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Publicado a: 20/04/2018

William Basinski, Jlin e Telectu entre as primeiras confirmações do Semibreve

Publicado a: 20/04/2018

[FOTO] Mahdumita Nandi

O Semibreve acaba de revelar os primeiros nomes do seu cartaz de 2018. William Basinski, Jlin e Telectu são algumas das propostas mais sonantes desta primeira fornada.

 



Nascido em Houston, Texas, durante a década de 50, William Basinski é um multi-instrumentista que se tem dedicado à arte de explorar novas texturas sónicas através da produção. Detentor da 2062 Records, o selo pelo qual tem lançado parte significativa da sua obra, é através de composições ambientais que melhor se exprime, criando atmosferas ricas de coloração audível, terrenos férteis e propícios às mais distintas viagens imaginárias, muitas vezes a partir do trabalho em cima da ideia de decomposição da matéria sonora. A Shadow In Time foi o disco que nos fez chegar no ano passado, destacado pela Pitchfork como uma das 20 mais importantes peças da música experimental de 2017.

É também de 2017 o registo Black Origami. O segundo álbum da, ainda curta, carreira de Jlin foi uma das mais impressionantes entradas na lista das edições incontornáveis do ano passado, um verdadeiro manual carregado de ideias sobre as quais vale a pena meditar: que caminhos pode mais seguir a música electrónica de dança? A produtora norte-americana apresenta algumas das possíveis respostas nos 12 temas que compilou no álbum disponibilizado pela conceituada Planet Mu. William Basinski foi um dos auxiliares de Jlin na concepção de Black Origami, que contou também com aparições de Fawkes, Dope Saint Jude e Holly Herndon.

 


Jlin // Black Origami


Os portugueses Telectu são igualmente presença confirmada na edição 2018 do Semibreve. Vítor Rua abandonou os GNR durante a década de 80 para se dedicar à música experimental e foi ao lado de Jorge Lima Barreto que assinou dezenas de edições que navegaram os terrenos mais experimentais da electrónica, música improvisada ou free jazz. Numa acção conjunta com o Teatro Maria Matos, em Lisboa, o Semibreve apresentou a Vítor Rua o desafio de assinalar os 35 anos da edição de Belzebu, o importante segundo álbum na discografia dos Telectu, com um novo concerto. Depois do falecimento de Jorge Lima Barreto em 2011, cabe a Vítor Rua, na companhia agora de outro veterano, António Duarte, histórico músico e jornalista autor de um fundamental livro lançado em 1984, A Arte Eléctrica de Ser Português, que já na altura deu atenção ao trabalho de ruptura dos Telectu, a apresentação de uma visão contemporânea desse seminal trabalho.

 

A edição deste ano do Semibreve conta ainda com o regresso do EDIGMA Semibreve Award: um “prémio que pretende premiar e estimular a criação artística digital, dando especial atenção a projectos artísticos que recorram à interactividade, ao som e à imagem”. A Universidade do Minho junta-se à causa para supervisionar o processo através do seu Engagelab. As candidaturas arrancam já no mês de Maio e todas as informações necessárias para o concurso vão estar disponíveis no site do Semibreve.

Keith Fullerton Whitman + Pierce Warnecke, Caterina Barbieri e SØS Gunver Ryberg são as restantes confirmações desta primeira vaga. O Semibreve acontece nos dias 26, 27 e 28 de Outubro.

 


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