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Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/08/2021

As modificações necessárias para o baile não parar.

A INFINITA pegou no AILERON e transportou “a música dos YAKUZA para estéticas electrónicas actuais e mais amigas das pistas”

Fotografia: Direitos Reservados
Publicado a: 12/08/2021

Ficou disponível esta quarta-feira, dia 11 de Agosto, um EP de remisturas de AILERON, álbum de estreia dos YAKUZA que foi editado em 2020. A edição ficou a cargo da INFINITA, editora portuguesa que em 2019 abriu portas e que chegou com este projecto ao seu 13º lançamento.

Miguel Torga (com Carolina Bernardo), Moreno Ácido, Iguana Garcia e Diogo remexeram em “TUNING”, “ADAGIO”, “AILERON, PT. I” e “AILERON PT. II”, respectivamente, insuflando as faixas de matéria ainda mais dançante do que os originais, mesmo a pedir altas velocidades nas pistas (de dança, neste caso).

E como é que chegámos a este curta-duração? Hugo Vinagre, que assina com o seu alter-ego a primeira remistura, revela, em três respostas, todo o processo.



Imagino que tenhas sido tu a decidir que se fosse abordar este AILERON dos YAKUZA, por isso queria saber o porquê desta escolha. O que é que o disco deles te disse para quereres que a INFINITA se atirasse a ele?

Conheci os YAKUZA através do Música Com Pés e Cabeça do Rui Vargas na Antena 3. Gostei bastante do tema que ouvi e isso fez-me ir ao Bandcamp do projecto conhecer o que mais faziam. A sonoridade jazz\funk deles agradou-me bastante. Posso até dizer que me deslumbrou.

É uma estética que sempre quis abordar na INFINITA e esta pareceu-me ser a oportunidade ideal para expandir o nosso leque de estilos, que nunca se quis ficar apenas pela “música electrónica”. Rótulo, que honestamente me desagrada por ser tão vago e aplicado de forma tão corriqueira nos dias que correm. Sempre quisemos ir para além disso e editamos orgulhosamente house, dub, techno, ambient, funk e tantas outras coisas que não são carne nem peixe e muito menos comida vegetariana.

Falei com o Diogo sobre o assunto que me disse que conhecia alguém da banda. Houve uma primeira abordagem em que apresentámos a INFINITA e explicámos qual era a nossa missão. Mais tarde, vim a descobrir que o amigo Iguana Garcia estava a tratar de editar o EP deles em disco. O Garcia apresentou-me o Afonso dos YAKUZA e acabámos por acordar fazer um EP de remisturas do AILERON.

Existiram algum tipo de guidelines para quem atacou as stems dos Yakuza? Ou houve liberdade total?

Embora só consiga descrever o meu processo criativo, posso dizer que nada foi imposto a ninguém. Cada um escolheu a música que achou que fazia sentido remisturar. No meu caso, quando ouvi na rádio o original da “TUNING”, pensei imediatamente em acrescentar-lhe uma voz. O espaço estava todo lá, só faltava encontrar a pessoa certa para o preencher. Escrevi a letra e mostrei a uma amiga, a Carolina Bernardo, que se disponibilizou a cantar. Eu também contribuí com algumas partes vocais e o resultado acabou por ser uma espécie de dueto dadaísta em que não se percebe bem o que é que a figura masculina quer da feminina e vice-versa.

Relativamente às restantes reinterpretações, eu sabia que ao escolher as pessoas que escolhi para fazer as remisturas iria obter um certo resultado. O Diogo e o Moreno Ácido colaboram com a INFINITA desde o início e sei com o que posso contar deles. O Iguana Garcia, antes de termos sequer pensado em editar os YAKUZA, já tinha começado a trabalhar numa remistura, e achei que a dele também encaixava que nem uma luva no EP que estava a montar.

Como é que olhas para o resultado final?

O resultado final vem completamente ao encontro do que tinha projectado: um EP que transporta a música dos YAKUZA para estéticas electrónicas actuais e mais amigas das pistas, que ainda não temos. Com este EP de remisturas vamos conseguir fazer chegar a música dos YAKUZA a um público fora do circuito por onde se movimentam.


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