclipe tinha que ter um avião. Eles concordaram e meses mais tarde fizemos acontecer. É por isto mesmo que ficaram faixas de fora, porque eu vou continuando a viver e há cenas que vão acontecendo e que fazem todo o sentido. Se por acaso ficar de quarentena, de certeza que fazemos mais um álbum.  Voltando aqui atrás e voltando a falar sobre a tua evolução, quando dizes que “foste promovido”. Isto traz consequências. Não podes dizer isto de ânimo leve; que chegaste a uma nova etapa melhor e mais forte. Que impacto é que isto tem em ti? [B] Agora o que eu mais quero fazer é tocá-lo. É o que mais quero fazer neste momento. Ver a reacção do meu público. Quero saber como vão reagir, se eles querem cantar o som que eu quero cantar, se preferem aquele que eu não quero cantar. O meu objectivo agora, e a única cena em que e penso, é mostrar este trabalho às pessoas. A responsabilidade que eu sinto não é perante quem eu não conheço. Quando eu digo que me sinto mais antigo não é entre a cultura. Não. É uma cena minha. Eu fui promovido e agora, em vez de esperar pelos exemplos mais próximos, sou eu que tenho de dar o exemplo. Neste momento sinto isso, que como me superei e cresci, fiz o Mais Antigo. Não foi fazer este álbum que me tornou Mais Antigo. Fui promovido. Sou o eu mais antigo, a minha melhor versão. Não penso se a fasquia para o próximo trabalho fica alta. Isso é bom, quer dizer que nos esforçámos, mas não estou a pensar nisso. Tu disseste que queres tocar o teu álbum e isso faz todo o sentido, até porque ele vem bem a tempo dos festivais de Verão e todos os concertos que vêm com a estação do ano.  Achas que, precisamente por teres sido “promovido”, estará na altura de um desafio? Uma sala só para ti, só com o teus fãs. Talvez um Coliseu? Talvez algo mais pequeno… [B] Mais pequeno já fiz, mais que uma vez, e deu certo. O Hard Club, Musicbox, Time Out. Já fiz e deu certo. Uma casa grande como o Coliseu? Vai ser feito. Está nos planos. Não vou expor ainda nada mas vai acontecer e estamos a preparar algo épico. E mais datas? Pensas em festivais de Verão, certamente. [B] Penso sempre. Claro que quero ir aos melhores palcos. Como te tinha dito: estou com bué fome para mostrar o meu eu mais evoluído. Os últimos concertos que demos eu já só pensava em mudar o alinhamento, em tocar todos os sons que ainda não tinha tocado. Estava a tocar para ti músicas de 2015, 2017 e só queria mostrar tudo o que tinha feito entretanto.  Nos festivais temos já cenas fechadas que ainda não estão públicas. Vou andar por aí e vão levar comigo, os que gostam e os que não gostam. Vão-me ver aí a correr.  Para fechar, e se calhar agora chamamos o Frankie mais ao spotlight, queria falar do “Tempo”, que é no mínimo uma combinação improvável para quem está de fora. Como é que isto aconteceu, que resposta têm tido, há mais alguma colaboração desta na calha? [B] Vou deixar o Frankie responder, mas quero-te só dizer isto: quando avisei que a música ia sair, ainda antes de se poder ouvir o que fosse, tive alguns seguidores a dizer, “o que é que tu vais fazer?”, “não faças isso”. Eu adoro o som. Sou super fã do resultado final. Antes do som sair, a minha mãe já cantava o refrão. Até a minha pequena, quando ouve o tema, já aponta para a coluna e dança. Quando fizemos aquilo, eu disse-lhes logo que era golo.  [F] Também é o primeiro single do meu projecto. Lá está, combinação improvável é o que eu pretendo fazer no resto do projecto com vários artistas portugueses, não só do hip hop. O Bispo tinha que estar no álbum e teve que ser logo na primeira faixa.  [B] Foi onde tinha que ser [risos]. Ele já tinha a parte do Toy-Toy T-Rex há bué e eu era fã. Ele faz uma guitarrada e eu perguntei logo para quem é que era.  Mas somos todos assim. O Frankie fez um beat para mim e, 10 minutos depois, no estúdio, o Ivandro ouviu aquilo e disse logo, “o que é que é isso, Frankie?! Eu quero esse beat! Esse beat é para mim”. Eu só pensava, “ó Ivandro, tem lá calma contigo”. [Risos]. É muito positiva a nossa relação.

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