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Fotografia: Mafalda Boavida
Publicado a: 24/01/2024

Vem aí RAPS e FILMES a preto e branco.

YoClichê prepara álbum de estreia: “Sempre senti falta de ter uma identidade a solo”

Fotografia: Mafalda Boavida
Publicado a: 24/01/2024

Foi há 20 anos, no já longínquo ano de 2004, que YoClichê se estreou nos álbuns com o disco homónimo dos Sagespectro, dupla a que pertencia quando assinava como Espectro (ou Espectroclichê), ao lado de Prático. Depois de integrar a comitiva dos Macacos do Chinês, a vida levou-o a tornar-se um dos MGDRV e agora, tantos anos depois, André Madeira, no ano em que celebra o seu 40.º aniversário, está a preparar-se para lançar o seu primeiro álbum em nome próprio.

RAPS e FILMES a preto e branco será editado nos próximos meses e já se pode ouvir a intro, “Acção”. “Quase desde sempre que queria fazer um disco meu, mas os projectos na música foram sempre surgindo em conversa com malta amiga, outros MCs, então desenvolveram-se sempre em modo grupo. Cheguei a fazer cenas a solo, mas nunca evoluíram além de duas ou três músicas, até porque sempre gostei mais de trabalhar em grupo. Mas sempre senti falta de ter uma identidade a solo, com as minhas ideias. Fui sempre adiando e agora chegou o momento”, explica ao Rimas e Batidas o artista natural de Loulé.

Há dois anos que anda a cogitar este disco, gravando faixas de vez em quando. Como é também um experiente realizador de videoclipes e um apaixonado por imagem, procurou juntar esses dois universos neste disco, repleto de referências cinematográficas a começar em “Acção” e a terminar em “It’s a Wrap”, que será a última faixa.

Mais do que isso: este será um projecto verdadeiramente multidisciplinar. RAPS e FILMES a preto e branco será editado em CD com um livro de fotografias, de capa dura, com mais de 100 páginas, com imagens recolhidas por André Madeira ao longo dos anos. Além disso, em breve irá estrear uma curta-metragem que ilustrará quatro dos temas do álbum. “Houve muitos planos, para muitos projectos, ao longo destes anos todos. E agora pensei juntar muitos deles num só.”

Editado pela RnC Records, o álbum terá uma dúzia de faixas, com participações de Pité (seu companheiro nos MGDRV), Kristóman e B.E.R.A. Já os beats foram produzidos por nomes como DJ Ride, Holly, Madkutz, Tom Freakin Soyer, Frankin Beats, Yanagui, Darth LXIV, Daka Beats e Apache, o terceiro elemento dos MGDRV.

“Embora tenha conseguido explorar ideias minhas, também foi mais difícil para escrever, para arranjar a lógica que queria do início ao fim”, explica, sobre o processo de construir música a solo, algo a que não estava habituado. “Mas também fui a temas que nunca tinha ido. E explorei um lado mais cómico nalgumas faixas.”

A ideia é que tudo isto culmine numa exposição de fotografia com as imagens do livro que sirva também de listening party, um momento de convívio para apresentar o álbum e o projecto a pessoas próximas. Depois, umas semanas mais tarde, será a vez de um concerto de apresentação.


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