O Mucho Flow regressa a Guimarães entre 30 de Outubro e 1 de Novembro e o primeiro anúncio desta que será a sua 13.ª edição dá seguimento à imprevisibilidade a que o festival nos tem habituado, traçando um mapa para a descoberta de nova e estimulante música alternativa.
YHWH Nailgun, colectivo norte-americano que cruza pós-rock com sonoridades noise, jazz, punk e industriais, leva ao Mucho Flow um ritual musical que deambula entre o sagrado e o profano. Formados em Filadélfia no meio do caos implantado pela pandemia de COVID-19, o grupo recorre a sintetizadores alucinantes, batidas descompassadas e vozes guturais para criar uma paisagem sonora em que o confronto é regra. O seu álbum de estreia, 45 Pounds, saiu no passado mês de Março e destacou-se desde logo pela fisicalidade dos seus 10 temas. É música que se sente com o corpo — dissonante e absolutamente libertadora — e que rapidamente adquiriu estatuto de culto, tendo conquistado um lugar no disruptivo catálogo da londrina AD 93 e colhido várias resenhas por parte de publicações como a Pitchfork ou o The Guardian.
A caminho de Guimarães está também a fusão entre trap, folk e doom metal nascida da colisão entre Infinity Knives e Brian Ennals, a pop experimental e multi-dimensional do fracturante artista nova-iorquino Body Meat ou a delicadesa sensorial e atmosférica da irlandesa Maria Somerville — todos eles com interessantes discos editados recentemente na bagagem. Este primeiro anúncio do certame vimaranense fica completo com NOIA, These New Puritans, PLUS44KALIGULA e Tracey.
Os passes de três dias estão neste momento à venda pelo valor promocional de 50€, ainda em regime early bird. Na transição entre Outubro e Novembro, a apanhar o Halloween pelo meio, o Mucho Flow vai desdobrar-se por diferentes espaços da cidade de Guimarães com alguns dos melhores fenómenos a despoletar nas margens da cena musical contemporânea.