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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/12/2019

O trio portuense contou com a produção de Each, Minus e Virtus neste regresso.

ActivaSom sobre 34: “Os quatro temas determinam a nossa identidade”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 13/12/2019

Os ActivaSom regressaram às edições na segunda-feira passada com o EP 34. Each, Minus e Virtus são os produtores de serviço.

34 sucede a À Semelhança De Quê, o trabalho de estreia de Paulinho, Tácio e Fokus que em 2009 integrou o catálogo da Sexto Sentido. O afastamento geográfico entre os três rappers ditou o abrandamento do projecto mas os laços mantiveram-se, ao ponto da reunião se ter tornado inevitável quando todos regressaram à casa de partida — a cidade do Porto.

“34”, “Dever Chama”, “Circular Gente” e “Fumo” exploram quatro temáticas distintas, explicadas pelo grupo numa breve conversa com o ReB. Cada uma das faixas terá o devido acompanhamento visual, criado pela mão de Dekor — o videoclipe para o tema de abertura do curta-duração já roda no YouTube.

Embora este seja o primeiro projecto dos últimos 10 anos, os ActivaSom vinham a antecipar o regresso desde o ano passado, quando inauguraram um canal no YouTube com vários singlesnovos, depois de terem colaborado com Minus & MRDolly no álbum Árvores, Pássaros E Almofadas, de 2014. Nas contas da Sexto Sentido, 34, que vai ser apresentado na edição deste ano do Natal do Marginal, é o sucessor de Emperfeito Equilibrio, um trabalho assinado pelos Enigmacru.



Um regresso aos trabalhos, 10 anos depois. O que vos levou a este abrandamento, que chegou ao fim no ano passado quando começaram a mostrar novos singles no YouTube?

Chegámos a uma altura no nosso processo de crescimento natural, a nível pessoal, em que houve a necessidade de “rebentarmos a nossa bolha”. O Tacio trocou de cidade, o Fokus fez o mesmo mais que uma vez. Nunca deixámos de nos relacionar da mesma forma, mas fisicamente não estávamos juntos e a nossa forma de criar requer essa necessidade. Actualmente estamos os três com bases estabelecidas no Porto novamente. O voltar a fazer música e trazer o projecto de volta foi praticamente uma consequência natural.

O 34 surge descrito como uma obra de cariz autobiográfico. Qual é a história por detrás deste número e de que forma é que ele vos liga aos três enquanto MCs?

É simples, 34 era o número da porta na qual os três vivemos em simultâneo até certo ponto da nossa vida. A nossa infância e adolescência foi vivida na porta do número “34”. “São João Novo 34…” os ActivaSom nasceram nesse endereço.

Como foi voltar a equacionar uma projecto novo? Estes quatro temas são fruto de um determinado período de tempo das vossas vidas ou nunca deixaram de escrever e foram recuperando alguns dos pensamentos que traçaram nos cadernos durante estes últimos 10 anos?

Foi de uma forma natural, à medida que fomos criando, as coisas foram acontecendo. Estes quatro temas não determinam um período da nossa vida, determinam a nossa identidade essencialmente. Nós abordamos o “34” duma forma: salientamos as nossas raízes (“34”), a atitude do sítio de onde vimos (“Dever Chama”), mostramos os nossos defeitos (“Fumo”) e onde queremos apontar (“Circular Gente”). Quanto à criação, a intenção foi mesmo criar tudo de raiz, não usar nada que já tivéssemos muito montado. Ir criando consoante aquilo que achávamos necessário.

Contaram com a ajuda do Virtus, Each e Minus na produção. O que vos levou a manter de perto os nomes com quem já habitualmente colaboram nas vossas faixas para este EP?

Era importante para nós estarmos confortáveis nesse sentido para esta projecto, para além de a nossa intenção ser a de criar algo que nos caracterizasse fundamentalmente. Então quem melhor para isso do que aqueles que sempre nos acompanharam…

O próximo passo será transição de cada uma destas músicas para o registo visual, com os respectivos videoclipes a surgirem pela mão do Dekor. Sentiram a necessidade de tornar “visíveis” todos estes temas? O que esteve na base para esta decisão?

Musica e vídeo cada vez mais caminham de mãos dadas. A decisão foi tomada na tentativa de acompanhar um pouco os tempos em que estamos. Para além do que o formato vídeo nos permite contextualizar aquilo que queremos dizer.


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