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Era digital, informação à velocidade da luz. Vídeos e músicas a soçobrar pelas plataformas virtuais. Novidades emaranhadas entre si, confusão sónica, sentidos desorientados. Quem nos guia? Por onde vamos? Para onde vamos?
7 Dias, 7 Vídeos é o resgate audiovisual semanal nos terrenos do hip hop e electrónica. Filtragem de qualidade, barreira contra a poeira que nos cega com tanto de novo, com tanto para espreitar e escutar.
[JPEGMAFIA] “PROTECT THE CROSS”
JPEGMAFIA explora a ideia de patriotismo em “PROTECT THE CROSS”, o single principal da reedição deluxe do seu mais recente álbum, I LAY DOWN MY LIFE FOR YOU. A faixa contém o seu cunho experimental característico, misturando um rap abrasivo com batidas imprevisíveis e regadas de distorção. A faixa aterrou na esfera online no dia em que Donald Trump regressou à Casa Branca, uma “coincidência” que pode ter como base a vontade do artista em protestar contra o novo líder do seu país. I LAY DOWN MY LIFE FOR YOU (DIRECTORS CUT) é esperado para chegar ainda esta semana e virá apetrechado de 13 novas canções, segundo revelou o seu autor no X.
[pikika] “festa bem louca”
Há uma “festa bem louca” a decorrer no coração de pikika, que por mais magoado que se encontre ainda consegue ver motivos para se voltar a entregar e continuar a acreditar. FRANKIEONTHEGUITAR serve a batida de reggaeton sobre a qual se expressa a cantora, ela que se tem posicionado enquanto uma das mais promissoras vozes a despontar nos campos do R&B nacional. Singles impactantes já tem uns quantos editados desde 2021, será desta que vem aí o tão aguardado disco?
[AntsLive] “Crew Love”
Enérgico e afiado como sempre, AntsLive volta a não desiludir na mostra de uma nova faixa avaulso. Os níveis da sua performance neste “Crew Love” mantêm-se bem lá no alto, mesmo tendo em conta um certo desvio na sua sonoridade que a pujante batida oferece, arquitectada por Rambo e Londo. Depois de um par de discos editados nos últimos anos — Just A Matter Of Time (2023) e Real Life (2024) —, cruzamos os dedos para que o rapper inglês não quebre com a regularidade e nos ofereça mais uma prenda em 2025.
[Central Cee] “LIMITELESS”
Central Cee lançou o videoclipe de “LIMITLESS”, uma faixa do seu álbum de estreia CAN’T RUSH GREATNESS, que saiu na passada sexta-feira. A canção apresenta o flow tempestuoso que é marca d’água do MC inglês, abordando temas da sua vida antes e depois da fama e entrelaçando as suas proezas com expressões de desconforto perante o seu novo status. O vídeo a preto e branco realizado por Kelvin Jones e JRPaces complementa a natureza introspectiva da faixa, mostrando a dedicação de Central Cee à sua arte.
[Chyna] “Nem Metade / Não Me Confundam”
Após um ano de 2024 resguardado dos lançamentos, Chyna volta com duas faixas coladas numa só. “Nem Metade / Não Me Confundam” tem produção de Gemiiny e Fumaxa e proporciona-nos uma viagem introspectiva ao interior da mente de um rapper com mais talento do que visibilidade, colocando os dias de luta em perspectiva na primeira parte e, após a mudança do beat, traçando todos os valores pessoais que o distinguem dos “paraquedistas” do movimento.
[Joey Bada$$] “Sorry Not Sorry”
Joey Bada$$ visou o protagonismo de Kendrick Lamar e a cena West Coast em geral no tema com que inaugurou as contas de 2025, “The Ruler’s Back”, e levou entretanto respostas de Ray Vaughn e Mick Jenkins. “Sorry Not Sorry” dá seguimento ao atrito que parece querer voltar a rivalizar as duas costas dos EUA, com várias bicadas deixadas aos seus pares, incluíndo J. Cole, e referências a lendas de Nova Iorque como Notorious B.I.G. e Jay-Z.
[Carminho] Ao Vivo @ Tiny Desk Concert
Portugal voltou ao palco do Tiny Desk Concert e não podia ter sido melhor representado — com o fado, pois claro. Acompanhada por Sebastiao Jose Pereira, Flávio Cardoso, João Pimenta Gomes, Pedro Geraldes e Tiago Maia, Carminho apresenta ao vivo cinco canções em pouco mais de 20 minutos, duas delas incluídas no seu mais recente EP, Carminho at Electrical Audio, que foi produzido pelo lendário e malogrado Steve Albini. Por cá, no Rimas e Batidas, a cantora falou da experiência que foi gravar este disco junto de alguém que tanto contribuiu para a evolução do rock mais alternativo.
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