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Texto: ReB Team
Fotografia: Michael Lavine
Publicado a: 13/10/2020

E Zack De La Rocha está metido ao barulho...

20 anos de Stankonia com direito a reedição em vinil e remisturas raras

Texto: ReB Team
Fotografia: Michael Lavine
Publicado a: 13/10/2020

No final deste mês, mais concretamente no dia 30 de Outubro, os OutKast “actualizam” o seu quarto álbum, Stankonia, com o lançamento digital de remisturas “raras e inéditas” que giram à volta dos maiores singles, “So Fresh, So Clean”, “B.O.B. (Bombs Over Baghdad)” — a versão do vocalista dos Rage Against The Machine é um dos trunfos — e “Ms. Jackson”. Há também uma edição exclusiva em vinil pela Vinyl Me, Please.

A 31 de Outubro de 2000, Big Boi e Andre 3000 apresentavam o sucessor de Aquemini (1998), conquistando depois os seus dois primeiros GRAMMYS (Melhor Performance Rap em Duo ou Grupo e Melhor Álbum Rap) e firmando créditos enquanto uma das duplas mais inventivas não só do hip hop mas também da música pop. Na mais recente actualização dos 500 melhores álbuns de sempre da Rolling Stone, o longa-duração foi colocado no 64º lugar, subindo quase 300 posições em relação à lista publicada em 2012.

Em Janeiro, numa peça que relembrava 20 discos que comemoravam o seu vigésimo aniversário em 2020, Stankonia foi destacado por Alexandre Ribeiro:

“‘So Fresh, So Clean’, ‘B.O.B.’ e ‘Ms. Jackson’, três das maiores canções que o hip hop gerou na sua história com mais de 45 anos, seriam o suficiente para que este projecto fosse digno de destaque. Felizmente, Stankonia, o quarto álbum dos OutKast, foi muito para além disso: o que ouvimos é uma epopeia musical insana que, apesar de encontrar o centro no rap, extravasa todas as classificações possíveis.

Numa entrevista com a Creative Loafing, Mr. DJ, uma das três partes da equipa de produção Earthtone III — os outros dois são Andre 3000 e Big Boi –, disse que todos os elementos da banda estavam no seu pico criativo quando se trabalhou no sucessor de Aquemini, um dado que confirma aquilo que se ouve durante mais de uma hora: naquela altura, a dupla de Atlanta parecia capaz de transformar qualquer pedaço de som num delírio artístico digno de ser notado pela sua inovação sem deixar de ser comercialmente apelativo.

O Sul tinha mesmo algo a dizer, e o domínio total chegaria anos depois com todas as faces dos OutKast a serem absorvidas por aqueles que lhe seguiriam, desde Young Thug e Future a EarthGang, Migos e 6LACK.”


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