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Publicado a: 10/03/2017

5 concertos que não podes perder no Lisboa Dance Festival 2017

Publicado a: 10/03/2017

[TEXTO] Alexandre Ribeiro [FOTO] Direitos Reservados

Apostamos que neste momento estão à voltas com os horários do Lisboa Dance Festival a tentar organizar a agenda para que não percam um único segundo de cada concerto. Bem, provavelmente não será uma verdade absoluta o que foi anteriormente mencionado, mas é inegável a dificuldade dos mais eclécticos em encaixarem na perfeição tudo o que querem ver – 3 actuações em simultâneo são uma benção e uma maldição. Enquanto o fenómeno da multiplicação não for cientificamente possível, as escolhas serão sempre momentos de dificuldade acrescida antes de cada evento onde artistas se cruzam nos horários.

Como não gostamos de facilitar a vida, esta espécie de guia/bíblia ReB tem as suas contradições, mas prometemos que não sairão desiludidos, escolham o que escolherem. 5 nomes, 5 paragens obrigatórias:

 


[HOLLY HOOD] (10 de Março, 20:30 às 21:10)

Fácil. A primeira escolha recai sobre um dos mais entusiasmantes artistas de hip hop portugueses dos últimos anos. Abordagem fresca da língua, wordplay elaborado e o melhor produtor nacional da actualidade a servir-lhe os beats, isto quando não é o próprio rapper a fazê-lo. Holly Hood é nome incontornável na mudança de paradigma/sonoridade do rap em Portugal e Sangue Ruim, novo trabalho ainda no segredo dos deuses, gera expectativas elevadíssimas. As razões para não perder a sua actuação são óbvias: 1) oportunidade de poder ver material novo, 2) para quem nunca viu ao vivo, a altura ideal para assistir ao fenómeno em palco.

 


[JESSY LANZA] (10 de Março, 21:20 às 22:20)

“O modo como cria espaço e faz fluir detalhes é uma arte que a própria aprimorou com a passagem do tempo. No que respeita aos seus elementos, Lanza trabalha com tantas linguagens quanto possível; se se encontram alguns alicerces no r&b, é igualmente certo que as experimentações urbanas mais radicais confluem com uma almejada estética de canção”. Começamos por pedir emprestadas as palavras de Nuno Afonso no perfil publicado no nosso site para introduzir uma das actuações mais esperadas dos dois dias de festival no LX Factory. O r&b moderno a fazer-se rodear das linguagens electrónicas mais avançadas vive no corpo de Jessy Lanza, artista a criar ondas a partir do Canadá.

 


[TOKIMONSTA] (10 de Março, 22:30 às 23:50)

Ex-participante da Red Bull Music Academy, Tokimonsta criou uma carreira sólida e uma identidade marcada no que toca ao concorrido mundo da electrónica. Anderson .Paak ou Kool Keith colaboraram com a produtora, mas, neste caso, o que importa são as suas produções, cada vez mais próximas dos universos pop que tomaram a electrónica como principal municiador de hits para as tabelas.

 


[CORONA] (11 de Março, 21:15 às 22:30)

“Nunca se viu hip hop tão punk”, contava-nos Ricardo Farinha depois do concerto do Conjunto Corona no Musicbox. Caso estas declarações do nosso ilustre colega não chegarem para vos convencer a marcar presença no concerto, a audição de Cimo de Vila Velvet Cantina tem o potencial narcotizante de vos deixar predispostos a fazerem tudo para não falharem a actuação de hoje. Bem, quase tudo.

 


[MOUNT KIMBIE] [11 de Março, 21:20 às 22:20)

E é aqui que encerramos a lista e apresentamos o primeiro problema. Como vos dissemos no início, a nossa missão não é facilitar. Os Mount Kimbie actuam à mesma hora de dB e Logos, deixando a decisão difícil para quem vem à descoberta. A equação é simples, na verdade: quem quiser um concerto enérgico e em português encaminha-se para Corona; quem preferir electrónica mais experimental, vinda directamente do Reino Unido, os Mount Kimbie são a escolha adequada. Os dois discos lançados por Dominic Maker e Kai Campos foram recebidos com entusiasmo pela crítica e anteciparam na perfeição o que seria o futuro da música, misturando o digital e o orgânico num elemento único e válido.

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