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São 10 faixas que remetem para tardes de sol, petiscos e copos entre amigos. O álbum homónimo de estreia dos Casa Bonita chega a 26 de Janeiro, mas já se pode ouvir o single do disco, “Arrabiata”.
Com um som recheado de grooves pensado para a pista de dança, a banda lisboeta tem no seu ADN a experimentação do jazz, o calor do funk mas também as batidas da electrónica. Em cima da mesa, referências tão díspares quanto Herbie Hancock, Azymuth ou o novo disco instrumental de André 3000. O grupo formado na zona dos Anjos é composto por André Cardoso (bateria), João Tenente (piano e sintetizadores), Manuel Melo (guitarra), Matt Nicholson (percussão e sintetizadores) e Simão Brás Afonso (baixo).
“Eu, o João e o Manel já tocamos juntos há algum tempo”, explica Simão ao Rimas e Batidas. “Na verdade, antes de Casa Bonita, tínhamos os três outra banda, um projecto indie rock, que terminou em 2021 quando o nosso baterista saiu para se dedicar ao management de artistas. Enquanto não tínhamos substituto, o Manel e o João começaram a explorar outras vertentes musicais e, com mais três amigos, formaram o Aquário, um colectivo de DJs focado numa selecção de discos ecléctica.”
Foi neste “ecossistema” que conheceram André Cardoso, enquanto partilhavam “algumas cervejas” no Sr. Armando, uma “saudosa tasca” em Arroios. “Ainda com vontade de dar continuidade ao projecto indie rock, começámos logo a ensaiar na semana seguinte, numa garagem que transformámos em estúdio de ensaios. Mas rapidamente abandonámos o reportório inicial e, influenciados pelas festas que frequentávamos em Lisboa (desde Ouro Bravo, Le Baron, Arroz Estúdios até reggae/dub soundsystems) e inspirados pelos nossos DJs preferidos, decidimos adaptar alguns dos temas mais rodados nos sets de Aquário.”
Num evento que organizaram em conjunto na Arroz Estúdios, conheceram Matt Nicholson, londrino radicado em Lisboa. “Na plateia, depois do nosso concerto, disse-nos que precisávamos de umas congas para apimentar a coisa — na altura chamávamo-nos Habanero. Respondemos que não conhecíamos ninguém e ele disse: ‘sem problema amigo, I can do it’. Comprou umas congas e começámos a ensaiar e a escrever o que é agora Casa Bonita — uma parceria de longa data entre João (piano), Manel (guitarra) e Simão (baixo), aliada aos grooves e engenho de André (bateria) e à vasta experiência de arranjos e orquestração de Matt (percussão e synths).”
O álbum foi gravado no estúdio HAUS, em Lisboa, por Makoto Yagyu, e terá uma forte componente visual graças ao trabalho de Guilherme Braz, que captou “momentos íntimos e autênticos”, “cenas de verão que evocam nostalgia e familiaridade”, em película de 16 milímetros. A 2 de Fevereiro, abre-se a porta de casa com a apresentação oficial do álbum na Sala Lisa, em Lisboa, sendo que os bilhetes já se encontram à venda por 8€.
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