Foi uma final intensa a que aconteceu no passado dia 24 de Maio na Fábrica L, no LX Factory, e que contou com sete actuações. Entre jazz, rock, blues ou r&b, o espaço lisboeta recebeu de tudo um pouco naquele palco onde o painel de jurados procurava a próxima grande banda nacional. No final, a vitória foi atribuída à dupla y.azz e b-mywingz.
Mariana Prista e Margarida Adão estudaram em Londres, onde aliás se cruzaram pela primeira vez. A primeira é a cantora e letrista deste projecto que “não encaixa em nenhum género musical”, mas que é “muito singular” e com “notórias referências musicais, mesmo que dispersas e distintas”. A segunda assume o papel de produtora e juntas formam a dupla vencedora que se apresentou pela primeira vez ao vivo nesse mesmo dia.
“Conheci a Mariana em Londres há cerca de um ano e meio, ambas a estudar lá ainda. Mas nunca pensámos que ia acabar nisto”, contou Margarida. E por “nisto” entenda-se um concerto no NOS Alive e outro no Mad Cool, em Madrid, dois dos prémios “entregues” pelo júri composto por Tiago Bettencourt e Álvaro Covões, entre outros.
Uma amiga em comum foi o gatilho para esta nova experiência, que desde o início parecia ter tudo para dar certo. “Tínhamos muitas referências em comum, não todas, mas algumas, e creio que isso ajudou a criar empatia, até porque estávamos as duas numa fase das nossas vidas um pouco semelhante”, revelou y.azz.
“Combinámos um café e fomos para um jardim numa tarde e mostrei-lhe uma catrefada de composições minhas, nas quais ela se identificava. E lembro-me bem que nessa mesma tarde fui para casa e comecei a compor o beat para a ‘CYCLES’”, acrescentou b-mywingz em relação a um dos temas que lhes valeu o tão desejado prémio.
No entanto, a dupla não via esta conquista como uma certeza, bem pelo contrário. Os nervos, mais que muitos antes da actuação final, fizeram com que se deslocassem à casa de banho para preparar a voz. “Começámos a aquecer e, quando acabámos, ouvimos palmas da casa de banho masculina. Foi engraçado porque não sabíamos sequer que alguém nos estava a ouvir e supostamente estávamos num sítio ‘isolado’, mas tínhamos público, pelos vistos”, contou a produtora.
Para Mariana, a participação no EDP Live Bands “foi algo mesmo bonito de fazer parte” em que, apesar do contexto, “nunca houve a sensação de rivalidade, nem de competição.”
Agora o duo seguirá para o estúdio com a Sony Music para a gravação do seu primeiro álbum de originais e de um videoclipe. Depois disso, há concertos no NOS Alive’19 e no Mad Cool.