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Publicado a: 21/03/2017

Westway Lab Festival: música para ouvir, pensar e discutir

Publicado a: 21/03/2017

[TEXTO] Manuel Rodrigues [FOTO] Direitos Reservados

Difícil é classificar o Westway Lab, evento que se realiza pelo quarto ano consecutivo em Guimarães. Numa primeira instância, o certame reúne em si as características de um festival de música como tantos outros: há espectáculos, divididos pelo Grande Auditório e pelo Café Concerto do Centro Cultural Vila Flor, showcases espalhados pela cidade de Guimarães (Centro para os Assuntos da Arte e Arquitectura, Convívio Associação Cultural, Bar da Ramada e All Guimarães) e residências artísticas no Centro de Criação de Candoso. Porém, só os mais distraídos serão capazes de se focar apenas nisso e deixar escapar uma das principais programações do evento, as conferências PROfissionais, que, como o próprio site descreve, visam “incentivar a partilha de conhecimento do mercado da música entre profissionais de topo e as comunidades de artistas, nacionais e internacionais”.

Na edição deste ano, o Westway PRO convida os participantes a conhecerem e a reflectirem sobre dois mercados específicos de música, o francês e o sueco. “Em França”, pode ler-se ainda no site, “a música é apoiada de forma estruturada tanto na sua existência interna, bem como na sua internacionalização; na Suécia também, mas deve haver por lá um segredo no que toca ao sucesso sueco na internacionalização dos seus artistas”. Bernard Batzen, da Azimuth, produtora de concertos e digressões francesa, e fundador da rede de festivais Yourope, será o protagonista de uma keynote interview que colocará a nu estes dois mercados. O Westway Lab contará ainda com uma série de painéis, workshops e apresentações sobre eventos, festivais, redes profissionais e sincronizações, entre outros.

Um dos pontos altos do festival no que toca a conferências e que, logicamente, estabelece uma ligação directa com o Rimas e Batidas, será a sessão com Tom Silverman, fundador e CEO da Tommy Boy, uma importantíssima editora de hip hop e música electrónica, nascida em 1981, que lançou trabalhos de artistas como Afrika Bambaataa, Queen Latifah, House os Pain, De La Soul e Naughty By Nature. A Tommy Boy chegou a ser comprada pelo grupo Warner Bros, o que levou Silverman a subir até ao lugar de vice-presidente da multinacional, entre 1985 e 2002, vivência que lhe concedeu as armas suficientes para criar a sua própria empresa independente de cinema e televisão, a Tommy Boy Films. Experiência não falta no currículo de Silverman – este será, juntamente com a apresentação do SXSW e SXSW Film por Mirko Whitfield (representante europeu do SXSW) e Claudette Godfrey (da SXSW Film), um dos momentos a não perder.

No que a concertos diz respeito, o Westway Lab será o palco de espectáculos de Quest + Orquestra de Guimarães, Lince, You Can’t Win Charlie Brown, Xixa, :Papercutz, Buslav, Phobos, The Mondanes e Yuma Sun, citando apenas alguns exemplos, bem como showcases de Adée, Ohrn, Jorl Sarakula, Cristóvam, Maybe Canada, The Joules, Serushió e Vienna Dito. De 5 a 8 de Abril, todas as bússolas apontam para a Cidade Berço.

As informações detalhadas sobre os espaços, horários e poderão ser consultadas no site do evento. Os preços variam entre os €10 e os €110, consoante o participante queira ter apenas acesso aos concertos ou queira englobar também as conferências PRO.

 


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