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A Wasser Bassin, editora e distribuidora portuense, lançou o primeiro volume de Northern Star: A Compedium Of Experimental Music Made In Portugal no princípio do mês de Julho. Apontado ao que se faz — e se fez ou tem feito… — de experimental em território nacional, esta mistura reúne um conjunto de faixas “aleatórias” que vai desde a última década do século XX ao presente.
A feitura de um compêndio é, por si só, uma tarefa árdua; exige muito tacto e conhecimento sobre aquilo que se quer compilar. É preciso saber o que juntar e como o juntar. A tarefa complica-se quando falamos de um tipo de música tão abrangente e multifacetado como o da música experimental. Por vezes menos visível para um público mainstream, mas não por isso inexistente, a música experimental feita em Portugal tem já algumas décadas “nas pernas” e dispõe de uma diversidade admirável.
O próprio compêndio demonstra com exactidão as divergências em textura, estilo ou técnicas que a música experimental pode ter – neste caso, a que a Portugal diz respeito. Desde o ritmo a roçar o trip-hop de Mute Life Dept. ao quase funk despido de The Legendary Tiger Man com Dancin’ Days (projecto de re-edits de Pedro Tenreiro, veterano DJ responsável pela rubrica Poder Soul na Antena 3), do techno experimental de Unknown Artist ao loop etéreo e electrónico de Sensible Soccers, do cariz jazzístico urbano de The Astonishing Urbana Fall ao ambiente espaçoso e harmónico de Golden Cup. Uma compilação que destaca não só o que é esquisito ou exigente para o ouvido, mas também o que é dançável ou emotivo sem abdicar de uma natureza inquisitiva.
E a Flur confirma: “Há aqui um pouco de tudo, para todos os gostos, tornando-se difícil não empatizar com o disco. Uma gigante apreciação do legado da música experimental e exploratória portuguesa, mas também uma possível abertura de portas à continuação deste mesmo legado. Compêndio essencial.”
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